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Sirius se vira, em direção às portas abertas da torre, ia ao dormitório.
Quando o vê. 
Remus está parado na porta, uma mão passando pelos cabelos, desajeitadamente, mudando seu peso de pé para pé. 

"Ei."

Sirius pisca. "Sim?"

"Eu ..." Remus se interrompe. "Posso te perguntar uma coisa?"

"Certo. Qualquer coisa” Sirius se encosta no muro.
"O que você precisa?"

Remus olha para baixo, murmura algo tão baixo que nem Sirius pode ouvir. Ele faz uma careta.

"O que disse?"

Desta vez, Remus respira fundo, inclina a cabeça para olhar Sirius nos olhos. 
"Como você diz a alguém que você gosta dele?"

É como se o ar tivesse sido retirado dos pulmões de Sirius, o mundo ficando impossivelmente escuro ao seu redor. Ele pisca com força, com os olhos fechados, apenas por um momento. 
"O que você quer dizer?"

"Você sabe." Remus tosse. "Como você diz a uma pessoa que você gosta dela?"

Sirius respira fundo, com o peito doendo. Ele se pergunta se Remus pode ver, a tristeza em seu rosto, a maneira como as palavras o rasgaram por dentro.

Sirius agarra o muro com força.
"Bem...há quanto tempo você gosta dele?"

Ele espera que seja apenas uma paixonite casual, um segundo olhar para outra pessoa, mas Remus balança a cabeça.

"Desde...merda. Desde o segundo ano, pelo menos"

É...quanto tempo Remus amou essa pessoa, três longos anos se estendendo. Sirius apertou sua mandíbula, dentes doendo, dedos mordendo a pedra fria debaixo dele.
Ele se odiava, aquela pequena parte escura dentro dele que sussurrava para desligá-la, encontra uma maneira de acabar com a atração de Remus. Mil mentiras, um milhão de enganos, centenas de maneiras de convencer Remus a amar outra pessoa. Amar Sirius. Ele morde, com força no lábio. Remus já sofreu o suficiente, perdeu demais para Sirius arriscar brincar com sua vida. Remus merecia ser feliz. Sirius faria todo o possível para fazê-lo feliz, mesmo que isso o matasse.

Remus merece isso, pelo menos.
Então Sirius respira fundo, relaxa contra a parede. Ele ignora a dor, a sensação horrível e dolorida dentro dele e sorri.

"Faz muito tempo"

"Sim." Remus mexe no botão de sua jaqueta. "A única pessoa que eu já amei"

Sirius leva o golpe, aperta as mãos com mais força. Ele mantém a voz leve e arejada, mesmo que ele queira gritar.

"Droga. Ele sabe?"
Remus solta uma risada amarga. Mas não responde.

"Para ser sincero, nem sei se ele gosta de mim de volta"

"Por quê?" Sirius engole, rasgando cruelmente aquela pequena voz odiosa em sua cabeça. "É claro que eles gostariam de você, Monny. O que não há para gostar? "

Remus olha para cima. "Realmente?"

"Claro" diz Sirius, forçando a dor. "Você é incrível, Moony. Você é corajoso, gentil, trabalhador e muito inteligente. Você seria o melhor namorado de todos os tempos"

"Você realmente acredita nisso?" A voz de Remus é um sussurro.

“Você realmente acha que ele poderia me amar? Mesmo que...Mesmo sendo um lobisomem?"

Não tanto quanto eu, Sirius pensa. Ele tosse. "Quero dizer, sou seu amigo e sei que você é um lobisomem."

“Mas ele...você sabe. Você acha que ele esta disposto a me amar? Tipo, na verdade, amor, não apenas seja amigo. Você acha que ele vai me amar, mesmo que eu seja um monstro? "

ıмαgıηєs gєяαçσєs - нρOnde histórias criam vida. Descubra agora