O Plano

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 Jiang Cheng estava caminhando pelo jardim...Sozinho.

Ele tinha dispensado a companhia de Lan Huan. Era frustrante como parecia que absolutamente tudo que envolvia o relacionamento deles, acabava em brigas e desastres.

Isso absolutamente era mal de família.

A família Lan podia se apaixonar perdidamente por uma única pessoa, mas a família Jiang estava fada a viver relacionamentos tortos, cheios de brigas e empecilhos.

Ele estancou quando viu uma silhueta dourada se aproximando dele.

--A-Li, o que está fazendo aqui?

Ela sorriu docemente. Ainda estava com as roupas pesadas do início do dia, mas com menos jóias.

--Bem...Aqui é minha casa, não?

--Desculpe.

Ele ruborizou um pouco.

--Depois de todos esses anos.

Ele sentiu a mão dela pousar fraternalmente em seu ombro. Dando conforto.

--Eu sei. Sabe, eu fiquei feliz com o que vi hoje.

Ele olhou interrogativo para ela, enquanto os dois andavam juntos.

--Meu filho é educado, um pouco birrento, mas educado. Ele tem amigos. É inteligente. Estou feliz que o criou tão bem.

--Pff, você não imagina como foi difícil.

Ele parou de falar quando pensou nas palavras que haviam saído. Havia sido cruel.

O sorriso dela diminuiu.

--Eu queria ter passado essa dificuldade.

Foi a vez dele passar as mãos nos ombros dela.

--Mas, agora, eu posso cuidar dele. Estou feliz de pelo menos ver isso. Poderei arrumar uma bela noiva para ele...E para você! Poderei cuidar da torre da carpa, dos meus netos e...

--Shijie.

Ela parou, vendo os olhos de Cheng se encherem de lágrimas. O peito dele encolhia. Uma bela noiva...

--A-Cheng?! O que aconteceu?

--Irmã, eu nunca poderei ter uma bela noiva.

Ele disse enquanto soluçava, sendo amparado pela irmã. Em sua cabeça vinha a imagem da fita sendo amassada em seus punhos, o beijo. O olhar sempre terno do homem que amava. Como ele poderia admitir que sua seita nunca teria herdeiros? A seita de ambos.

Ele não podia ser tão egoísta.

Ele havia permitido que aquilo fosse longe de mais...Por amor. E agora estava numa encruzilhada.

Ele se sentiu ser sentado em um banco. Que papel ridículo para um adulto.

--Porque nunca poderá ter uma bela noiva?

Ela indagou com preocupação.

--Eu sou um homem muito egoísta.

Ele disse levantando o rosto para ela. A boca se abrindo e fechando várias vezes, sentindo o gosto salgado das lágrimas entrando em seus lábios.

--Eu sou tão egoísta, que todas as vezes que vejo a pessoa que amo, eu a machuco.

--Você ama alguém?

Ele acenou de forma quase inexistente contra o ombro da irmã.

--Bem...Então, tenho menos trabalho...Como ela é?

Um Novo FuturoOnde histórias criam vida. Descubra agora