Paternidade-pt1

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 Jiang Cheng sentiu a claridade bater em seus olhos, colocando as mãos na frente deles. Ele se moveu na cama, e estranhou quando sentiu o corpo do marido ainda ali. Ele teria levantado à muito tempo, nunca dormia a mais, graças aos costumes desenvolvidos na seita. Ele franziu o cenho, se espreguiçando e sentindo uma pontada no quadril. Gemendo baixo com a dor, ele tentou se levantar, sentindo sua mão ser segurada.

--Que horas são?

A voz sonolenta de XiChen perguntou. Ele olhou para fora.

--Deve ser umas 7 horas.

XiChen suspirou, também se levantando, Jiang Cheng viu o marido se sentar, a pele de jade completamente marcada. Deuses, suas coxas estavam mais vermelhas e roxas do que o branco pálido comum. Ele corou, mas corou mais ainda quando XiChen olhou para ele e arregalou levemente os olhos.

--A-Cheng, seu pescoço.

Jiang Cheng tocou o pescoço, e correu até um pequeno espelho de bronze que deveria estar na mesa, encarando e vendo com clareza a marca de quatro dedos rodeando seu pescoço. Ele arregalou os olhos, passando os dedos, como se isso fosse apagar o roxo e vermelho. Ele olhou para XiChen.

--O que faremos? Vão pensar que você me bateu.

--Bem, não é muito longe do que aconteceu.

XiChen segurou o riso, e se levantou.

--Tome um banho, e veremos se alguma roupa cobre até aí.

E foi assim que pela primeira vez em sua vida, Jiang Cheng andou com o cabelo solto, mantendo o máximo em frente ao pescoço. Eles chegaram até o salão em que haviam sido chamados, vendo novamente a cena mais bizarra aos olhos de Jiang Cheng.

Qiren com uma criança em cada braço, mostrando as pinturas nas paredes, falando calmamente.

--E aqui está o avô de vocês...

--Papa.

--Não é o papa, é o vovô.

--Papa.

Qiang insistiu apontando pro homem na tela. Wei Wuxian estava sentando junto com Wangji numa pequena mesa, e acenou para que eles se aproximassem. Jiang Cheng e XiChen sentaram em frente a eles.

--Eu não sei vocês, mas estou com saudades de cuidar da minha filha.

--Deixe que ele entretenha eles, quando sua filha voltar a chorar, ele devolverá ela.

Jiang Cheng pegou a xícara, se servindo de chá.

--Irmão, porque está de cabelo solto?

--Resolvi mudar de estilo hoje. Quer chá?

Ele ofereceu para Lan XiChen, que aceitou.

--E porque parece que alguém tentou te matar sufocado?

--Não diga besteiras.

Ele colocou o cabelo ainda mais na frente do pescoço.

--Lan Zhan, você vê, não vê?

Por uns segundos quem olhou fixamente para Lan Zhan foi XiChen, implorando para este calar o marido.

--Não fale enquanto come.

Ele lembrou o marido. Wei Ying ia falar mais algo, quando Qiren se sentou na mesa, de forma muito diferente da comumente usada em Gusu, cruzando as pernas, para sentar uma criança em cada uma.

--Primeiramente...

Ele começou olhando pros dois casais na sua frente.

--Eu admito que, parte da minha raiva por estes dois na minha frente vinha pelo fato de que vocês ficaram igual ao pai de vocês quando os conheceram.

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