VI.

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...
Toc toc toc

Chefe- ouço a voz de Maicon atrás da porta e me afasto imediatamente dele, o que eu estava pensando? Como me deixei levar assim ? Sempre fui muito racional e esta atitude minha me deixa nervosa e desconcertada

-Então Maiquin- apesar de fazer o máximo para não demonstra aborrecimento a sua voz tem um tom de chateação.

- Licença- o Maicon entra e eu tento ao máximo disfarçar qualquer indício do que estava prestes a acontecer aqui-

-Fala irmão - ele falha consideravelmente na tentativa de esconder seu desapontamento pelo o que quase aconteceu aqui, chega a ser engraçado se não fosse trágico, e eu continuo sem saber onde colocar minha cara

-Queria passar pro senhor algumas coisas do morro e ver alguns proceder dos bagulho aí também- enquanto o Maicon fala com ele, o mesmo não tira os olhos de mim e eu olho para todo o canto do quarto menos para ele

-É então eu estou saindo, vou estar no meu quarto, qualquer coisa só falar

-É doutora, não sei como está os esquema das suas coisas aí com o Maiquin, mais vou te dar um cartão pra tu comprar tudo que precisa , roupa e essas coisas que mulher usa- ele fala me olhando e seus olhos parecem me queimar, o que está acontecendo comigo ?? O que está acontecendo com você LAVINIA??

-Tudo bem, pode ser, ééé ... sem...sem... problemas- saio do quarto parecendo que ele está em chamas, eu gaguejei? A Lavinia dona de si estava gaguejando ?

Eu juro que não ia aceitar o cartão, mais eu queria tanto sair de lá que não quis protesta para gerar mais conversa é mais constrangimento para mim, e quer saber não é errado, eu cuidei desde homem por muito tempo, passei noites em claro e mereço no mínimo ter minhas necessidades básicas atendidas, eu acho que estou certa né ... Se não estiver que Deus me perdoe , mais eu preciso de uma roupa que tape minhas pernas e a outra metade da minha bunda...

....

Acordo com uma batida leve na porta

-Doutora- Ouça a voz do Maicon

-Já vou- abro a porta- sim

-O chefe me deu o cartão, mais não vou poder ir com a senhora compra suas paradas, o crioulo vai . Tem algum problema?

-Não sem problema, só vou me ajeitar e já desço

-Jae

Volto para dentro do pequeno banheiro que tem no quarto e lavo o rosto, faço um coque alto com alguns fios soltos e desamasso minha roupa, calçando o chinelo e saindo
Ao descer encontro crioulo, comprimento ele e ele me entrega um cartão platinum com a senha escrita em um papel

-O chefe falou pra senhora compra tudo que precisa sem se preocupar, Jae? -pego o cartão e saímos

-Aonde a senhora quer ir primeiro- ele me pergunta ao entrarmos no carro

-Uma loja de roupa, mais roupas mais comportadas por favor- respondo com um riso sem graça

-Tá, já sei onde- ele fala dando um pequeno sorriso e saímos

...

Chegamos, a loja parece ter de todos os estilos, é pra minha total decepção era no morro mesmo, entro na mesma e compro de tudo um pouco, ele falou que eu podia comprar... mas também não pretendo abusar, pq vai que um dia eu precise devolver tudo, vai saber né. Compro umas babylook, short de tamanho normal, lingerie, calça e o que mais amo, meus vestidos . No total gastei uns 1.000, não achei tanto, a loja era modinha então foi um bom negócio, já saiu da loja com um dos vestidos, não estava mais aguentando aquele short grudado em mim.

Doutora Do Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora