Capítulo 11 - DERECK

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Um furacão.

Nic se transformou nesse furacão de mulher determinada a deixar rastros de destruição pelo caminho.

Sem possibilidade para questioná-la e bastante decidida no seu propósito, que no caso usufruir do meu corpinho, foi me torturando com beijos e mordidinhas provocativas no pescoço enquanto as mãos exigentes foram de imediato trabalhar nos botões da minha camisa.

Eufórica parou somente para me empurrar fazendo com que eu caísse no colchão. Finalmente, com um sorriso tolo comemorava esse enorme avanço. Antes de montar em cima de mim seus olhos encontraram os meus e foi o que bastou para que captasse mesmo que tenha sido rápido e desviado tentando esconder.

Impaciente com o restante dos botões fechados Nic puxou a camisa, o tecido rasgou bruscamente. Ela suspirou apreciando a visão.

Que porra, mulher-macho!

A parada estava esquentando veloz demais e agora além de malditamente excitado me sentia incomodado com a emoção que peguei naquela troca de olhares.

— Nicole. — a chamei. — Olhe para mim e não para meu corpo.

— Eu sempre soube... — ignorou o pedido e provocante passou os dedos por meus músculos. As unhas raspando na pele trouxe arrepios. — Que por detrás dos ternos chiques se escondia um pecado que cometeria me mandando direto para o inferno. Sem salvação.

Gemi quando abaixou a cabeça e lambeu meu peito.

Aquele incômodo continuou martelando na cabeça.

Consciência é uma empata foda.

— Nicole. — busquei seus olhos azuis.

Eu precisava ter certeza que sabia que era eu ali e não um corpo masculino atraente. Um viável meio de distração que qualquer homem ao dispor poderia oferecer. Eu até posso ser usado, mas gosto de ver a clareza da situação. Ambos envolvidos.

— Shiii... — mãos trêmulas desafivelam meu cinto.

— Não. — criando força de vontade a parei impedindo que prosseguisse, em seguida levei minhas mãos para seus ombros conseguindo que enfim olhasse para mim. Nic se curva para tentar me beijar, mas mantenho a segurando no lugar distante o suficiente para não cair no erro de retornar a beija-lá. — Assim não, Nicole. Não te quero desse jeito.

Está de sacanagem com as minhas bolas?!

Indignado.

Meu pau se desespera por ter parado, provavelmente na próxima oportunidade (se existir) decida se vingar broxando por tê-lo deixado duro e jogado a chance de divertimento fora.

— Como é? — piscou Nicole nitidamente atordoada pela interrupção.

Não posso acreditar nessa merda.

— Inacreditável, quando a mulher finalmente quer me usar a razão decide me foder.— sussurro exasperado para mim mesmo antes da explicação do meu comportamento decente que quero mandar para o caralho por ter se mostrado presente.

"Alegria de homem dura pouco", como diria um amigo meu quando o esquema não dava certo.

— Dereck você não me quer? — disse abismada com a possível rejeição.

— Eu te quero demais. — poderia viver de te foder, mas... — Só não quero que apareça que me aproveitei de um momento delicado. Não somos melhores amigos, nem podemos ser considerado amigos. Apenas não quero que venha com arrependimentos ao perceber que era EU, se é que entende.

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