She's my fucking girlfriend

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"Acredito que quando se ama alguém e é recíproco, você se torna um pouco vulnerável. Eles têm o poder de te machucar de um jeito que ninguém pode."

Depois do episódio no telhado, Wanda retornou ao hotel para pegar suas coisas, e eu fazia o almoço, macarrão com frango, e é claro, bastante páprica. Enquanto a água fervia, fui fazer a sobremesa, beignets, um prato clássico de New Orleans
Estava começando a fazer o suco quando recebi uma ligação perturbadora

Wanda: Polarys?! Socorro!
Polarys: Wanda? O que aconteceu?!
Wanda: Me ajud...!

A ligação caiu, e logo veio o pânico, o que será que aconteceu!? Fui correndo para a minha moto, e em poucos minutos já estava no hotel de Wanda, temendo por ela
Passei pela recepcionista sem falar nada, coisa que ela tentou protestar até ver os meus dedos, já ficando azuis pelo medo. Subi até o quarto de Wanda, de onde vinham vários ruídos, como vidro se quebrando. Sem fazer nenhum barulho, tentei ouvir pela porta, mas sem sucesso, então, me lembrei que Wanda havia descrito as grandes janelas de vidro do quarto dela, já tendo a minha ideia genial.
Invadi o quarto vizinho, que com o meu olhar de fúria, o homem dono do quarto apenas engoliu em seco e saiu da minha frente. Com uma cadeira, quebrei a janela do quarto de Wanda, e pulei para dentro, onde uns três homens e duas mulheres se viraram para mim, sem me reconhecerem
- Quem é você? — Perguntou um deles, que segurava um pé de cabra
- Eu sou a Filha do Norte — Respondi, enquanto analisava o local
- Olha do moça, eu não sei quem você é, então, de o fora daqui e nos deixe terminar o que viemos fazer — Disse uma morena com cara de latina
- E o que exatamente vocês vieram fazer aqui? — Indaguei, procurando Wanda
- Exterminar uma meta-humana — Respondeu o segundo homem, que carregava um bastão
- C-Como assim? — Questionei novamente, temerosa
- Como você é russa não deve saber, mas aqui está hospedada Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate. Junto com seu irmão gêmeo e os Vingadores, eles destruíram Sokovia — Respondeu a segunda moça, que tinha traços muito característicos do leste europeu, eu chutaria Romênia
- E vocês vieram matá-la? — Continuei perguntando, tentando distraí-los
- Sim. Nos escombros de Sokovia, fizemos um juramento. Juramos exterminar todos os meta-humanos que encontrássemos, começando com os Maximoff — Completou o terceiro homem, que eu julgava ser alemão
- Agora — Continuou a latina — Pedimos para que se retire, para então podermos continuar a nobre tarefa da qual fomos incumbidos — Todos se viraram para Wanda, que agora se arrastava até a porta, totalmente machucada. Reparei que ela usava uma espécie de coleira, o que explicava por que não havia reagido
- Sabe, acho que esse seu planinho assassinato em massa vai ter que ser adiado para, não sei, sete de São Nunca até quinze de não vai rolar. Funciona para vocês? — Questionei, com a voz lotada do evidente sarcasmo
- Por quê você a protege? — Perguntou a Romena
- Porque ela é a porra da minha namorada — Respondi, já criando uma lança de gelo, que lancei no homem do bastão, o matando no mesmo minuto
- Uma meta-humana! — Exclamou o alemão, que tentou colocar a coleira em mim. Entretanto, os anos na Hydra me transformaram em uma arma impossível de ser parada, e logo o alemão estava no chão, com o pescoço quebrado
A latina, a romena e o do pé de cabra me olharam, abismados
- O- o que você vai fazer? — Perguntou a romena
- Eu? Eu vou fazer o trabalho do Diabo — Respondi com um sorriso maléfico, enquanto congelava todos os órgãos da romena, fazendo-a gritar. Depois que ela morreu, congelei todas as juntas do homem, e as quebrei com um único golpe, o deixando sem como escapar de mim. Logo, já socava seu rosto descontroladamente, até que ele enfim morreu
Depois, pegue o pé de cabra e comecei a bater na latina, que suplicava por misericórdia, coisa que eu é claro não atendi, e continuei batendo até não dar mais para reconhecer quem era a pessoa. Eu estava fora de controle, não conseguia e nem queria parar de bater na mulher que queria matar Wanda
Nesse momento, Pietro apareceu, e me olhou assustado, foi só ai que parei de bater
- P-Polarys... O que aconteceu com você? — Pietro indagou, então me olhei no espelho da porta, que estava rachado, e me assustei com o que vi. Nunca tive uma aparência muito normal, mas era facilmente confundia com uma albina. Naquele momento, veias azuis se sobressaiam por todo o meu corpo, meu olhos, antes de um azul gélido, agora estavam de um azul extremamente berrante, as pontas de meus dedos, que antes estavam azuis, agora se assemelhavam ao gelo. Como se não bastasse, meu cabelo e pele estavam machados de sangue, muito sangue, e eu possuía um olhar assassino que nunca havia visto antes. A imagem era assustadora. Era a imagem de um monstro.

Assustada com o que havia me tornado, sai de cima do corpo, e olhei para Pietro, ainda chocada
- O-o que eu fiz? — Perguntei, ainda muito assustada
- Polarys... — Pietro tentou se aproximar, mas me afastei, com medo de feri-lo
- N-não me toque. Não quero acabar machucando você também — Disse, enquanto tentava me limpar
- Essa era uma das várias razões pelas quais deixei Wanda ir. Não suportaria saber que a feri de alguma forma — Peguei uma jaqueta de couro, e um par de luvas sem dedos, tentando esconder a minha aparência bizarra
- Para onde vai? — Indagou Pietro, vendo se a irmã estava bem
- Para longe. Para um lugar onde não irei machucar ninguém — Respondi enquanto pegava algumas coisas essenciais
- Wanda não vai aceitar isso — Pietro disse enquanto colocava a irmã na cama, depois que tudo estava pronto, me aproximei de Wanda, que continuava desmaiada
- Com o tempo ela entenderá, entenderá que fiz o que era necessário para protegê-la — Respondi enquanto retirava uma mecha de cabelo que estava em seu rosto. Beijei sua testa, coloquei os óculos escuros e sai pela janela, ainda amedrontada pelo que fiz

Daughter of North - Wanda MaximoffOnde histórias criam vida. Descubra agora