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Kaya Dinter.

Estava treinando com o time há uns 30 minutos. O campeonato seria em um mês e eu daria meu melhor.

Vejo o idiota do Hans, que eu tinha dado uns socos, me olhar enquanto quica a bola no chão e em seguida ele sorri de lado, arremessando a mesma em meus seios.

Prendo a respiração pela dor e apoio as mãos nos joelhos, fechando os olhos e curvando um pouco o meu corpo.

- TEMPO! - Um dos jogadores grita e eu ajeito minha postura, pegando a bola do chão e mirando em Hans.

Acerto no seu nariz com toda a força e na mesma hora o jogo para.

- MALUCA! - Grita vindo para cima de mim e me empurrando. - Quer entrar num time de homens?! Então vou te tratar como um!

- Ótimo. - Falo e acerto um soco em sua boca, em seguida chutando suas partes baixas. - Quer mexer com uma garota?! Então pelo menos saiba como fazer isso.

- Você se faz tanto de durona, que esquece que não tem autoridade nenhuma aqui. Pode me bater quantas vezes quiser, não vai mudar o fato de que não era pra você estar aqui - fala se contorcendo de dor.

- Sinto muito se você vive um mundinho machista dentro dessa sua cabeça de vento!  - Falo e bufo, em seguida sendo segurada.

- Kaya, de novo não - Jonah fala sério.

- Isso, vai com ele. Tem que obedecê-lo agora que  ele te colocou no time. - Hans fala irônico.

- Se você não calar essa boca, vai ser expulso, me entendeu?! Agora ela é parte do time. Tenha respeito! - Marais fala num tom rude.

Hans me olha feio e eu sorrio cínica para si enquanto Jonah me puxa para fora da quadra e me guia para o vestuário masculino.

- Não diga que eu estou errada! - Falo e bufo. - Ele está brincando com fogo.

- Você não está errada. - ele fala me acalmando - Kaya...você tem excesso de raiva. Já pensou em ir no psicologo? Sei que ele provoca muito, mas não pode bater nele sempre.

- Excesso de raiva?! - Repito indignada. - Você só pode estar brincando!

- Não estou, você sempre surta quando algo assim acontece. Sei que ele pede, mas você sempre cede. - explica tentando me acalmar.

- Eu surto com razão. - Falo e nego com a cabeça. - Não espero que você entenda porque não passa o que eu passo.

- Não vou entender mesmo, mas você precisa aprender a se controlar. Por favor. O mundo não vai acabar se você lidar com isso de forma calma. - ele não aumenta seu tom de voz em momento algum.

Cruzo os braços e acabo revirando os olhos.

- Não posso deixar ele me ofender quando quiser. - Digo e bufo.

- Não pode bater nele sempre que isso acontece. - me olha meio esperançoso com minha resposta. - Deixe isso para os homens.

Reviro os olhos e vejo o mesmo colocar as mãos em em meus ombros.

- Sei lá...Parece que ele fica tão bem com os lábios sangrando por minha causa. - brinco e ele ri. - E isso não é "trabalho de homem."

- Fica mesmo, ele sempre foi um babaca - dá ombros.

- Você admitiu. - Falo e rio, dando um soquinho leve nele. - E eu não esqueci das suas aulas.

- Ah merda - bate a mão na testa - Só vou por que eu realmente preciso - revira os olhos

- Esteja lá às seis da tarde. - Falo e o cutuco. - Sem atrasos.

- Sim, senhora. - ele fala levantando os braços em sinal de redenção. - Você quem manda.

- Claro. - Murmuro e o olho por segundos, me recostando na parede.

- Você provoca sabia? - ele fala rindo e se aproximando.

- O que eu fiz? - Questiono e o mesmo sorri de lado.

- Você...Recostando na parede, toda sonsa. - fala rindo e coloca um dos braços me prendendo - Seu cabelo bagunçando foi lindo ontem.

- Ah é mesmo?! - Falo dando uma risadinha e ele molha os lábios. - E sabe o que eu percebi?

- Adoraria saber - ele diz rindo  me encarando malicioso.

- Que você gosta de me trazer para lugares afastados. - Murmuro enquanto o mesmo raspa nossos lábios.

- Eu adoro - ele beija o canto da minha boca - É mais interessante...E me mostra que eu sou exclusivo por isso.

- É?! - Questiono e levo minhas mãos até sua nuca. - Você é sonso...

- Você provoca e não termina, e eu sou o sonso? - fala em meu ouvido.

- É sim, Marais. - Digo e acabo me arrepiando. - Você sempre começa as coisas e eu apenas entro no seu joguinho.

- Um joguinho bem sujo que eu sei que você gosta - beija meu pescoço.

- Gosto. - Falo e dou um selinho nele. - É divertido.

- Não é divertido...você faz isso e depois vai embora. - choraminga entre o selinho, que havia se transformado em um beijo.

- Porque você merece...- Murmuro e bagunço seu cabelo.

- Você não vale nada - para de falar e me beija por alguns segundos, até nos faltar ar.

- E você gosta. - Falo dando uma risada. - Se alguém chegar aqui, estamos ferrados.

- Você liga? - ele arqueia uma sobrancelha.

- Não. - Falo e acabo rindo. - Mas acho que já chega.

- Tá vendo?! Começa e não termina. - bufa e se afasta.

Rio e deixo um tapinha em seu peito antes de sair dali.

Team Captain ❃ Jonah MaraisOnde histórias criam vida. Descubra agora