talvez não mereça

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Pink lips, I miss them
Brown hair, I miss you
Bright eyes, I miss you
Yeosang, I miss you.

Por que estava sendo tão difícil aceitar uma troca de maestros? Por quê? Ele não tinha errado. Por quê? Ele não cometia nenhum mal feito. Por quê? Talvez estivesse na cara, e SeongHwa não tenha percebido. Talvez. Yeosang saiu por vontade? Talvez. Saiu por força de sua superiora? Talvez. Ou apenas ele tenha sido um substituto. Isso era impossível. Kang sabia muito. Ensinava tão bem. Era bom. As palavras sendo escolhidas antes de proferi-las. Era bom. Os cabelos se mexendo com o seu andar monótono. Era bom. Seus pés fazendo o ritmo para a música. Era bom. Yeosang era bom. Sentia falta da voz do rapaz, uma vez que esse estava tão focado nos estudos, que raramente o via, e sempre que via, estava acompanhando com livros, planos de ensino, dicionários, pastas, e o seu óculos, que tinha a lente redonda. Tão encantador. Yeosang com um olhar centrado ou completamente focado nos livros o deixava tão adorável. Maldição. Como alguém poderia ser tão lindo como ele? As perguntas que eram de um certo alguém, que na verdade, era bem baixo, o deixava confuso. Pobre Park. Não entendia isso. Não sabia que o rapaz lhe faria tanta falta. Muito menos que os sorrisos bobos não seriam mais tão visto.

Aqueles sorrisos esquentavam seu coração. Sua amizade com Yeosang era estável. E simplesmente adorava isso. Adorava tê-lo como amigo. Adorava vê-lo sem graça quando o elogiava por algum canto da enorme universidade. Era uma pessoa bobinha. Ah, como era. Completamente bobo por Yeosang. Ah, como não seria? Uma pergunta sem finalização. Irritante. Estava sentindo falta de ver o mesmo irritado por ter errado a mesma nota cinco vezes. Adorava o deixar assim. Suas orelhas, que tingiam a cor vermelha, eram fofas, pequenas e cheia de brincos. Adorável. Seu nariz, que por incrível que pareça é perfeito, e não é brincadeira, fino e bem feito. Adorável. Seus lábios cheinhos. Adorável. Seus olhos puxadinhos, com os cílios grandes e finos. Adorável. As sombrancelhas grossas e escuras. Adorável. Yeosang com os cabelos compridos, que tampava as lumes bonitas do rapaz, em uma tonalidade castanha clara, era demasiadamente encantador. Já repetiu quantas vezes o adorável? Ah, pode dizer mais vezes, não é? É o melhor adjetivo para representa-lo. Na verdade, quaisquer um podia simplesmente fazer sentido. Mas reconhecia uma coisa: sua personalidade forte e ignorante é um saco. Mesmo que ele tenha sido diversas vezes frio, direto ou mesquinha, consigo, não se importava, pois já escutou Wooyoung comentar sobre, uma vantagem de ter um amigo apaixonado pelo mais novo do grupo de Yeosang. As vezes tinha vontade de saber sobre a família Kang, ou sua vida, que aparentemente, é bem monótona, rígida. Por isso que o rapaz era tão áspero? Com espinhos e ramos pontiagudos? Ah, tão confuso. As vezes o comparava a uma rosa. Ah, tão confuso. Com as pétalas frágeis e delicadas. Ah, tão delicado. Com os espinhos rodeando o caule. Ah, tão áspero. Com os ramos de folhas pontiagudas e finas. Ah, tão complicado. Contudo, como sempre, era a flor mais linda, e perigosa, do jardim florido. Era uma dualidade inaqualável. Tão complexa. Tão duvidosa. Tão misteriosa. E isso mantinha Seong cativado ao jeitinho dele. Tediante.

Tediante era o adjetivo que se encaixava em Hwa perfeitamente nesse momento. Estava olhando fixamente um ponto específico, ou uma pessoa, de longe. Estava com pilhas de livros -- de variados gêneros, qualidades e informações diferentes --, e com o óculos escorrendo por toda a extensão do nariz, de maneira lenta, e isso estava irritando o mais baixo, era visível sua expressão de desgosto, provavelmente iria começar a usar lentes, ouviu algo relacionado a isso pelos corredores, boatos e mais boatos. Odiava boatos. Mas as vezes era bem útil, e ali estava ele, imaginando como seria se Yeo usa-se lentes coloridas, ou uma de vidro, ficaria bem bonito. Bom, não que não seja, nunca disse isso, mas, pensa, quem não ia adorar vê-lo sem aquela armação metálica? Observando-o afastado, deixava-lhe pensativo. Por que estava com olheiras? Não estava dormindo? Por que estava tão focado nos livros? Não tem tempo em casa? Por que Jung não estava consigo? Estavam brigados? Não, essa última é bem impossível. Os dois são unha e carne. Mas, e HongJoon? Por que ele não estava mais tão presente? Estava afastado? Ou foi fazer o tal intercâmbio na Tailândia? Ah, quantas perguntas! Sacode a cabeça em negativo. Olha para os dedos, quantos anéis. Alguns dedos haviam anéis, de vários tamanhos, porém, sempre na cor prata, no básico metal. Adorava aqueles círculos ocos. Mexia de um lado, mexia de outro. Subia e descia. Tirava, os olhava, e os colocava no mesmo lugar. Haviam as marcas ali, mais brancas que os demais locais. Sorri abafado, soltando, involuntariamente, alguns sons estranhos. Desde de quando era tão disperso? Ah, não fazia ideia.

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