Flerte

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 Eles voltaram para a cidade escoltando os jovens, na esperança da cidade toda estar dormindo, mas tudo estava aceso e vizinhos gritavam uns com os outros, principalmente aqueles que seus filhos haviam acordado, como se não tivessem passado os últimos dias em coma, com sua pele envelhecendo.

Uma senhora os avistou, e gesticulou, a mulher mais próxima deles, que alisava o rosto agora corado da filha, correu, quase se ajoelhando a frente deles em agradecimento.

--Muito obrigada meus senhores! Obrigada!

--Senhora, se levante por favor.

JiaLi disse ajudando a mulher. Que chorava.

--Minha filha irá se casar logo. Estou tão feliz que ela está bem.

--Ficamos feliz de ter ajudado.

As três pessoas que haviam ido relatar os casos no Recanto das Nuvens se aproximaram.

--Ah, o Líder da Seita estava certo! São jovens muito habilidosos.

--Sim, sim.

A senhora da loja de bebidas concordou, puxando a pequena filha para um abraço.

--Em uma noite resolveram nosso problema.

A tecelã disse enquanto também puxava a filha para si.

--Ah me alegra muito que a herdeira do clã seja tão boa quanto seu pai.

JiaLi sorriu timidamente, vendo a filha da mulher desviando o olhar.

Eles aceitaram alguns comprimentos, e recusaram dormir ali, dizendo que logo estariam no Recanto das Nuvens. Assim que a multidão se espalhou, LiNa respirou.

--Ah essa parte é mais cansativa do que lutar contra o que quer que seja.

--Vamos para a seita.

MinFa disse, segurando suavemente a mão dela, ela corou e riu.

--Eu vou contar para o papai.

Fai disse olhando as mãos entrelaçadas.

--Dar as mãos está permitido.

Ela retrucou, apertando ainda mais a mão do noivo.

Ele foram seguindo, indo para o caminho que levaria até o Recanto das Nuvens. Até ouvirem um chamado, JiaLi olhou para trás vendo o rapaz de antes, Dewei... Não, ela se recusava a lembrar o nome dele tão facilmente.

--Continuem andando e finjam que não ouviram.

Qiang ordenou, empurrando todos, deixando JiaLi para trás. O rapaz se aproximou, ela sentia que seu coração saltava no peito. Ele sorriu, aquele sorriso que até no escuro parecia brilhar.

--Meu pai fez isso.

Ele estendeu um conjunto de vasilhas.

--Parece que seu pai vai bastante no nosso restaurante, e é a pessoa que mais consome pimenta dessa cidade, ele preparou como agradecimento.

--Ah.

Ela sorriu, agradecendo, pegando das mãos dele.

--Acho que ele não é o único que vai aproveitar essa refeição.

Ela disse, tentando, de alguma forma suprimir o som que seu coração fazia, e quem sabe talvez, arrumar assunto com o rapaz.

--Também gosta de pimenta?

--Sim. Mas não podemos comer muita dentro do Recanto das Nuvens, então é muito bom quando saímos e podemos comer.

Ele franziu o cenho.

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