Capítulo 15

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Capítulo 15

Após despedir-se de Pietra, Matheus foi para o treino.

  Chegando à academia, fez o que sempre faz, foi ao vestiário e colocou o kimono. Em seguida entrou no tatame.

- Oss! Mestre.

- Oss! Fraga.

- Cadê o pessoal mestre? Está vazio hoje.

- Você veio treinar, ou rever os amigos?

- Desculpe sensei... – embora o mestre pareça severo demais, ele adorava Matheus. Treinava o rapaz não apenas para se tornar um lutador, mas para se tornar um grande homem. O mestre acreditava que um homem de valor, precisa ter as seguintes virtudes: Disciplina, Respeito e Foco.

- Se prepara para aquecer Fraga!

- Oss! Mestre.

- Correndo! Vai! – Matheus começou a correr.

- Deitado! Cem abdominais! Vai! - o abdômen dele começou a queimar...

- De pé! Correndo! – correu por mais dez minutos.

- Deitado! Fuga de quadril. – fez cinco repetições.

- Levanta! Correndo! – ainda no aquecimento, e Matheus já estava exausto.

- Fraga! Descansa, vai tomar uma água. – Matheus foi até a lateral do tatame, e pegou sua garrafa.

- Matheus, vem cá! Semana passada, você encaixou um armlock no Marcelo, mais não conseguiu finalizar. Você está abrindo demais o joelho. – o mestre deitou no tatame, e passou a posição com ele.

- Você está fazendo força de mais Fraga. – repetiram algumas vezes a posição, mais o mestre ainda não estava satisfeito. Ele queria lapidar o rapaz.

- Só vamos sair daqui quando você afiar esse seu armlock. Lutador de Jiu-jitsu tem que ter um armlock afiado.

- Ainda está usando muita força Fraga. Não esqueça: Mínimo de força, Máximo de eficiência.

  Depois de diversas repetições, o mestre sentiu que Matheus estava evoluindo.

- Muito bom Fraga! Está quase lá. – disse o mestre, e continuou o treino por mais alguns minutos.

  No final do treino, o mestre conversou com Matheus.

- Fraga, eu sinto muito pelo seu pai, também perdi o meu quando tinha praticamente a sua idade, sei o quanto dói, mas você precisa ser forte.

- Obrigado mestre, estou aprendendo a lidar com tudo isso.

- Você é um guerreiro Fraga, sempre foi.

- Oss!

- Estou com você garoto, pode contar comigo. – deu um abraço forte em Matheus. Não de um mestre abraçando um aluno, mas de um pai abraçando um filho.

- Obrigado mestre. – respondeu emocionado.

- São nos piores momentos, que descobrimos nossa verdadeira força. Nunca esqueça disso Fraga.

- Oss! – Matheus sempre o admirou por sua sabedoria.

- Ansioso para o campeonato?

- Vou para ganhar!

- Assim que eu gosto. Além do mais, competir vai ser bom para você relaxar um pouco de seus problemas.

- Verdade. – Matheus sabia que lutar sempre o fazia relaxar.

- Mestre, preciso ir. Mais tarde tenho um encontro, não posso me atrasar.

- Um encontro? Vai sair com um amigo? – naquele momento, Matheus lembrou-se de seu pai implicando com ele.

- Até você mestre? Hahaha.

- To brincando Fraga. Vai lá. Divirta-se! 

- Obrigado mestre. – Matheus o cumprimentou e foi ao vestiário tirar o kimono. Em seguida, foi para casa; pois estava ansioso para o encontro.

De volta ao primeiro amorOnde histórias criam vida. Descubra agora