II - Estou Morta!

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Ele aponta a arma contra minha cabeça.

Sinto que chegou, Minha hora chegou.

Só de olhar me desespero.

Lá vou eu para o mesmo buraco.

Meu corpo é novo, porém tenho uma alma velha.

Estou prestes a ir.

Fecho, aperto meus olhos, não quero ver... E... Bang...

Estou morta! Não existo mais, nem a arma.

Não tenho, mais um corpo.

Agora estou enterrada em um manicômio de almas.

O meu tempo parou, acabou.

Tornei-me apenas versos e versos, música...

Não posso mais ser posta em uma jaula.

Estou selvagem e viva.

Assim como a música.

Não preciso mais ajoelhar te implorando seu amor.

Agora estou livre.

(Poema dedicado às mulheres que perderam sua vida para o machismo) 

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