Ele aponta a arma contra minha cabeça.
Sinto que chegou, Minha hora chegou.
Só de olhar me desespero.
Lá vou eu para o mesmo buraco.
Meu corpo é novo, porém tenho uma alma velha.
Estou prestes a ir.
Fecho, aperto meus olhos, não quero ver... E... Bang...
Estou morta! Não existo mais, nem a arma.
Não tenho, mais um corpo.
Agora estou enterrada em um manicômio de almas.
O meu tempo parou, acabou.
Tornei-me apenas versos e versos, música...
Não posso mais ser posta em uma jaula.
Estou selvagem e viva.
Assim como a música.
Não preciso mais ajoelhar te implorando seu amor.
Agora estou livre.
(Poema dedicado às mulheres que perderam sua vida para o machismo)