PROTEÇÃO (degustação)

Capítulo três

Boa noite amores!!!!

Preparadas para mais um capítulo?

Hoje vocês irão conhecer o Dr. Felipe.

Se apaixonem sem moderação!!!!

Felipe

Terminei minha série e senti meus músculos tensos. Estava suado e precisando de um banho. Despedi-me do instrutor e segui para o estacionamento, onde encontrei um Mini Cooper vermelho com a porta traseira aberta e um pequeno corpo se curvando para dentro dele. Notei que a mulher discutia com alguém ao celular e ao mesmo tempo prendia uma criança à cadeirinha do carro. Enquanto arrumava meu capacete, fiquei a observando falar sem que me notasse.

— Eu não merecia isso. Eu não merecia ser humilhada dessa forma. Por que você fez isso com a gente, por quê?! Eu me dediquei a você. Me dediquei a nossa família! Pensei que tudo fosse real e que você era perfeito, mas vejo que você é igual a todos, e eu estou te odiando por isso...!

Nesse momento ela se virou e me pegou a observando. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e tristeza. Disfarcei, colocando meu capacete e, sem dizer nada, saí com minha moto.

Cheguei a minha casa e tomei um banho demorado. As imagens de Alice vieram a minha mente... Encostei minha cabeça no azulejo frio e deixei a água cair em minhas costas. Fechei meu punho e dei dois socos na parede. Fazia tempo que ela não andava em meus pensamentos. Depois de um bom tempo eu conseguira enterrá-la dentro de mim. Meu coração tinha se tornado um grande túmulo, cinza e duro. Nele não existia mais vida, somente morte. Ele trazia as cinzas de quem um dia eu amara... e odiara no fim.

Coloquei meu terno, peguei minha arma e a prendi ao coldre em minhas costas, pendurei meu distintivo no pescoço e fui para o trabalho. Cheguei ao departamento, em que havia um barulho infernal, porém, assim que notaram minha presença, o ambiente começou a se silenciar.

— Pensei que tivesse entrado na porra de uma feira! — esbravejei assim que tudo ficou em silêncio.

— Desculpe, senhor! — um dos investigadores novatos correu a dizer.

— Posso saber o porquê dessa zona aqui?! — interroguei com meus olhos vidrados no Araújo e me dirigindo para a minha sala.

Araújo veio atrás de mim e fechou a porta assim que entrou.

— Os caras estão contentes, chefe! Conseguiram pegar as escutas e já sabem onde vai ser o próximo encontro deles!

— Deles quem, caralho!? Sabe que tenho vários casos, não sou adivinho.

— Da operação Lamborghini, chefe — replicou com um sorriso. — Depois que aquele moleque soltou a língua, conseguimos ficar na cola de alguns, mas foram os pequenos...

— Você sabe que não quero os pequenos, eu quero os cabeças, eu quero os dois! — cortei-o, sem paciência.

— Ele era pouca coisa dentro do esquema, não tinha acesso aos cabeças. Ora, Felipe! Você sabe como funciona o esquema, cara! Esses filhos de uma puta podem até ser um dos nossos vizinhos, eles sabem como se camuflar, ainda mais com o tanto de dinheiro que está envolvido em tudo isso.

— Eu sei muito bem de toda essa porra, Araújo!

— O próximo encontro vai ser em uma mansão em Arraial do Cabo. Pelas escutas, vai rolar leilão, e pelo que conseguimos pegar, são seis virgens, mas no total são 18 mulheres que já estão no esquema deles. Ah... e pegamos também negociações com algumas pedras preciosas. Os caras estão expandindo os negócios.