Capítulo XX

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   - Vamos S/n - diz a voz a minha frente, era doce e suave, assim como a de Ally. A corrida matinal era algo que eu não apreciava muito, além de estar muito frio, eu queria está na minha cama dormindo - você é muito molhe sabia ? - falou a voz a minha frente, que antes não podia vê com clareza, mas agora sabia que era Ally

- porque não vamos para casa e eu te mostro quem é a molhe entre quatro paredes ? - perguntei, respirando fundo, buscando por oxigênio, que parecia ter evaporado da atmosfera

- minha noiva é uma tarada ! - Ally respondeu revirando os olhos e voltando a correr.

  Acordei no domingo as cinco da manhã, respirando fundo pelo sonho que acabei de ter, o que foi isso ?. Eu não dormir por tanto tempo, tive umas quatro horas de sono, e é só isso que consigo ultimamente, nos melhores dias eu durmo por quatro horas, e nos piores, eu não durmo nada. Levantei da cama e fui até o banheiro tomar banho e vestir uma roupa para fazer exercícios físicos na sala da minha casa.

  Às oito da manhã eu ainda estava fazendo exercícios físicos, eu quero tirar o sonho que tive da cabeça, Ally nunca olharia para mim, além de colegas de trabalho, e não sei por quê estou me importando tanto com isso. Parei com a abdominal, me levantei e fui até a cozinha beber água. Depois que tomei outro banho e vestir um moletom preto e uma calça moletom preto, sai para fora do meu apartamento indo em direção a academia de Taekwondo, na Frederick Douglas Blvd com a w 115th st, é bem longe de onde eu moro, por isso vou de carro, quando entrei já havia algumas pessoas no tatame se alongando, tirei meu tênis e entrei no tatame cumprimentei algumas pessoas e começamos a treinar.

   Às 8:50 recebi uma ligação da capitão dizendo que tinhamos um caso no Broocklyn e que eu tinha que ir para lá.

   Ally

O domingo sempre foi meu dia favorito, é o único dia em que consigo dormir até a hora que eu quiser, sem me importa em ir para o trabalho, mas ainda sim o trabalho vinha comigo para casa, eu tinha uma pilha de papéis para analisar, organizar algumas planilhas de perfis psicológico, fazer um relatório sobre o desempenho dos policiais, e vê o quanto ele é forte psicologicamente para esse trabalho.

Com o meu copo de café no balcão da minha cozinha fui até a minha mesa de centro, peguei uma pasta e meu notebook, voltei para mesa e comecei o meu trabalho. Não estava nem na metade do trabalho quando minha campainha toca, me levantei olhei pelo olho mágico, e vi Bracey com uma sacola, provavelmente comida, abrir a porta e ele sorriu

- olá ! - disse sorrindo e dei espaço para ele entrar - o que faz ? - perguntou colocando a sacola em cima da mesa

- estou muito ocupada fazendo trabalho ! - disse e ele assentiu

- eu liguei para você, mas você não atendeu então eu achei que estivesse ocupada, e tomei a liberdade de trazer comida para comermos - disse e eu sorri

- desculpe não atender a sua ligação, eu tenho muita coisa para fazer - disse e ele olhou ao redor

  - estou vendo, por isso eu vim ao seu socorro com comida chinesa ! - disse e eu sorri feliz por saber que ele se importa comigo

- eu já disse que amo você ? - perguntei e ele negou - então, eu amo você

  S/n

  - vai pela esquerda s/n  - Amaro gritou enquanto corríamos pelo parque atrás de um adolescente idiota, seguir por dentro de uma pequena trilha, que se estreitava a medida que eu corria mais rápido, quando a trilha voltava alargar, pude vê o garoto vindo correndo ele estava perto de passar perto da trilha em que estava, corri mais rápido que pude, ignorando os meus pulmões e minhas pernas que me pediam para parar, quando estava no final da trilha me joguei em cima do garoto fazendo nossos corpos colidirem de uma forma bastante dolorosa, saímos rolando pela grama do parque, que tinha uma leve inclinação nesta parte, quando chegamos lá em baixo onde o chão voltava a ficar reto, me levantei rápido e coloquei as algemas no garoto que reclamou de dor, o levantei e entreguei para Amaro, enquanto os dois iam na frente eu ia logo atrás com a mão esquerda no meu ombro direito, e tentava puxar todo o ar que conseguia.

Quando chegamos na unidade, fui até a geladeira e peguei um copo de água e bebi ­- todo o meu corpo dói, minhas pernas, meus pulmões que não consigo puxar muito ar para dentro do mesmo, sem que eu pareça que estivesse tendo uma crise respiratória -. Sentir uma mão no meu ombro, quando virei vi Amaro

- fez um bom trabalho, lá com o garoto ! - disse me dando alguns tapinhas no ombro, sorrir sem mostrar os dentes

- onde ele está ? - perguntei desviando o olhar do homem para olhar a delegacia quase vazia por ser domingo, e os policiais estarem com as famílias em casa, descansando

- A capitão está interrogando ele - disse e eu assenti dando de ombro.

São 18;44 da tarde, e eu estou na delegacia, algumas luzes ainda estavam acessas, principalmente a da minha mesa.

  - O que ainda faz aqui ?, Portman  - perguntou Olivia atrás de mim, virei minha cadeira e olhei direto para os olhos castanhos escuros, que estavam protegidos pelo óculos de grau

  - eu tenho algumas coisas para resolver ! - disse simples, não querendo dá muitas informações

- você está aqui a muito tempo ? - perguntou e eu assenti

- podemos dizer que sim - respondi simples, cortando ela para que eu pudesse ficar sozinha, Olivia sentou em uma cadeira perto da minha e me olhou diretamente nos olhos, buscando por algum tipo de mágoa, ou frustração

- você foi muito bem hoje !, Eu posso dizer que está se recuperando do que aconteceu, e também posso dizer que está escondendo bem lá no fundo dos seus pensamentos para que não se lembre do que aconteceu, você vem para o trabalho, segue com a sua vida normalmente para tentar dizer que tudo voltou ao normal, mas se engana muito ao fazer isso, porquê lá no fundo você e eu sabemos que você não está curada, e tudo o que está fazendo não passa de uma farsa muito bem organizada - disse com a  mão na minha coxa, seu tom de voz era de pena e compaixão

  - eu não preciso que tenha pena de mim capitão, eu sei lidar com os meus problemas - disse fria

  - Ally, me contou que você não come e nem dorme direito ! - ela disse e eu me levantei da minha cadeira, a corrente de ansiedade começando a correr pelo meu corpo, não me deixando ficar nem mais um minuto sentada

- eu comi você viu ! - respondi em pé olhando para ela, mantendo uma distância considerável

- aquilo não conta em nenhum aspectos s/n ! - disse em pé também

  - Ally não tinha nada que contar para você sobre o que falei com ela ! - falei passando as mãos no cabelo

- ela é a psicóloga da minha unidade, e você faz parte da minha unidade, então ela iria me contar mais cedo ou mais tarde - disse

- não, e o sigilo de paciente e médico ?, Não existe mais ?, O que houve com essa lei ?, Alguém tirou ela do sistema e eu não estou sabendo ? - perguntei com raiva

- não se limita quando você é Policial e trabalha para uma unidade de alto risco como a SVU - disse e eu arquei uma sobrancelha para ela

- está me dizendo, que estou sendo monitorada ?, É isso mesmo ? - perguntei - eu não preciso de babá na minha cola, eu sou adulta, eu sei as consequências que meus atos causam nas pessoas, e sem as consequências de pessoas como você, como a Ally causam na minha vida - soltei tudo com raiva

  - e qual é a consequência que pessoas como Ally e eu causam na sua vida ? - perguntou e eu neguei, pegando a chave do carro e saindo da unidade.

 

Euphoria (Ally/ You)Onde histórias criam vida. Descubra agora