Epílogo

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Um mês depois

Mina destrancou a porta do apartamento com tanta empolgação que parecia tê-lo acabado de comprar. Minatozaki Sana e Hirai Momo a acompanhavam de volta a sua casa; Atrás delas, Park Jihyo fecha a porta e sorri para a dona da cobertura.

"Está aqui.", diz a corretora. "Ele é seu novamente."

"Alguém esteve aqui?", pergunta Myoui.

"Bem, alugamos por umas semanas mas tratei pessoalmente de deixar tudo de volta no lugar."

"Obrigada, Hyo."

Myoui tinha uma sensação diferente ao andar por aquele que sempre foi seu apartamento, e agora, parecia um lugar totalmente estranho para ela. Como se houvesse uma energia diferente, uma presença que mudava tudo o que ela pensava conhecer sobre aquele lugar. Mina atravessa a sala de estar tocando cada um de seus móveis; Suas irmãs e Jihyo decidiram não interferir naquele momento tão importante de reencontro.

"Mina, se você quiser nós podemos ficar.", diz Momo.

"Eu vou ficar bem, Momori."

As irmãs se despedem apenas com sorrisos tímidos e pouco depois as três saem pela porta. "Agora somos só nós.", pensa Myoui Mina. Ela acreditou nisso durante alguns minutos, mas um som vindo do andar de cima estava alertando-a de que ela não estava completamente sozinha. A jovem sobe as escadas com precaução, temendo estar sendo vítima de uma invasão ou um assalto. Mas o que Myoui Mina encontra em seu terraço mal podia ser explicado com palavras. Em nenhum de seus pensamentos ou até mesmo de seus sonhos, a moça imaginara tamanha beleza. Um jardim colorido e espaçoso tomava conta do que costumava ser apenas o telhado sem graça do seu apartamento. Haviam flores de todos os tipos em canteiros separados que se uniam em espiral. No centro, algo como uma pequena casinha de madeira onde um balanço confortável pendurava-se. O chão era cuidadosamente feito com pedrinhas e havia até mesmo um pequeno lago artificial onde erguia-se uma ponte para admirar o centro de Seul. A jovem sorri de orelha a orelha ao observar que colocaram até mesmo carpas a nadar e tudo aquilo a pertencia, era seu tão sonhado jardim no terraço. Mina não sabia muito bem a quem agradecer, teria Momo feito aquilo? Sana? Ela estava tão empolgada que demorou a notar a presença de uma garota que dava os último ajustes no canteiro de dálias. Ela limpa suas mãos sujas de terra no avental e se aproxima de Mina.

"Você... A garota do hospital.", Myoui reconhecê-a com a proximidade.

"Sim", Chaeyoung coça sua cabeça. "Você... Você gostou?"

"Está perfeito... É como se eu já tivesse estado nesse lugar antes e...", ela volta a pregar seu olhar em Son. "Como você sabia?"

"Você me contou."

"Eu..."

"Mina, eu não quero assustar você.", interrompe Chaeyoung. "Eu posso parecer maluca se eu tentar te explicar o que me trouxe aqui, por essa razão eu não vou ao menos tentar. Eu só queria que tivesse seu jardim."

"Eu agradeço..."

O olhar de Mina pesava sobre Son Chaeyoung, como se a qualquer momento ela pudesse sugá-la para fora de seu corpo. A sensação que aquela desconhecida trazia a Mina era a mesma que tivera ao entrar no apartamento; Tudo estava tão estranho dentro de si. Son vira-se e anda em direção a saída, tendo concluído seu trabalho.

"Espera.", chama Mina.

"Sim?"

"A chave que você usou para entrar... Você precisa devolver."

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