prólogo

1.7K 166 12
                                    


Boa noite amores!!!!

Vamos ficar juntinhas em mais essa linda história. 

Quero comentários e estrelinhas.

Avisem as amigas!!!!!

Boa LEITURA!!!!!!


Dias atuais...

— Afunda a cabeça desse filho da puta mais uma vez, Araújo. Acho que ele ainda não entendeu que ele não sai vivo daqui sem me falar onde aquele desgraçado está.

— Olha filho, meu chefe fala sério quando diz que você vai morrer, colabora com o tio vai, passa logo a fita para gente. Me poupa de molhar minha camisa. — O sorriso irônico do Araújo não largava seu rosto.

— Não posso falar, senhor. Ele vai mandar me matar...

— Mas que caralho! Fala logo porra!

Desferi um soco em seu estomago. Minha paciência já tinha acabado. Faz duas horas que estou aqui "interrogando" o indivíduo.

— Filho, acho bom você colaborar logo. Meu chefe não é um cara com muita paciência e quando ele começa a ficar assim...

Paciência é uma coisa que não existe em mim. Peguei nos cabelos do meu "depoente" e mergulhei na água. Ele se debatia e eu fiquei ali, só esperando ele começar a amolecer para retirá-lo da água. E, com minha cara bem colada a dele perguntei:

— Vai dizer ou não, caralho?!

— Não posso senhor, ele me mata.

Afundei de novo e de novo a cabeça do infeliz.

— Eu estou sendo bonzinho demais com você, moleque.

Olho para o Araújo que já sorri, pois já sabe o que vem a seguir.

— Araújo, traz o fio. Acho que um choquinho vai fazer ele abrir a boca.

— Choque não!

— Então fala, porra!

— Mas, mas eu vou morrer... o filho da puta começou a chorar desesperado.

— Ah seu maricas! Vai chorar?! Na hora de trocar tiro com a polícia você foi valentão, agora está fazendo esse papelão! Seja homem! Assume as merdas que você fez! Assume para quem você trabalha! — Meus gritos ecoavam pela sala.

— Estou lembrando da minha filha, senhor. Ela nasceu faz seis meses e eu entrei nessa porque começou a faltar as coisas para ela.

Soltei a cabeça do infeliz e fui até o outro lado da sala, passei as mãos nos meus cabelos e respirei fundo.

— Ela e minha esposa são tudo o que tenho e por elas eu sou capaz de tudo. Eu também temo pela vida delas, minha mulher nunca soube que eu estava envolvido com isso e agora acabo colocando a vida delas em perigo também.

Ouvi-lo falar da filha mexeu comigo, porem consegui afundar esse sentimento e voltei a razão.

— Pensasse antes! — Gritei entre os dentes.

Araújo voltou com o fio e os olhos do garoto ficaram imensos. Esses idiotas entram nessas merdas e acabam com a vida. Ele só tem 20 anos e já vai puxar uma tranca de no mínimo 6 anos. Deixei de lado meus pensamentos quando ouvi a voz temerosa implorar.

— Não! eu falo! Eu vou colaborar...

— Sabia que você pensaria melhor. — Araújo disparou ostentando seu sarcasmo.

— Então abre logo a porra da boca e nos conte tudo! — Gritei em sua cara.

— Mas antes eu quero pedir algo.

— Porra! Você está tirando com a minha cara!

— Não senhor! Eu só quero que minha filha e a minha esposa fiquem protegidas. Eu tenho muito medo do que eles possam fazer com elas.

Sei muito bem do que aqueles desgraçados são capazes — Pensei.

— Posso ver isso, mas não faço por você e sim por sua filha que não tem culpa de ter um merda como pai.

E o garoto abriu a boca, nos contou tudo. Sinto minha carne tremula, a ansiedade que tenho de colocar minhas mãos naquele filho de uma puta é gigantesca. Afrouxo o nó da minha gravata e pego a correntinha que por tanto tempo pertenceu ao meu irmão.

— Demorou, mas vou fazer justiça a você irmão.

Meu plantão estava acabando e eu sentia a adrenalina pulsando em meu corpo. Peguei o cartão em minha carteira e fiz a minha encomenda, hoje eu precisava extravasar. Chego ao hotel de costume e tomo um banho frio, depois preparo quatro carreiras bem generosas e cheiro duas delas, me sirvo de uma dose de uísque e aguardo minha encomenda chegar.

Acordo e olho para o corpo nu sobre a cama e sinto repulsa. Termino de me vestir e jogo os 500 reais sobre o colchão. Saio do quarto do hotel sem olhar para trás. Chego em minha casa e vou para o chuveiro, esfrego minha pele e encosto minha testa no azulejo. As cenas do sexo que acabei de ter com aquela garota vem em minha mente, a forma como a tratei, a violência com a qual a possui... nesse instante sinto o gosto amargo em minha boca e o vomito sai sem controle. Dobro meu corpo colocando tudo para fora, queria que com o vomito saísse também todo o meu mal-estar, mas isso, leva alguns dias para que eu me livre. Tenho um animal enjaulado dentro de mim, e algumas vezes tenho medo de enxergar o monstro em que me tornei.

***

Colamos nos filhos da puta como carrapatos, sabíamos tudo, foi como achar a ponta do novelo, pois tudo veio para a nossa mão. Desgraçados! 

PROTEÇÃO (degustação)Where stories live. Discover now