Welcome Back

Pain

Jay estava na fila da Starbucks quando ouviu um chamado no rádio sobre um tiroteio.
Ele abandonou a fila e quebrando todas as regras de trânsito ele se dirigiu ao local.

Nada podia ter preparado Halstead pra ver o que ele viu ao chegar na cena do crime. Corpo. Um menino de 6, talvez 7 anos no banheiro com as mãos sobre o rosto. Provavelmente se protegendo pensou Halstead. E outros dois meninos na sala ao lado, mortos.

Em primeiro lugar
Vou dizer tudo que estou pensando
Estou irritado e cansado do jeito
Como as coisas têm sido, oh-ooh

Em menos de dez minutos, o local da cena estava cheio. Polícia de tudo quanto é lado, curiosos, uma mãe desesperada e a Unidade de Inteligência.

— Acho que algo deu errado. As crianças abriram a porta e houve algum engano. — Disse Halstead, explicando a equipe.

— Pra cobrir os rastros provavelmente. — Afirmou  Hailey.

— Exatamente. Os dois meninos eram daqui. Brendon e Matthew Paul. Eles levaram tiros de perto. O terceiro menino sobreviveu. — Falou Jay enquanto passava a mão pelo rosto. O dia mal havia começado e ele já queria que acabasse.

— Estão levando-o para o Chicago Med. — Falou Burgess olhando pra ninguém em especial na equipe.

— E ele não viu nada? Qualquer coisa que possa nos ajudar? — Perguntou Voight.

— Não. Ele estava no banheiro, foi o que salvou e onde o encontrei. — Contou Jay. — Falei com a patrulha, ele disse que ouviu os tiros mas não viu nada.

— Ok. Vamos investigar tudo. — Disse Voight se direcionando a equipe. — Conversar com todos os vizinhos, procurar pista em cada pedaço desse lugar. Vamos lá.  — Ele acenou aos seus detetives enquanto cada um foi se afastado pra procurar qualquer coisa que ajudasse.

Eu fui destruído desde pequeno
Levando meu sofrimento pelas multidões
Escrevendo meus poemas para os poucos
Que me encaravam, me levavam, me sacudiram, me sentiram
Cantando com um coração partido pela dor
Captando a mensagem que está em minhas veias

                                            ~

2 horas depois, o caso estava montado e a equipe estava a caminho da casa do principal suspeito do crime.

Jay e Hailey foram os primeiros a chegar. Jay como sempre saltou  o mais rápido possível do carro e antes mesmo que tivesse conseguido chegar na calçada, disparos os atingiram. Hailey  soltou um grito na hora e se encolheu em uma tentativa de se proteger. Foram longos 10 segundos abaixada,  até ela perceber que Jay não estava respondendo aos seus gritos. Foi quando ela decidiu arriscar, soltando-se do cinto o mais rápido possível e praticamente engatinhando para fora do carro.

— Jay!!! — ela gritou,  antes mesmo de vê-lo atirado no chão e escorado na porta. Halstead tinha uma mão no pescoço por onde  o sangue escorria pelos dedos. Ele tinha um olhar de apavorado e tudo que saia de sua boca eram gemidos de dor e medo. — Ei, fica calmo, estou aqui com você, fique comigo — Hailey colocou a mão sob a dele precionando o local atingido e começou a pedir ajuda pelo rádio. — Lincoln 10-1, policial ferido... Fica comigo, Jay. Fica comigo!

Oh, deixe as balas voarem,
oh, deixe-as chover
Minha vida, meu amor,
minha motivação,
eles vieram da
Dor!

Mesmo ouvindo de longe as sirenes da ambulância, Hailey tinha a sensação que estavam a kms de distância. Era como se tivesse uma pedra pressionando o peito dela, Jay estava pálido e não importava a pressão que ela fizesse, o sangramento não diminuía.