Tento encontrar sentido na sua generosidade.
Por que existe o ar que respiro?
Nem sempre me banhei nas águas da dúvida... Toda via sei que pequei por ignorar isso por tanto tempo.
Na rede, com um vento assoviando em meu ouvido, acariciando minha pele... Me pego observando... As folhas verdes se desgarrando precoce de sua mãe centenária.
Percebo-me em meio às nuvens, se são claras ou não... Às vezes eu vejo, outras não... Em um colapso me acho, com ajuda, saio desse buraco que me cercava por meios tolos e vãos.
Sinto a terra abaixo dos meus dedos, escorrego pela brisa abaixo do luar.
Indago-me: Qual o "real sentido" de estar aqui?
É uma mãe tão amorosa terra!
Em troca desse amor tudo que ganha sé minhas pisadas, raivosas.
E as pontas de cigarros que indiferentemente deixo queimar em tua face.
Eu te mereço?
Ar que infla o meu pulmão, o único sentido de estar vivo é viver!
Não deveria?
Agora me desfaço dos meus medos, em vez de fugir pela terra, agora mergulho no mar até o fim...
Os anos severos só servem para mostrar o deslumbre de minha aflição.
Afinal, meu corpo é um empréstimo teu.
E meu dia a mim pertence...
Somente a fresta do "agora"
O meu corpo apodrece com o tempo, nesse período sinto toda a força da natureza, a sua força.
A minha morte é certa e a terra é quem me espera, debaixo dos sete palmos ou na fornalha, já imagino o diálogo:
Do pó eu vim para o pó eu volto, escutando o som do mar, ouvindo o vento balançar as palmeiras, sentindo o calor do fogo renovando as paisagens.
Depois de tanto pensar no significado da vida, depois de tanto me indagar. Agora entendo o verdadeiro sentido da natureza...
"Respeitar"
Autores de: Natureza.
Filipe Almeida Conceição (SP)
Gabriel Galvão da Silva (SC)
Ícaro Silva da Silva (BA)
Ingrid Grazielle Santos (BA)
Max Yubari Wislley (ES)