— Por que você não está olhando em meus olhos? — perguntou, enquanto quicava no pau duro do chefe de seu pai. O moreno não lhe disse nada, apenas voltou a apertar sua bunda, arranhando e deixando marcas.Jungkook por vontade própria, parou os movimentos e fez Park o olhar nos olhos, pegando seu rosto e forçando para si. Não via mais a luxúria nas íris castanhas de Jimin, era apenas um sentimento que não sabia descrever. A primeira coisa que passou em sua cabeça foi que o homem não o desejava mais, entretanto, se fosse isso, por que seu caralho estava tão duro para si? Estava Jimin pensando em outra pessoa? Ele estava pensando em outra pessoa sentando em si, que nem mesmo conseguia encarar Jungkook?
A luz do abajur era a única coisa que iluminava o quarto. Estavam na casa do mais velho, Jimin sempre o levava lá às sextas, quando saía do trabalho e ficava empolgado para fazer o garoto gritar a noite toda. Mas a cena de dias anteriores ainda martelavam em sua cabeça. Pensar que Jungkook queria apenas sexo consigo, o destruía. Desmoronava todas as barreiras que tinha levado anos para construir, confessava que se sentia idiota por ter se permitido apaixonar-se pelo mais novo.
Porém, era tarde demais. Nunca teria tudo forças suficiente para resistir àquele menino. Não era somente a forma que sentava em seu colo, — ou em sua cara — mas também o jeito que sorria e era gentil com as pessoas. A forma que se permitia sentir coisas novas e fazer coisas que eram boas. Jungkook era excelente em tudo que fazia, e até mesmo o que não consiguia fazer, jimin amava. Gostaria de estar com o garoto sempre, ainda assim, sabia que não era mútuo. Jungkook só queria seu pau. E ter noção disso machucava.
— Não quer mais transar comigo? — a pergunta saiu em um suspiro.
— Claro que quero, meu pau tá' duro por você? Não vê? — tentou forçar a voz para sair firme, achou que iria conseguir enganar Jungkook, mas não tinha conseguido nem a si mesmo. Viu Jungkook revirar os olhos para si e se erguer por completo, tirando o pênis de dentro de si. Sentando apenas nas coxas do Park.
— Por que você está mentindo para mim, Jimin? — questionou com os olhos vazios em um sentimento desconhecido.
O que ele diria? Jimin não fazia a mínima ideia. Se declarar para Jungkook não era opção, preferia poupar a rejeição. Entretanto, precisava saber. Sentia a necessidade de saber se tudo aquilo que viviam era apenas uma foda de horas. Fazia meses que estavam naquilo, e o calor no peito de Jimin aumentava cada vez que se encontrava com o menino. Não é como se perguntar fosse lhe entregar.
— É apenas sexo? — sua voz saiu falhada. Estava com medo, apesar da coragem.
— O que?
— Isso que vivemos. É apenas sexo para você? — finalmente encarou os olhos grandes e bonitos de Jeon, eles o olhavam com honestidade, e de alguma forma os seus próprios tinham um brilho parecido.
Jungkook abriu a boca para o reponder, mas as palavras se perderam no ar, fazendo ele assim, fechar seus lábios. Sua mente, de repente, nubluou. Não sabia o que pensar, nem mesmo o que sentia. Nunca decepcionaria Jimin, jamais. E o olhar que o mais velho lhe lançou o quebrou, fazendo perder mais e mais a voz.
— Eu gostaria de não ter expectativas, Jungkook. Mas com você é tudo tão bom... — a frase soou como um gemido, fraco e carente. Depois de tudo que passou, Jimin queria ser amado. E principalmente, amar. — Eu só preciso saber se tudo isso aqui significa algo para você.
Talvez tivesse falado demais e estragado seu plano de não se declarar, porém, se sentia mais leve. Estava com medo de sobrecarregar Jungkook, fazer ele de alguma forma se sentir pressionado para corresponder seus sentimentos. Não era aquilo. Nunca seria. Era apenas um desabafo.
Sentiu uma parte de suas esperanças retornarem quando o mais novo suspirou, voltando a ficar firme. O Jungkook que conhecia estava ali novamente.
— Hyung, você sabe que não podemos misturar as coisas.
As palavras deslizaram de sua boca com receio. Jimin não deixou a decepção tomar o centro dos seus sentimentos, a rejeição já era de se esperar. Não culpou Jungkook. O mais novo em sua percepção não podia ser responsáveis por seus sentimentos, ninguém além dele mesmo podia.
— Desça.
A voz saiu mais seca do que esperava. Jungkook provavelmente sabia que ele era apaixonado, não era idiota. Jimin de verdade, apesar de não culpar Jeon, não o entendia. O fato de ser CEO da empresa poderia ser resolvido, não tinha medo de declarar estar em um relacionamento com um homem, seria até um alívio. Era capaz de acalmar a mídia. Tinha escolhido aceitar o cargo na empresa por insistência de seus pais e amigos, com um tempo foi se acostumando e era bom trabalhar ali. Mas com a chegada do caçula do seu braço direito, toda a vontade de estar ali tinha passado.
Sabia desde o primeiro momento que não seria fácil. Se meter com o filho de um funcionário, adicionar paixão em cada beijo dado. Não deveria ter deixado aquela boquinha explorar todo seu corpo, mas também não sabia que com o tesão viria também o amor.
Não fazia ideia do que faria para acabar com todo que sentia quando via Jungkook, porém tinha certeza que continuar transando com ele poderia ser um começo.
— Não estou disposto hoje.
— Nem hoje, nem ontem e provavelmente amanhã. O que está acontecendo? Me conte a verdade. — já longe do corpo do mais velho, Jeon esbravejou. Estava chateado e furioso.
— Não levante o tom de voz para mim. — a cabeça de Jeon apenas abaixou porque a pose dominante do mais velho o intimidava. Entretanto, não podia esquecer que era sim um pirralho. Era um pirralho e seu hyung ficava doidinho com isso.
— Eu falo o quão alto quiser. — voltou a colar seu corpo com o de Jimin, sentando novamente sobre suas pernas. — Você só manda lá na empresa, nos que são inferiores à sua posição, aqui hyung quem manda sou eu.
As palavras atrevidas fizeram o pau de Park pulsar, mesmo estando tão triste. Jungkook fez questão de se aproveitar da provocação e arrastou o membro do menor para dentro de si mais uma vez. Gemendo quando sentiu dificuldade para sentar de uma vez. Jimin não queria, céus, como ele não queria ter correspondido a toda aquela excitação. Mas nunca resistia a Jungkook. Seus olhos molhados de estar em seu limite, querendo gozar e implorando pra ir mais devagar. Do jeitinho que gostava.
Jungkook era irresistível e não ter controle sobre isso estava matando Jimin.
— Você é um garotinho insistente.
— Você me deixa com muita vontade jimin... — palavras sem sentido soavam de si, nem ele mesmo sabia o que falava. O tesão estava tão grande, que somente queria gozar e sentir-se satisfeito.
— Vontade de que? Cherry, você anda tão atrevido. O menino inocente só pensa em meu pau, como acha que as pessoas reagiram a isso?
Sabia ser chato, ah sim, Jimin sabia ser muito chato. Jungkook sempre ouvia essas mesmas palavras, e sempre ficava sedento por mais. Park usava isso ao seu favor, não podia ter a reciprocidade, nem mesmo cuidar de forma amorosa do maior, então ao menos daria à ele os melhores orgasmos da sua vida.
Sua mão cheia de anéis não tivera pena de agarra a cintura delineada com força, puxando o quadril do mais novo para baixo, acertando em cheio o ponto onde tinha mais prazer. Em um gemido mudo, sem enrolação, Jeon gozou. O primeiro de muitos orgasmos que teria naquela noite.
Jimin não esperava encontrar o corpo que tanto adorava em sua cama na manhã de sábado. Jungkook não ficava para o dia seguinte. Sorriu ao ver a face serena do garoto, mesmo dormindo, parecia ótimo. Sua pele brilhava e encantava o loiro, os cabelos castanhos estavam macios e não hesitou em fazer um carinho ali. Com mil pensamentos, sendo metade deles sobre o futuro que teria com Jeon, esqueceu que tinha grandes compromissos naquele dia. E entre eles, incluía pessoas do seu passado e claro, não era algo bom.
Suspirou e se deitou na cama, abandonando o calor corporal de Jungkook. Seria complicado ter que deixar o menino sozinho, mas ele sempre fazia isso consigo. Não deveria se importar tanto. Certo?
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Sem correção k
Iai gostaro
Vai demorar por att dnv então... later😿
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Like a candy | Jikook
FanficEle era como um doce. Ao menos era o que todos pensavam. Eu sabia qual era sua real personalidade, não adianta fingir para mim, cherry. A primeira coisa que provou que você não era tão doce quanto aparentava, era seu beijo, viciante como uma droga...