ANTERIORMENTE
-Eu vou ver se na mala tem algo que possamos usar...como linha... – Donna disse desconcertada.
-E.... vou.... isca. Isso.... Isca... – Ele também estava absorto no sentimento que ele pensou já ter superado e assim como ela, ele sabia que a cada dia em que ficassem naquela ilha seria cada vez mais difícil de evitar o inevitável.
Mais tarde naquela noite eles comiam o peixe que tinham pescado sentados em volta da fogueira dentro da gruta.
-Deus, isso está incrível... – Donna disse comendo o ultimo pedaço de peixe.
-Acho mesmo que só um acidente de avião para te fazer amar peixe... – Harvey brincou, ele sabia o quanto ela detestava peixe.
-Na verdade eu tenho simpatizado mais com peixe ultimamente.... – Donna disse. – Thomas é um amante de peixes....
-Thomas seu namorado é.... – Harvey disse tentando conter os ciúmes pois sabia que ele era a última pessoa que teria o direito de ter tal sentimento.
-Na verdade noivo. – Donna disse.
-Então você vai casar? – Harvey disse com um nó na garganta.
-No final do mês que vem. – Donna falou suspirando. – Isso se nos encontrarem até lá.
-Será que posso perguntar como vocês se conheceram? – Harvey perguntou fingindo desinteresse.
-Uma noite enquanto fui no balé com Louis, Thomas ligou para ele para lhe contar que estava tendo problemas com seu CEO, como era urgente ele foi nos encontrar no balé.... – Donna passou a mão pelo cabelo. – Louis disse que vocês estavam com muitos problemas com a saída do Mike e da Rachel e consequentemente a minha, então pediu minha ajuda....
-O Louis nunca me disse nada.... – Harvey falou.
-Eu pedi, eu disse só ajudaria se você não soubesse...- Donna olhou para ele ferida. –Thomas ficou muito agradecido pelo meu trabalho, me chamou para ir em um jantar de agradecimento e é isso, vamos nos casar no fim do próximo mês. – Donna disse.
-Parece que sua regra de não se envolver com quem trabalha só funcionava para... – Harvey disse morrendo de ciúmes, mas parou antes de terminas a frase.
-O que você quer dizer com isso? – Donna perguntou intrigada.
-Nada, nada... –Harvey levantou. – Eu vou dar uma volta....
-Harvey, está escuro, o que você vai fazer lá fora? – Donna questionou.
-Pegar um ar... – Harvey disse pegando um pedaço de madeira, fazendo uma tocha e saindo da gruta. Donna suspirou frustrada.
Mais tarde quando Harvey voltou, no caminho ele havia encontrado algumas arvores frutíferas e pegou algumas frutas para o café da manhã, ele suspirou ao ver que Donna dormia um tanto quanto desconfortável, encolhida, ao redor da fogueira no chão da gruta, ele andou até a mala dele, improvisou um travesseiro para ela e depois a cobriu com o paletó dele. Depois encostou na parede e pegou no sono.
Dias depois
Os dias pareciam uma eternidade, demoravam para passar e eles intercalavam com dias na gruta e alguns raros dias na praia. Eles caminhavam a procura de destroços e reaproveitavam tudo que pudesse ser útil na sobrevivência deles. Eles já conseguiam pescar com mais facilidade, comiam frutas, bebiam água ou da cachoeira ou de coco e já estava fazendo outras armadilhas para pega outros animais.
Certa manhã quando Harvey acordou, Donna não estava na gruta.
-Donna... – Ele chamou olhando ao redor. – Donna... – Ele falou, mas então a viu na parte de trás da gruta onde a cascata da cachoeira formou uma pequena piscina, mesmo sabendo que era errado, ele espiou e seus olhos não conseguiram desviar, ela estava nua, de costas se banhando alegremente. O ar saiu dos pulmões dele e ele s afastou de lá o mais rápido que conseguiu antes que arruinasse ainda mais as coias entre eles.
Todos esses dias com Donna na ilha o faziam ter certeza de que havia feito a escolha errada e ele se martirizava com isso pois sabia que havia a perdido para sempre. Inerte em seus pensamentos, ele não percebeu quando ela se aproximou dele.
-Bom dia. – Ela disse de forma distante como de costume mas percebeu que ele estava diferente. – Aconteceu alguma coisa?
-Não. – Ele disse com o coração partido.
-Harvey, você voltou a sentir dor? – Ela se aproximou dele preocupada.
-Como se isso fosse importante para você! – Ele disse áspero.
-O que deu em você? – Ela se afastou cruzando os braços.
-Desculpa... é que eu tive um pesadelo... – Ele mentiu.
-Você quer falar sobre isso? – Donna perguntou baixando a guarda.
-Não hoje... – Ele disse.
-Se você quiser falar... – Donna disse.
-Ok, obrigada... – Ele deu um meio sorriso e ela retribuiu. – Bem agora vamos tomar café, temos que ir na praia e manter a fogueira acesa...
-Sim... – Ela falou se sentando ao lado dele enquanto eles comiam em silencio.
No caminho de volta para a gruta, após terem ido na praia a acendido a fogueira, eles estavam em silencio até que Donna perguntou.
-Como foi? – Ela disse.
-O que? – Harvey não entendeu.
-O acidente, digo, como conseguimos ficar vivos? – Donna pediu.
-Eu não sei Donna... – Ele disse. – Eu lembro de pouca coisa, o avião caindo, batendo na água, eu só lembro de ter tirado nossos cintos, a porta de emergência e eu nadei... – Harvey disse.
-Eu estava desacordada... – Donna refletiu.
-Eu tentei nadar com você, mas então quando eu vi a praia minhas forças acabaram e eu apaguei...- Harvey disse.
-Então você meio que salvou minha vida... – Donna concluiu.
-Não, na verdade nós tivemos muita sorte...- Harvey disse, então ele sorriu para ela e enquanto ela sorriu de volta ele ficou sério. – Donna, não se mexe.... – Ele disse cauteloso.
-Harvey...- Donna ficou confusa enquanto via ele se afastando lentamente.
-Não...se... mova.... – Ele disse baixo.
-Harvey, você está me assustando... – Donna disse sem respirar, foi quando ela olhou para o lado e viu uma cobra. – Harv... – Ela disse tentando se manter calma.
Harvey voltou com uma madeira e com muito cuidado retirou a cobra de perto de Donna que saiu correndo assim que ele afastou o bicho de perto dela. Ele a seguiu até que chegaram na gruta.
-Você está bem? – Ele perguntou olhando o corpo dela para ver se ela estava bem.
-Sim...- Ela estava chorando. – Eu não aguento mais Harvey, eu quero ir embora...
-Donna, não fica assim... – Ele se aproximou dela.
-Eu quero minha casa... eu quero sair daqui.... – Donna disse.
-E nós vamos, eu prometo! – Ele secou as lagrimas dela. – Eu sei que a companhia não é a das melhores, mas poderia ser pior, imagine ficar presa aqui com o Louis...-Harvey disse e ela sorriu. – Assim está melhor! – Ele acariciou a bochecha dela. – Não existe nada mais bonito que o seu sorriso...
-Harvey... – Ela disse suspirando e quando se deram conta, seus lábios estavam se tocando e eles começaram a se beijar.
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A ilha
RandomHarvey e Donna precisam viajar juntos para um conferencia, porém o avião cai e eles ficam presos em uma ilha deserta. 7X10 nunca aconteceu, Harvey casou com Paula e Donna esta noiva do Thomas.