A proposta

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Já devia se passar da meia noite.

Mingyu se aventurava entre as ruas daquele bairro sombrio.

Havia inúmeros boatos na boca do povo, um deles era que havia uma poderosa máfia que dominava o local, a qual era impossível impedi-la de qualquer coisa, sendo conhecida por ser extremamente cruel com quem cruzasse seu caminho. Mingyu odiava admitir, mas tinha um medo tremendo desse lugar.

Por mais que andasse sendo despercebido, sabia que as forças superiores já teriam dado conta de sua presença, mas de acordo com si, estava apenas de passagem, iria embora rapidamente.

- Te damos exatamente um minuto para sair daqui, ou algo pior pode te acontecer.- Uma voz grossa e desconhecida foi dita em meio a escuridão, onde o Kim ouvirá junto consigo o barulho de um gatilho ser posto em ação.

- Eu já estava de saída.

- Não queremos nenhum detetive aqui, já não basta os merdas do FBI enchendo nosso saco.

- Ok chefia, tô' indo nessa.

Mingyu deu meia volta, sabendo que só andar por ali já teria sancionado todas suas dúvidas, podendo até mesmo imaginar a cena do crime que o FBI enfiou por de baixo dos panos. E durante o trajeto de volta pra casa, o Kim ficou com seus pensamentos a mil, calculando tudo que poderia ter ocorrido ali.

E para si teria apenas dois motivos para a morte de Lee Jungsoo.

A primeira era o laudo que o FBI dizia ser, onde o homem estava no lugar errado, na hora errada, já que sua mulher lhe informou de que moravam no bairro vizinho, podendo muito bem ter que atravessar o local perigoso afim de chegar até sua casa, e durante o caminho, ocorreu uma briga entre as facções, gerando a morte do homem.

A segunda, era de que Jungsoo era um traficante da máfia, ou seja, era um dos integrantes, sendo esse trabalho mantido em segredo de sua amada, e que supostamente cometeu algum deslize comprometedor, despertando a raiva daqueles seres perigosos que se viram na única opção de matar o homem, fazendo com que tudo parecesse não proposital aos olhos da polícia, como se fosse algo comum naquele lugar, o que de fato era.

Mingyu realmente preferia acreditar na segunda opção, porque veja bem, como apenas um corpo possa ter sido atingido por balas em um "tiroteio"? Não encaixava muito bem, além do mais qualquer burro sabia que isso não fazia muito sentido, mas o FBI fez parecer que aquilo realmente possa ser válido.

Odiava com todas suas forças essa entidade que dizia ajudar as pessoas, mas no fim sabia que quando não conseguiam solucionar as coisas, davam soluções sem coerência nenhuma em que todos aceitavam pois era o FBI falando, e não um zé ninguém. Era notável que o detetive particular não se dava bem com os qualquer um que fosse do FBI, e tinha seus motivos, estes que eram totalmente aceitáveis.

Seus devaneios de puro ódio foram interrompidos pelo barulho alto das sirenes que piscavam em sua direção.

《••••••》

-Você não pode se meter nos casos do FBI!

- É claro que posso, sou um detetive.

Talvez Mingyu tenha se metido em uma pequena confusão.

Estava saindo do local a qual estava investigando, mas foi barrado por alguns agentes da polícia, que logo o reconheceram como o detetive K, o fazendo inúmeras perguntas do porque estar rondando aquela região tão tarde da noite, mas se recusou a soltar qualquer "a", causando irritação naqueles que só estavam fazendo seu trabalho, com isso acabou parando dentro de uma delegacia de polícia, com direito a algemas e sermões.

𝚍𝚎𝚌𝚝𝚎𝚝𝚒𝚟𝚎Onde histórias criam vida. Descubra agora