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Ainda estava preso em meus pensamentos quando meus olhos captaram a mudança no ambiente, inesperadamente. O quarto havia mergulhado em uma total escuridão. Lili havia apagado o abajour que permanecia na mesa atrás dela. A única fonte de luz se fora, e meus olhos agora acostumavam-se lentamente com o breu completo, quebrado apenas pela luz da lua quase cheia da noite estrelada, conseguindo marcar as silhuetas de alguns objetos e do corpo dela.Fechei os olhos, tentando manter meus pensamentos em ordem e minha respiração constante. Eu não queria ficar tenso ou ansioso, queria agir como sempre agi nessas situações:
Calmo e despreocupado. Porque esse tipo de situação era banal, mas por algum motivo que eu não sabia explicar, não conseguia ver nada de banal no que estava acontecendo naquele momento.
Senti o colchão embaixo de meu corpo afundar levemente, e então, pela segunda vez na noite, pulei de surpresa quando senti Lili beijar minha barriga.
Com delicadeza, ela foi subindo sua boca lentamente por meu tronco, até depositar beijos suaves em meu pescoço. Arfei ao sentir seu corpo completamente despido sobre o meu.
Ela parecia menor e mais macia do que o normal.
- Deus...
Aquilo estava exigindo demais do meu auto-controle, e a pior parte era que ela sequer havia me tocado ainda. Eu mal conseguia me conter enquanto ela me provocava com seus dentes na minha mandíbula, migrando para meu pescoço e minha orelha, voltando para meu peito e descendo obscenamente de volta para minha barriga.
Com casualidade, ela abriu o único botão que permanecia preso em minha calça, movendo para baixo o zíper e retirando-a de mim, juntamente com a cueca. Eu não ousava me mexer, com medo de que no momento em que resolvesse tocá-la, minha calma, já abalada, fosse por água abaixo.
- Onde está?
- Bolso esquerdo... - Respondi mantendo os olhos fechados com muita força, mesmo sabendo que se eu os abrisse, não conseguiria ver quase nada.
Perguntei a mim mesmo o motivo de tentar manter a calma e o controle, já que, inevitavelmente, em algum momento daquela noite tudo iria às favas e nós faríamos o que eu sabia que faríamos. O pensamento de que não precisava continuar freando a mim mesmo deixou-me subitamente alegre, mas meu lado racional insistia em dizer que, durante toda aquela noite, a cautela era extremamente necessária.
Era necessária porque eu sabia da urgência que meu corpo tinha. Era patético, mas naquele momento, eu a desejava com todo o meu ser, e sabia que ela estava frágil, para dizer o mínimo. Sabia que, se não fosse cuidadoso, acabaria machucando-a mais.
E pior, sabia que se não tomasse cuidado, acabaria me entregando a tudo, absolutamente tudo naquela mulher.
Senti Lili largar a calça que mantinha em suas mãos, na busca frenética pelo preservativo. Já esperava pelo ruído baixo da embalagem sendo rasgada, mas isso não aconteceu.
- P-p-putaquepariu!
Não consegui conter o palavrão ao sentir a ponta de sua língua passar timidamente pela cabeça do meu membro, agora tão absurdamente firme que chagava a doer. Como se ela soubesse disso, começou a lambê-lo com muita suavidade, sem usar os dentes. Depois de algum tempo, meu corpo já acostumado com seu toque, ela finalmente me tomou na boca de uma só vez, apenas deixando com que, novamente, meu membro se acostumasse com o calor e a maciez do que agora o envolvia.
Eu tremia violentamente, na tentativa desesperada de não explodir ali mesmo, mandar a cautela pro inferno e tomá-la com toda força que me era possível. Finquei meus dedos no colchão macio da cama, procurando ao mesmo tempo me estabilizar e manter minhas mãos ocupadas.
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De Repente, Amor| Sprousehart (√)
RomanceCole é um jovem de negócios, embora não saiba nem do que se tratam os contratos que assina. Lili é uma prostituta de luxo, que apesar de se sentir extremamente mal por isso, não encontra uma saída para mudar de vida. Como havia de ser, os dois se en...