Capítulo 10

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Engoli a comida fria, então Konan me levou para nosso quarto em silêncio. Nenhuma palavra foi dita desde nossa conversa.

Por um breve momento, penso em esquecer todo meu plano e apenas confortá-lo por tudo. Mas maquinei tudo por uma tarde inteira, nesse tempo, minha piedade se esvaiu.

Sentamo-nos na cama redonda, que agora está coberta com lençóis de um tom claro de azul bebê, deixando o quarto fantasmagorico. A lareira ascesa e as cortinas esvoaçando ao vento, davam a sensação de dramacidade ao quarto.

Konan retirou os saptos e deitou-se na cama, tirei minhas sandálias e me deitei ao se lado. Apoiando-me em um cotovelo, viro para Konan.

Passo uma de minhas pernas para o outro lado de seu corpo ficando de joelhos sobre ele, apoio minhas mãos em seu peito e a surpresa é clara em seus olhos.

Começo a desabotoar sua camisa verde limão, sem pressa. Levo uma de minhas mãos à seu rosto, colocando o indicador sob seus lábios quando ele tenta falar.

-Está tudo bem.-sussurro em seu ouvido.

Passo a mão livre pelo criado mudo ao lado da cama até encontrar o puxador da gaveta que guarda o abridor de cartas.

-Feche os olhos.-sussurro novamente em seu ouvido. Ele obedece, relutante, parecendo desconfortável com a ideia.

Levanto-me novamente de joelhos, o afiado abridor de cartas sob seu peito, em direção à seu coração.

Respiro fundo, tomando coragem. Quando o abridor de cartas começa a descer, Konan abre os olhos e segura minha mão à poucos centímetros de seu peito.

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