01/03/21
Desculpa a demora, quem lê minha outras fanfics ou me conhece, sabe que aconteceu tanta coisa no ano passado, que virou uma merda. Acho que pra todo mundo foi um ano de merda, na verdade.
Venho de antemão dizer que nunca li Harry Potter e nem pretendo, apesar de ter assistido aos filmes e amar a Hermione e a Luna, então, não vou me aprofundar e muito menos fazer citações que não tenho conhecimento algum. Vou fingir que a JK vale um centavo, pois não quero ter que reescrever o capítulo, estou com preguiça.
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Oi, Camz.
Sempre admirei a sua determinação e a sua paixão pela leitura, não tem um dia desde que começamos a namorar que vejo você longe de um livro, seja lendo por diversão ou por trabalho. Eu simplesmente te admiro muito por isso. Gosto de ler, mas nem de perto tanto quanto você.
Eu amo chegar em casa e te observar por algum tempo lendo, você está sempre tão concentrada que nem nota que estou observando. Você e Junny estão sempre juntinhas lendo no sofá quando você não está lendo a trabalho.
A sua disciplina com a leitura sempre me encantou, sua paixão pelos livros e como vem passando isso para nossa Junny. Ela ama todos os universos que você apresenta, em especial a sua paixão por Harry Potter que eu nunca vou conseguir entender, ela herdou.
No momento em questão, eu cheguei em casa e estava tudo silencioso, o que não era muito normal para época. Junnipper ainda tinha apenas 4 anos e meio, mais ou menos. Nossa casa só passou a ficar mais silenciosa depois dos 6 anos da nossa filha, quando ela começou a ser mais como você e ficar perdida em livros.Você estava com Junniper deitada em seu peito enquanto lia o primeiro volume da saga de Harry Potter para nossa filha. Junny estava concentrada olhando para o livro, você lia para ela com a maior calma do mundo. As palavras que ela não conseguia entender no ápice dos 4 anos e um pouquinho de idade, você explicava com paciência e um carinho enorme, que eu sempre soube que você teria caso nós tivéssemos filhos algum dia.
Assim que nossa filha percebeu que eu tinha chegado em casa, rapidamente te deixou de lado. Junny levantou do seu colo, tomando cuidado para não pisar em você e abriu os braços para que a abraçasse, ainda por cima do sofá.
— Ter um filho ingrato é mais doloroso do que a mordida de uma serpente! — Você fez drama com uma citação de Shakespeare, já tínhamos escutado tanto aquilo que Junny até riu quando balancei a cabeça negando a sua capacidade infinita em ser dramática.
Beijei o rosto de Junny e a peguei, fazendo-a me abraçar apertado. Ela soltou um murmúrio pelo tanto que a apertei. Você se ajeitou no sofá para receber um beijo também.
— Oi... — Disse lhe lançando uma piscadela em brincadeira, seu sorriso foi tão lindo que meu estômago se remexeu em ansiedade. Sabe, o amor faz dessas coisas independente do tempo.
— Oi, Amor. — Nós beijamos rapidamente, enquanto Junny fazia um biquinho de ciúmes (ela com certeza puxou isso de uma de nós, mas não vou dizer de quem). Você me abraçou, apertando Junniper de propósito, ela logo reclamou, afinal é minha filha e ser apertada demais em um abraço não é algo que nós gostamos. — Como foi o trabalho?
— Bom, Babe... Como passaram o dia? — Ainda com nossa filha agarrada em mim, tirei minha bolsa do ombro e deixei ao lado do sofá, enquanto você deitou novamente. Como sempre você vestia uma roupa larga e confortável, há vantagens em trabalhar em casa.
— Eu aprendi taaantas coisas na escola, mamãe. — Junniper disse tão animada, que fez com que eu pensasse o quanto ela se parece com você, ambas são apaixonadas em aprender e eu simplesmente amo essa animação em vocês. Ela também puxou o quão disciplinada você é, quando está de fato concentrada ninguém consegue te fazer sair do seu mundinho.
— E nós estamos lendo Harry Potter. — Você disse seriamente, como se Junny conseguisse ler mais que algumas sílabas, foi tão fofo.
— E é tão legal, mamãe, o Ron é um bobão! — Junny disse animada, instantaneamente virei para lhe olhar e nossa filha também, apesar de ela fazer apenas imitando meu ato e não por saber que você ficaria dolorida com a fala dela.
— Não fala assim dele, Junny.
— Desculpa, mamá, mas ele é meio bobo... — Junniper insistiu, segurei o riso vendo seu bico chateado nos lábios, eu teria te beijado se não estivesse deitada no sofá e eu com Junny no meu colo.
— Ok, eu acho que alguém não quer que eu continue lendo. — Como uma dramática de primeira você tentou chantagear nossa filha, e levantou do sofá tentando uma saída dramática. Obviamente você levou uma repreensão minha pelo olhar.
— Não, mamá! — Estendeu os braços para que você não fosse, com minha clara repreensão você apenas ficou quieta no lugar. Sua disciplina não vem apenas do seu trabalho, você sabe ser disciplina quando eu peço também.
— A mamá vai ler, Junny, é só você não falar mal de ninguém... — Digo para nossa filha, como se fosse um segredo, enquanto ela ainda está te olhando como um cachorrinho triste. Nunca pensei que você pudesse ser a mãe imprudente, mas ali estava você. Ao mesmo passo que pode ser disciplinada, pode não se também e tudo bem. Nós revezamos bem nesse papel.
— Mas o Ron ainda é bobo. — Junny mostrando bem o DNA de teimosia que nós temos, disse para mim. Ela tentou falar em tom de segredo, mas a voz dela é potente demais para contar segredos.
— Eu sei, mas você não deve falar isso com a mamá.
— Estou escutando alguém falando mal do meu Ronald Weasley ainda? — Você questionou, em uma obvia brincadeira (eu acho), enquanto parecia segurar o riso.
— Não, não tem ninguém falando nada, Babe... — Brinco para limpar a barra de Junny e você se aproxima para pegá-la do meu colo.
— Ok, certo... Venha aqui, minha pequena Trouxa.
Óbvio que Junniper retrucou sobre ser uma trouxa, ela é uma bruxa, Camila... A nossa bruxinha temperamental e dedicada a leitura. Ela é quase a Hermione, só que mais Corvinal do que Hermione jamais poderia ter sido e com uma pitada de Sonserina indiscutível. Eu amo que você goste tanto de ler que faz com que nós duas também sejamos completamente rendidas por suas paixões.
Com muito mais amor do que eu consigo expressar,
Lauren Cabello Jauregui.
— Veio cedo hoje... — Camila abre a boca, totalmente sonolenta. Normani olha para Camila segurando o riso, pelo estado deplorável da latina, quando tocou a campainha pensou que a Cabello já estivesse acordada.
— Você já acordou melhor...
— Estou doente. — Camila responde e só então Normani nota que a mulher escorada na porta e vestindo um roupão está meio rouca.
— Tudo isso é por ficar sem a Lauren? — A Hamilton implica.
— Não seja boba, é um resfriado. — Responde em meio um resmungo.
— Amanhã você a verá... Ops. — Normani finge ter contado um segredo e Camila ama a notícia.
— Ainda bem! — a latina mostrou um pouco de ânimo, apesar do cansaço que sente por causa do resfriado. — Vou buscar Junny hoje na casa dos avôs dela, então.
— Pode deixar que busco para você, acho melhor ir descansar... Você está um caco.
— Você é uma ótima amiga. — Camila diz em tom sarcástico para implicar com Normani, apesar de ser verdade o que ela fala.
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5 coisas.
Fanfiction- CONCLUÍDA - Oi, amor. Então, eu só queria te mandar alguns bilhetinhos, mas você me conhece o suficiente para saber que posso acabar escrevendo um livro só para pensar em um bilhete... Não vai ser um livro, calma aí! Só que eu posso ter escrito m...