VIII

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Meninas a parte de romance deles vou passar um pouco mais rápido, meu foco mesmo é na ação, mas vou tentar explorar o máximo essa parte sem deixar a estória muito longa.

XOXO
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Um mês depois...

30 dias...

Faz 30 dias que estou vivendo meu paraíso...
Faz 30 dias que tenho para quem voltar pra casa...
Faz 30 dias estou vivendo um sonho...

Mas também faz 30 dias que estou vivendo um dos meus piores pesadelos. O morro está com uma nova ameaça de invasão, se fosse um tempo atrás eu teria revidado há muito tempo e na verdade meu plano inicial era esse, mas desisti sabe porque ? Lembro de ter que sair à noite pra resolver um problema da boca, a Lavinia estava lendo um livro quando sai, dei um beijo na minha preta e deixei uma promessa que logo voltaria. Nessa noite encontrei com o Maiquin e com meu informante infiltrado no morro rival, ele me passou toda a visão e os lugares que poderia invadir, o número exato dos soldados e quantas armas tinha, eu estava com aquele morro nas mãos, fui pra casa e já tinha sentenciado a queda daquele chefe pilha da put#. Entrei no meu quarto todo escuro com somente a luz da lua iluminando a Lavinia, seu rosto lindo e aquela pele lisa, eu estava apaixonado e não poderia negar.
Tomei um banho, deitei ao seu lado e puxei ela para meu peito, cheirei seu cabelo depositando um beijo em sua testa. Ela acordou olhou em meu olhos sorrindo e me falou algo que nunca ouvi de ninguém, pelo menos não com tanta sinceridade

-Senti sua falta amor- beijou meu peito e voltou a dormi segura em meus braços e diante disso só consegui fazer uma coisa

... tuuuu... tuuuu ....

-Maiquin

-fala chefe

-Cancela a invasão de amanhã até segunda ordem... tenho que cuidar de uma coisa mais importante

-Jae chefe

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-Bora preta, vou te deixar no posto- grito do pé da escada

-Não precisa amor- eu amava quando ela me chamava de amor

-Precisa sim, tu passou mal ontem aí, já falei que não quero tu andando sozinha- nunca vi uma médica que não gosta de médico, já pedi pra ela ver o que é isso. Mas cada hora é uma desculpa nova

-Amor, já falei que foi só minha glicose e agora está regulada.- ela vem descendo toda linda de branco, minha gata

-Três vezes ? Rum, você se aproveita que eu não entendo nada dessas coisas aí- ela ri e me dá um beijo

-Vamos reclamão, hoje é dia de pré natal no posto e as mamães ficam muito anciosas.- passa por mim abrindo a porta e dando bom dia pros caras.

Em apenas um mês ela já ganhou o respeito e amizade de geral da comunidade. Os meus soldados respeitam ela e admiram, as crianças os idosos, e eu fico como com tudo isso ? Todo bobo. Nós temos evitado falar sobre o dia que ela vai embora mais não podemos mais evitar o inevitável, nós fingimos que não é importante mais precisamos falar sobre isso, eu não estou preparado para me separar dela e não quero. Mais não posso viver na ilusão de que ela vai ficar aqui, ela tem uma vida longe dessa favela, tem uma carreira promissora, tem liberdade fora desse morro e eu não posso privá-la disso, nem amando - a muito. Ficaria muito feliz e seria a melhor coisa que aconteceria na minha vida se ela me escolhesse, mais não posso ser egoista ao ponto de pedir a ela para abrir mão da vida dela pra viver aqui comigo, no perigo. Mais uma coisa é certa eu a amo demais e nada vai mudar isso. Saio pela porta de casa e vejo ela no portão conversando com os menorzinhos, eles estão felizes e ela ri de alguma coisa, fico admirando ela e pensando que ela seria com certeza uma ótima mãe e seria tudo pra mim se ela fosse mãe dos meus filhos, trato de tirar essas ideias da minha cabeça e vou ao seu encontro. Pego na mão dela e os pivete me olham de cara assustada

Doutora Do Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora