A ÚLTIMA INVESTIDA

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         O crepúsculo dourado ia lentamente dando lugar para a fria noite. O outono ia cedendo seu lugar para o inverno. Hilbert, Elwin e os outros chegavam ao reino de Southstar montados nos dragões verdes. Amadeus estava do lado de fora do castelo. A parede do castelo havia sido reparada por Hanemann com magia e havia vestígios das piras funerárias no campo aberto que ficava em frente ao castelo. Os companheiros descem dos dragões. Morgan vai em direção a uma árvore e fica repousando. Todos vão ao encontro de Amadeus. Amadeus abraça seus companheiros aperta as mãos de Matilda e Elwin quando Hilbert os introduzia.

— É muito bom ver vocês! — dizia Flick com um sorriso no rosto.

— O que houve aqui Amadeus? Parece que esse lugar foi palco de uma batalha devastadora? — indaga  Hilbert olhando a sua volta.

— Três criaturas das trevas atacaram ontem à noite! Nós os derrotamos, mas perdemos quase um terço de nossos aliados. Foi um ataque muito rápido e feroz. — Amadeus estava com um semblante triste.

— Marjorie e Charlotte estão bem? — Hilbert parecia preocupado quando perguntava.

— Sim! Charlotte foi decisiva na vitória de ontem! ---- Flick tentava se recompor do pesar que sentia. — Vamos entrar! O rei Allende aguarda a chegada de vocês no salão de reunião.

Todos adentram o castelo, Charlotte corre para os braços de Hilbert e Hilbert a beijava com muita paixão.

— Eu disse que devolveria o beijo, não é mesmo? — diz Hilbert olhando para os brilhantes olhos azuis de sua amada.

— Eu achei que seria dobrado! — Charlote beija Hilbert novamente. Os companheiros de Hilbert partiam em direção ao salão de reunião. Leon se aproximava.

— Hilbert! Não demore tanto! Nós precisamos conversar! — dizia Leon.

— Eu também senti sua falta Henry! — Hilbert ria da cara séria de seu amigo. Nesse momento, Marjorie pula nas costas de Hilbert tapando os olhos de seu irmão.

— Adivinha quem é? — dizia a princesa com uma risada. Charlotte ria da cena.

— A pirralha de olhos cinza? — Hilbert começava a rir e Marjorie irritada puxava as orelhas de seu irmão que segurava o elmo em uma mão.

— Seu idiota! Eu senti sua falta. — Marjorie abraçava Hilbert e ele beija a princesa na testa como de costume. Goedell estava rindo de Hilbert, Marjorie se aproxima de Goedell que protegia suas partes baixas, mas é surpreendido por um abraço.

— Eu também sentia a sua falta Goedell! Como você está cheiroso! — diz Marjorie com um sorriso no rosto. Goedell começava a corar.

— Eu também senti sua falta pirralha! — falava Goedell encabulado.

— Vamos até o salão senão o Henry vai voltar aqui e perfurar a nossas bundas com aquela lança! — diz Hilbert e os outros riem do comentário.

Ao adentrarem o salão, o rei Bruce estava com olheiras profundas e estava sentado no centro da grande mesa redonda. Holt estava à sua direita e Hanemann à sua esquerda. Todos os outros já haviam se sentado. Hilbert e as duas garotas se sentam próximos. Hilbert se espanta com a aparência de Bruce. O rei começava a falar cadenciadamente.

— Saudações a todos vocês! Drackonius Dorogon, o dragão dourado celestial, se sacrificou para poder impedir a chegada de Leviathan o dragão negro! — Charlotte e Marjorie começam a lacrimejar se contendo para não chorarem.

— Não há mais registros energéticos de Drackonius nem de Leviathan. Até seus espíritos foram destruídos. — diz Elwin com pesar pela perda de seu amigo.

As Crônicas do Reino de Whitecastle: Livro I - A  Jornada do PríncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora