Estou eu, andando com meu amigo "Gay" pela rua em uma noite fria, estávamos a sós, felizes, radiantes, um com o outro, com apenas a luz do luar como nossa companhia.
Alguém aparece e, tudo muda...
Ele o agride bem à minha frente... Eu paraliso, em ver sua cabeça sendo aberta com tais golpes, isso aconteceu em segundos, porém o sangue dele escorrendo em teu rosto me despertou, seus gritos silenciosos acompanhados por lágrimas me sacodiram.
Como uma mãe ao ver seu bebê em perigo! Eu não ouvia muita coisa, ainda não tinha tempo para entender a situação. Porém o silêncio era ensurdecedor de tão alto.
Entretanto um instinto protetor me fez gritar... Empurrar o agressor homofóbico e, parar todo o trânsito, para conseguir ajuda. Ser atropelada não passou a minha mente, só sei que eu era tudo, era seu alicerce, era sua amiga naquele momento, meu único sentimento era de empatia e altruísmo, sentimento de Mulher Maravilha.
A ajuda chegou e, eu sentia seu sangue quente pressionando seu ferimento, então decidi não sair mais do seu lado.
Ele chorou se desesperou e se amedrontou a sua auto-estima não existia mais, então eu senti que tudo que ele perdeu eu tinha que devolvê-lo, tirar forças e passar para ele. Fiquei ao seu lado...
Tudo passou e hoje sei, temos que lutar, muita coisa está errada.
Homens e mulheres apanham e morrem por sua sexualidade. Mulheres morrem porque homens não entendem que elas querem se separar. Negros são agredidos e mortos todos os dias e simplesmente viram estatísticas. O pobre sai de sua casa e não sabe se volta.
Como disse... Muita coisa tem que mudar.
Esse sistema está ceifando as vidas das minorias.
Depoimento De: Suéllen Bernardino.
Escrito Por: Max Yubari Wislley.