Chegando em casa, Luther entra, encontra Vernin olhando para o pequeno pedaço de papel que Kaianne havia te dado
- Vernin... ops Coruja, Tudo bem ?
- Estou, só pensando
- Coruja, Gostei, acho que vou te chamar assim agora
- Tantos nomes, e ainda não sei quem sou
- Epa, nada de desanimo, trouxe novidades para você
- Sobre ?
- Nosso demónio, ele é um serial killer, mas não consegui mais informações porque o caso agora pertence aos federais, mas sei onde ele poderá estar hoje
- Ótimo hoje acabamos com a festa dele
- Espero que sim, afinal até agora não pegamos nenhum demónio Arco
Disse Luther, indo para cozinha
- Luther, sabia que tinha ouvido sua voz, cadê meu sorvete
- Acabei de botar no congelador, você quer ?
- Trás, quero conversar com você
Kaianne desceu e sentou no sofá, Luther trás três taças com sorvete
- Quero falar com vocês
Luther põem as taças sobre a mesa e senta
- Fica a vontade
- Bem, ainda não agradeci por terem me salvado, e que me sinto segura aqui
- Segura de quê ?
- Não sei, tem algo que me persegue, a muito tempo desde criança, e aumentou depois da morte da minha avó, e aqui não sinto medo de dormir, de sonhar, de viver
- Os demônios, que o Azarh disse
- Sim Vernin, eles mesmos, por isso tenho estudado mais, preciso aprender sobre meu legado, para me proteger mais
- Não se preocupe, se eles virem atrás de você, nós damos um jeito
Vernin olha para Luther e sorrir
- Eu sei que sim, mas vamos tomar o sorvete porque já está derretendo
Vernin se levanta
- Oque foi ? Falei algo que ele não gostou
- Não é que as vezes ele gosta de ficar na beira do lago pesando, ou como ele diz equilibrando
- Realmente é difícil de acostumar
- Verdade mas o Coruja, é sangue bom
- Coruja, tem até apelido dado por demônios
Kaianne ri
- Pois é, famoso no inferno, será que somos também?
- Não sei, mas prefiro não ser
- Somos dois
Kaianne sorri, e o silêncio toma conta, Kaianne olha um porta retrato que estava em uma mesa ao lado
- Então Luther posso te fazer uma pergunta ?
- Claro
- Azarh te chamou de órfão
Luther olha para o retrato
- Deveria ter tirado esse retrato daqui
- Desculpa, não quis ser invasiva
- Não, tudo bem, afinal você foi aberta conosco, nada mais justo
Luther põem a taça sobre a mesa
- Sabe essa casa, que estamos agora? Meu pai a comprou eu tinha dez anos, ele comprou por capricho meu, tinha visto em um filme uma casa igual e quis uma igual, no meu aniversário de dez anos ele me deu, sempre vínhamos para cá, férias, feriados, ou quando ele queria fugir dos problemas do mundo corporativo, essa casa carrega minhas melhores lembranças
Os olhos de Luther começam a clarear, com a luz pegando em uma lágrima que se formava, e a deixava cristalina
- E um dia estávamos aqui nos divertindo que era a única coisa que fazíamos aqui, curtimos um final de semana inteiro, domingo a noite voltamos para a cidade, mas na volta, paramos para abastecer, um carro se aproximou, parou em nosso lado, um homem saiu, como sempre via meu pai dando dinheiro a alguém da janela, pensei que era mais uma boa ação do meu pai para alguém que precisava, foi quando ouvi os tiros, em meu pai e na minha mãe, ele tentou atirar em mim, mas meu pai abaixou sua cabeça sobre a buzina do carro, chamou a atenção de todos, levaram dinheiro, relógios e carteira, a polícia disse que era latrocínio, fui criado por meu tio, ele toma conta das empresas da família, ele e os sócios é claro, mas essa casa é a única coisa que não abri mão, ela me faz bem
Kaianne olha como se procurasse palavras pra dizer
- Me desculpa, não imaginei que era tão triste
- Não tem problema, acho que as coisas acontecem como tem que acontecer
- Exato, mas vive acredita que foi latrocínio mesmo ?
- Não sei bem, mas algo me diz que não foi, e sei que um dia vou descobrir
- Eu sei que vai, a aonde o grandão mal encarado entra ?
- Pensei que não iria perguntar, uma noite em uma festa, bebi muito com uns amigos, que depois descobrir que não eram tão amigos assim, fiquei muito bêbado, e sem pensar muito aceitei o desafio de um dos meus amigos de andar sobre o corrimão da passarela,
Foi por causa do álcool
Foi o que meu tio falou, mas na verdade algo dentro de mim, incentivou a subir, eu queria cair, morrer e matar uma dor que nunca havia saído de mim, dei alguns passos, ouvindo a risada de todos, quando tropecei e caí, em poucos segundos caindo, foi como uma eternidade, mas antes de chegar ao chão, algo me segurou, quando abrir os olhos, estava no colo do Vernin, eu apaguei, e desde esse dia ele cuida de mim, e eu faço de tudo para ajuda-loLuther sorriu
- Então, você era o garoto problema
- Não, só é que todos nós temos nossos demónios
Disse Luther se levantando
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Coruja - O segredo da noite
Misterio / Suspenso"Obra Baseada em filme/Anime, Dororo " Nessa obra você ira acompanhar a jornada de Vernin ( Coruja ) um homem em busca de desvendar mistérios de seu passado e recuperar algo que lhe foi tirado antes de seu nascimento, sua história é acompanhada com...