Capítulo 4

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Ps.: Alguém mais queria ser a dona dessa mão?


Capítulo 4

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Capítulo 4

Roberta

Encarei a casa vizinha através da minha janela. Quase todas as luzes estavam apagadas, exceto uma, que ficava em frente ao meu quarto. Se não estivéssemos no segundo andar, jamais poderia ver a cortina branca um pouco translúcida que me permitia ter um vislumbre do interior do cômodo. Um vulto passou por ali e eu me escondi depressa, apoiando minhas costas contra a parede.

Droga! Por que o meu coração estava acelerado desse jeito?

Joguei-me na cama, os meus cabelos ainda molhados do banho deixaram um círculo úmido no travesseiro. Passava da meia noite e eu me sentia culpada por não ter tido coragem de checar tia Dulce pessoalmente. Liguei para o seu celular e apesar de toda a sua insistência em ir jantar com ela, expliquei sobre o trabalho acumulado. Também dispensei Oscar e uma vez que ele não questionou, não contei qual era a grande novidade que eu havia citado durante a nossa ligação no carro.

Encarei o teto do meu quarto, tendo apenas a minha respiração de companheira e me senti sozinha. Mamãe continuava em seu retiro espiritual e a casa nunca tinha parecido tão grande.

Fechei os olhos, torcendo para que o sono chegasse, mas um som me fez voltar a abri-los. Sentei-me na cama e me estiquei, espiando a casa ao lado. A cortina não estava mais fechada. Empurrada para o lado, balançava de leve ao vento. As notas de um violão fluíam através da janela aberta, porém não conseguia identificar a música. Parecia mais que alguém — ele — estava afinando o velho instrumento. Tia Dulce tinha parado de tocar há uns sete anos, as cordas machucavam os seus dedos.

Torci para que Matheus aparecesse, que se sentasse no parapeito e tocasse olhando para as estrelas, como gostava de fazer. Fiquei ali, esperando por um vislumbre dele. Só então percebi que ainda não acreditava que ele estava realmente de volta, mesmo que por poucos dias.

Apesar da súbita vontade de falar com o meu antigo amigo e perguntar o que tinha acontecido em sua vida nos últimos anos, serpenteei para debaixo do meu cobertor. Após um longo suspiro, fechei os olhos. Sendo embalada por sua música, percebi que estava tensa demais para dormir.

Conhecia um jeito bem prático de relaxar...

Levei uma mão aos seios, imaginando lábios fantasmas me beijando, quentes e macios a provocar a minha pele. Prendi um mamilo entre o polegar e o indicador, estimulando até que ficasse duro. Fiz o mesmo com o outro. Uma voz rouca sussurrou palavras sujas em meu ouvido e a outra mão desceu pela minha barriga para invadir o short do pijama e a linha da calcinha.

A minha carne estava quente ao primeiro toque. Entreabri os lábios, como se pudesse, de fato, sentir dedos masculinos fazendo pequenos círculos no ponto que mais exigia atenção. Ofeguei, inebriada de desejo. O anelar e o indicador escorregaram por minhas dobras, testando a umidade. Virei meio de lado, buscando um ângulo melhor para aumentar o atrito. No lugar do travesseiro macio, imaginei um peito duro de poucos pelos e abdômen firme contra o meu rosto.

Meu ex-melhor amigo (AMOSTRA)Onde histórias criam vida. Descubra agora