A ilha

Teatro

MESES DEPOIS....

Donna acordou naquela manhã feliz, muito feliz, fazia exatamente cinco meses desde que Donna havia aceitado o emprego e se mudado para a Itália. Ela vivia em uma vila residencial perto do teatro e seus dias eram divididos entre fazer a peça e arrumar sua nova casa. Ela também tinha adotado um cachorro em um dos abrigos da cidade e Peppe era seu mais novo melhor amigo.

Ela havia desistido de casar com Thomas pois não o amava e não achava certo continuar com algo que não iria para frente, ainda mais depois do que tinha acontecido com ela e Harvey na ilha e suas consequências. Porém, ela também havia desistido de ficar com Harvey pois achava que tudo que viveram na ilha havia sido apenas em decorrência das circunstâncias e não queria atrapalhar a vida dele com Paula.

Ela mantinha contato com seus amigos e seus pais, mas sem revelar seu paradeiro e sempre se limitava a falar com eles por vídeo conferencia. Nem mesmo para seus pais ela revelou onde estava pois disse que precisava de um tempo para pôr a vida, a mente o coração no lugar o que não era de todo mentira.

Como de costume Donna levou Peppe para dar uma volta pelo parque que tinha perto da casa dela, depois foi na academia fazer Ioga, almoçou no restaurante do Genaro e finalmente foi ao teatro. Naquela noite Donna foi sensacional, era como se o coração dela finalmente estivesse cicatrizado e ela estava de corpo e alma no palco.

-Você estava incrível! – Giuseppe disse entrando no camarim enquanto ela trocava de roupa.

-Obrigada, mas como eu posso acreditar se você me diz isso todas as noites.... – Donna brincou com ele.

-O que posso fazer se me apaixono por você a cada noite? – Giuseppe falou.

-E onde está o Metteo? – Donna perguntou.

-Acredita que ele nos trocou pelo amigo americano? – Ele falou rindo. –Eu acho que deveria ficar com ciúmes, mas eu amo tanto ele que isso nem passa pela minha cabeça....

-Vocês são perfeitos.... – Donna falou.

-Então vamos jantar juntos? – Giuseppe perguntou.

-Hoje não, mas amanhã sem falta... – Donna prometeu.

-Já sei, hoje você está cansada de carregar essa falsa barriga... – Ele falou rindo.

-Sim, sabe como é faz parte do papel... – Donna falou com um nó na garganta.

-Espero que eles te paguem três vezes mais por isso, ficar carregando essa barriga por aí deve ser horrível.... – Ele falou.

-Talvez sim, talvez não.... – Donna riu.

-Matteo já falou que nunca advogou, mas que se você precisar.... – Ele disse.

-Eu sei, eu sei.... – Donna beijou a bochecha do amigo.

-Lembra que você é nossa família! – Ele abraçou a amiga e então os dois se despediram.

No dia seguinte, Donna acordou parecendo que tinha o peso do mundo em cima dela, algo como um pressentimento que ela não conseguiu saber bem o que era.

Depois de realizar sua rotina, ela ligou para os pais e se certificou que de que tudo estava bem, mas após o sentimento persistir, ela se rendeu e fez uma vídeo chamada com Rachel.

-Oh meu Deus a cada dia que passa esse menino se parece mais com Mike.... – Donna riu.

-O que é uma verdadeira afronta, eu passo nove meses carregando eles para que no fim eles saiam a cara do pai... – Rachel bufou sabendo que tanto Viviane quanto Paul eram a cara de Mike e isso era incontestável. – A propósito, estamos com saudades....

-EU sei, eu também.... – Donna falou.

-Iriamos visitar se soubéssemos onde você se esconde.... – Rachel pediu.

-Rachel, já falamos sobre isso... – Donna sorriu. – Prometo que logo vou visitar você....

-Hey, olha você! – Mike falou se sentando ao lado da esposa com Viviane em seu colo.

-Oh meu deus isso é sombra e batom? – Donna riu de Mike. – E uma presilha no seu cabelo....

-Eu que fiz...Ficou bonito tia Donna? – Viviane perguntou.

-Ficou lindo princesa.... – Donna riu e menina saiu do colo de Mike e foi pintar.

-Acho que vou ter que mudar meu nome para Michelle Ross... – Mike falou rindo, mas Donna ficou tensa.

-Querido, será que você poderia trocar a fralda do bebê? – Rachel perguntou.

-Sim... – Mike estranhou, mas não contestou. – Até mais Donna e eu realmente espero que na próxima vez que nos falarmos seja pessoalmente.

-Você está bem? – Rache perguntou para a amiga.

-Sim.... – Donna suspirou. – Você...tem notícias dele? – Rachel desviou o olhar. – O que você não me contou?

-Harvey pediu demissão, vendeu o apartamento e pelo que sei está viajando pelo mundo.... – Rachel falou.

-O QUE? – Donna estava incrédula.

-Mentira, ele só tirou licença.... – Rachel riu. – Se bem que isso para ele já muita coisa...

-Realmente... – Donna suspirou.

-Ele está divorciado e achamos que ele está passando um tempo com Marcus... – Rachel informou.

- As coisas não são tão simples Rachel... – Donna falou.

-Ok, você já me contou, mas Donna, ele não mentiu, ele tinha pedido o divórcio na semana em que aconteceu tudo e ele estava morando em um hotel.... – Rachel falou. – Eu realmente acho que ele te ama...

-Eu realmente gostaria de ficar o resto da tarde falando sobre isso, mas eu tenho que ir para o teatro... – Donna falou.

-Claro, para fazer a peça que eu ainda anão vi porque não faço ideia de ONDE VOCÊ ESTÁ! – Rachel esbravejou.

-Até Rachel, amo vocês, beijos... – Donna falou rápido e desligou a vídeo chamada suspirando. – Não me olha assim... – Ela falou com Peppe que colocou o focinho na perna dela e ela suspirou.

Naquela noite Donna fez um trabalho magnifico, pela segunda noite ela se entregou por completo para a personagem, foi aplaudida de pé por pelos menos cinco minutos pela plateia. Depois de atender a alguns fãs, ela foi se trocar então ouviu uma tímida batida na porta na porta do seu camarim.

-Pode entrar... – Ela falou imaginando sem Giuseppe ou Matteo, eles iam todas prestigiar a amiga. – Eu já estou quase.... Harvey?

-Oi Donna... – Harvey disse tímido com as mãos no bolso.

-O-o que você faz....aqui? – Ela perguntou sem cor.

-Nossa foi difícil entrar... – Matteo falou. – Desculpe Harvey, eu tive que parar no caminho, então o que acha da estra mais bonita desse lugar?

-V-você... você... g-gravida? – Ele perguntou sem ar.

-Harvey... – Donna falou.

-Donna... – Ele estava sem ar.

-Matteo e Giuseppe... – Matteo falou fazendo menção ao marido que assistia a cena confuso. -Agora que já fizemos as devidas apresentações podemos ir jantar?

-Então Donna? – Harvey perguntou se aproximando dela.

-Querido, eu acho que devemos deixar eles sozinhos... – Giuseppe disse percebendo o clima.

-Mas por que, eles acabaram de se conhecer, não devem ter tanto o que falar que não possamos ouvir...- Matteo falou. – Certo Harvey? – Mas Harvey não respondeu, ele não conseguia parar de olhar para Donna. – Donna? – Mas ela estava petrificada. – Será que alguém pode me explicar o que diabos está rolando aqui?