Chapter 8
Despedidas. Lances Românticos sob personagens fictícias.
A festa e o jogo fora um sucesso. Todos se tinham divertido, mas depois de partirem o bolo chegou a hora das despedidas. Cada um foi para a sua própria casa e largou a personagem que vestia. O último na fila para se despedir era Mordomo. Todos os outros já se tinham ido embora.
- Foi uma festa em tanto.
- Obrigada. Esforcei-me bastante.
Pausa.
- O que vais fazer agora?
- Vou arrumar as coisas e tomar um banho e depois vou dormir muito provavelmente.
Pausa.
- Ah, então... Se calhar...
- Pois...
Riram-se constrangidos. Aniversariante levou a mão atrás da cabeça e baixou o olhar.
- Ah. Bem, é melhor eu ir. Adeus.
- Espera! – ele virou-se para trás – Eu queria perguntar-te...
- Sim?
- Mais cedo, na cozinha, o que é que quiseste dizer com... - pausa. Não sabia se queria fazer a pergunta. Se calhar era melhor ficar na incerteza do que estragar o resto da noite.
- Sim? – encorajou.
- Nada, deixa estar. Boa noite.
Fechou a porta. Deixou-se cair no chão e agarrou os joelhos. Algumas lágrimas escorreram pela sua face. E perguntou-se se por uma vez na sua vida as coisas não podiam ser fáceis e decorrer um pouco de acordo com os seus desejos.
Inesperadamente ouviu a sua campainha. Mas quem seria aquela altura da noite? No estado em que estava não lhe apetecia abrir a porta a ninguém, mas algo a fez limpar as lágrimas, levantar-se e espreitar pelo monóculo. Qual foi a sua surpresa quando descobriu que postado do outro lado da porta se encontrava Mordomo com um ar um pouco nervoso. Recompôs-se o melhor que pode e, lentamente, abriu a porta.
- Pensei que tinhas ido para casa. O que fazes aqui?
- Eu tive uma ideia maluca.
- Como assim uma ideia maluca?
- Muito maluca.
Avançou na sua direção até estarem a respirar o ar um do outro. A tenção entre eles cresceu abruptamente. A mesma tenção que vinha a se desenvolver cada vez mais entre eles ao longo do tempo que se conheciam. A mesma tenção que vinham tentado controlar e abater desde que a desenvolveram pela primeira vez. A mesma tenção que os atraia a serem mais que amigos. A mesma tenção que era perigosa para ambos. Aniversariante esforçava-se para se manter sóbria, séria, mas era muito difícil. Tentou afastar-se. Para o impedir, ele agarrou-lhe a mão, fazendo-a perceber que estava igualmente desorientado.
- Estavas a falar de uma ideia maluca... - tentou Aniversariante.
- Certo. Certo. Esta coisa entre nós. Isto. – indicou apontando para ambos – Temos de descobrir o que isto é. Por isso eu proponho que continuemos a atuar. E que os nossos personagens tenham um deslize.
- Que tipo de deslize? – arfou. Ele engoliu em seco.
- Este tipo de deslize...
Beijou-a. Um beijo rápido e nervoso. Afastou-se. Ela mordeu o lábio inferior e olhou-o desejando por mais. Investiu. Beijou-o ela também. Um beijo suave e sedutor por parte de ambos. Sem lhe largar a mão virou-se e fechou a porta esquecida aberta. E sob aquela luz amarela confortante colocou-lhe a mão sobre a sua cintura puxando-a para si. De cinturas unidas e peitos arfantes beijaram-se novamente. Desta vez o beijo foi molhado excitando-os a ambos. As línguas batalhavam nas suas bocas. Ele mordeu-a. Ela afastou-se surpreendida e ele sorriu perverso. Fixaram o olhar. Selaram novamente os lábios. Ele agarrou-lhe o rabo aproximando-os ainda mais. Sob a pressão e anseio de se juntarem ainda mais, Aniversariante deu um pulinho e envolveu a anca de Mordomo com as suas pernas. Ele conduziu-os até ao quarto dela. Deitou-a na cama. Continuaram a beijar-se. Aniversariante tirou-lhe a camisa. A sua barriga era trabalhada. Ela perscrutou-o. Voltaram a beijar-se. Ele tirou-lhe as luvas com as mãos, a tiara, e depois a blusa. Levantou-a sentando-a. Mordomo era bem atrevido. Mordeu-lhe o lóbulo da orelha. Ela percorria o seu corpo com as mãos. Por sua vez ele subiu a sua até ao fecho do sutiã. Ela arfou. Ele foi descendo o seu pescoço com beijos até chegar aos seios, onde levantou o olhar e sorriu maliciosamente. O olhar dela era de puro prazer quando ele...
E o resto deixo à imaginação.
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Ensaio De Um Jogo De Morte
CasualeUma envolvente festa de aniversário. Todos os convidados têm certas peculiaridades. A festa vai bem até que um corpo surge. Ninguém entrou. Ninguém saiu. O culpado ainda está entre eles. Quem será o autor de tal atrocidade? Uma curta história inspir...