Boa tarde amores!!!!!
Vamos ao primeiro capítulo.
Espero que gostem!
Comentários e estrelinhasssssss
Três anos atrás...
Ana
Eu não tenho família, fui abandonada pela minha mãe no hospital e cresci em um orfanato do interior do Mato grosso e por lá fiquei até completar dezoito anos, depois fui para o Rio de Janeiro e estudei pedagogia na universidade Federal. Morei em uma pequena pensão para moças e dividia meu quarto com mais três garotas. Trabalhei por um tempo como vendedora em uma loja de roupa, depois como recepcionista em uma clínica e por último como vendedora em uma concessionária de carros, eu já estava com 21 anos e no final da minha faculdade. E foi lá que conheci o Fernando. Foi nesse dia que eu comecei a viver uma vida cheia de mentiras...
Ele chegou, olhou o carro que era lançamento na época e eu me aproximei para ajudá-lo. Ele estava sozinho, bem vestido e era muito sério, e acho que foi isso o que me chamou mais atenção, porque, eu já estava acostumada a levar cantadas dos clientes, eles sempre chegavam com sorrisinhos e gracinhas e eu ficava saindo pela tangente, já que eu precisava da venda, porém com ele foi diferente, muito sério, nenhuma brincadeira, nem conversa jogada fora, ele se mostrou o tempo todo somente o interesse pelo carro, e só o vi esboçar um sorriso, quando me pediu ajuda na escolha da cor e eu optei pelo vermelho, já que eu adorava a cor. Fernando sorriu de lado e falou que a cor não combinaria com ele, e depois de tanto olhar acabou decidindo pelo prata. Comprou o carro no mesmo dia. Cuidei de toda a papelada e fiquei de entregar o carro quinze dias depois, pois a cor escolhida não se encontrava em estoque. Quando o carro chegou na concessionaria, liguei para lhe informar e minhas pernas tremeram ao ouvir sua voz. Agendamos a retirada para o sábado daquela semana, e eu o aguardei ansiosamente. No dia da entrega eu olhava o tempo todo para a porta e nada dele aparecer, o dia estava nublado e uma forte chuva ameaçava cair, foi dando o horário de eu ir embora e nada dele aparecer, quando já estava pegando minha bolsa para sair, Fernando passou pela porta de vidro, disfarçadamente guardei a bolsa e fui em sua direção.
— Oi, pensei que não viria mais hoje.
— Tive que resolver uns problemas e acabei me atrasando, mas ainda dá tempo de pegar o carro? — perguntou preocupado.
— Claro! Vamos lá.
Segui com ele até o lugar de retirada dos carros e apresentei ele ao rapaz que explicaria toda a parte dos comandos e acessórios, e meu papel como vendedora acabaria ali.
— Sr. Fernando, agora vou te deixar com o Carlos e ele irá mostrar todos os comandos e funcionamentos dos acessórios que você escolheu. Foi um prazer e parabéns pela compra, você fez um ótimo negócio — falei estendendo a mão para ele.
— Obrigado, o prazer foi meu.
Seu toque em minha mão fez borboletas se debaterem em meu estômago e acho que ele reparou que fiquei sem jeito, pois deu um sorriso de canto de boca.
Deixei Fernando lá e passei em minha mesa para pegar minha bolsa, já tinha perdido o meu ônibus e ficaria um tempão esperando o próximo passar. Quando estava no meio do caminho a chuva começou e eu sai correndo para me abrigar sob a cobertura do ponto, mas a chuva veio muito forte, chuva de vento e fiquei sozinha naquele ponto em meio a uma tempestade. Senti quando meus dentes começaram a bater de frio eu estava encharcada e nada da porcaria do meu ônibus aparecer. Minha blusa branca já deixava evidente meus mamilos saltados pelo frio e tentei me cobrir com a minha bolsa. Notei quando um carro prata começou a reduzir a velocidade ao se aproximar do ponto e pensei que seria algum engraçadinho que faria alguma brincadeira, mas reparei que o carro em questão era o mesmo modelo que o Fernando tinha comprado e não acreditei quando o carro parou em frente ao ponto e ele abaixou o vidro.
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PROTEÇÃO (degustação)
RomanceFelipe é um delegado que cuida do Departamento de Proteção à Testemunha. Ele vem de uma família de policiais idôneos e muito respeitados no meio. Viúvo, carrega a dor dilacerante da perda de sua esposa. É um homem sem sentimentos que dedica cem por...