Boa tarde meninas!
Preparadas pra mais um capítulo?
Já notaram que a vida da Ana não será fácil, néh?
Então, bora ler mais um capítulo.
Ana
Olhei para tudo aquilo e fiquei em choque. Os olhos daquelas meninas imploravam por socorro. Senti um nó se formar em minha garganta.
— Como você pode participar de algo tão cruel? Isso é crime!
Fernando deu uma gargalhada.
Jura? — desdenhou. — Pois foi isso aqui — apontou ao redor — que proporcionou toda a vida de princesa que você tinha.
— Eu quero ir embora! Se era me assustar o que você queria, já conseguiu.
— Não queria te assustar, porém, se consegui, fico feliz, pois agora você sabe no que está metida.
— Eu não tenho nada com isso. Eu estou enojada, não faço parte de nada disso!
Fernando segurou meu braço e me puxou, praticamente colando seus lábios nos meus.
— Agora tem! Eu pensei que você fosse diferente e por isso sempre te mantive longe de tudo, mas agora, sabendo a puta que você é, não vejo por que te poupar de nada.
— Fernando, eu não quero e não vou participar disso. Me deixa ir embora, juro que nunca vou te perturbar, eu só quero ficar em paz com meu filho.
— Nosso filho! E foi só por ele que eu não dei um tiro no meio da sua testa e não deixei você rodar a banca. Só permiti que o Félix tocasse em você e é só com ele que vou te dividir.
— Como você fala isso assim? Eu sou sua esposa, a mãe do seu filho, eu não te reconheço!
Seus dedos apertaram um pouco mais meu braço, e isso me fez encará-lo.
— Eu que não te reconheço mais. Com você, dentro da nossa casa, eu conseguia fugir de tudo isso aqui. Por um bom tempo você foi sagrada para mim, eu permiti que você engravidasse, eu abri mão de muitas coisas para ter aquela vidinha, e o que você fez? Hein? Me traiu, me fez de palhaço, me humilhou diante do meu sócio.
— Que se dane o nojento do seu sócio! E solta o meu braço, porque você está me machucando.
— Nesse mundo — levantou sua mão e correu os olhos pelo local — existem leis, regras, e você quebrou uma delas ao me trair.
— Mas eu nunca fui desse mundo. Poderíamos ter resolvido isso tudo dentro da nossa casa, como um casal normal, mas você me jogou nas mãos do seu sócio, me humilhou, e nunca vou te perdoar por aquilo. — Recolhi a lágrima que escorria. — Eu nunca tive outro homem em minha vida, a não ser naquela maldita noite. Eu juro que você foi o único até aquele momento. — Minhas lágrimas escorriam, e eu agradeci pelo ambiente estar escuro.
Fernando ficou em silêncio por alguns segundos, fitando-me, depois virou todo o uísque que estava em seu copo.
— Nando, vamos para casa, vamos colocar uma pedra sobre isso, por favor. Eu quero meu marido de volta, sinto saudades de nós dois. — Meu corpo tremia, e eu estava usando as armas que tinha para poder sair daquela situação. Eu estava apavorada, não queria continuar ali.
— Tarde demais...
Senti que o Fernando mudou sua postura e olhou para algo atrás de mim.
— Aqui não é lugar para ter "DRs" — escutei a voz do asqueroso do Félix às minhas costas. — Vamos, minha linda, quero dançar com você — declarou segurando meu braço para que eu me levantasse.
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PROTEÇÃO (degustação)
RomantikFelipe é um delegado que cuida do Departamento de Proteção à Testemunha. Ele vem de uma família de policiais idôneos e muito respeitados no meio. Viúvo, carrega a dor dilacerante da perda de sua esposa. É um homem sem sentimentos que dedica cem por...