Capítulo 3

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Taehyung

- então, você estuda? - Lee Jin-Guk, um amigo meu e de Do-Young, pergunta a garota cujo eu ainda não sei o nome.

eu tento perguntar, mas nunca parece ser a hora certa.

- estudo sim - ela responde depois de tomar um pequeno gole de seu drink - eu faço música na Yonsei, cursos de teatro e dança separados e estudo violoncelo, em casa.

- interessante - Kang Hyun Min diz passando o braço em volta do ombro da mesma - você tem namorado?

é uma boa pergunta. mas não vinda de Kang Hyun Min. ele é o maior galinha da história, e olha que eu já conheci muitos desse tipo.
o mínimo de garotas que ele se "envolve" por semana é umas 15. e são todas de boa família e aparência cobiçada.

- não tenho - ela sorri tímida - mas não vamos falar só de mim, como é a vida corrida do grande astro Kim Taehyung?

a encaro surpreso, passando a mão em minha nuca.

- bom.. corrida - respondo sorrindo - mas legal porque faço o que amo.

- algum conselho pra me dar? - ela apoia os cotovelos na mesa encaixando o queixo nas mãos. seu olhar fixo em mim.

- a-apenas se esforce e... cante bem - tomo um gole de soju, sem graça com seu olhar.

- vamos pro karaokê, quero te ouvir cantar!! - Kim Ji Woon dá a vez.

- sim, vamos, demorou - Seo Woo, NamByun e Chan Eun concordam motivando a garota.

- vamos lá, mostra pra eles como você arrasa - Do-Young se levanta, já bêbado.

droga, custa citar o nome dela em alguma conversa?

nós pagamos a conta do bar e viemos para um karaokê do outro lado da rua. alugamos uma sala, e agora estamos acomodados no sofá escuro enquanto ela se prepara pra cantar.

- eu vou cantar... I believe, da Younha. minha favorita - ela sorri fofa - me aplaudam no final senão eu bato em todos vocês.

ela aponta o dedo indicador pra todos nós e apenas assentimos, rindo.

ela começou a cantar e entoar cada verso da canção de uma forma suave. me arrumo no sofá, apoiando meu peso em minhas mãos ao lado do corpo.
ela canta com facilidade e com vontade, como se fosse a melhor coisa que ela já fez na vida - talvez ela realmente sinta isso.
sou cativado por cada nota e por cada palavra, até que a música se encerra e ela nos encara envergonhada.

os meninos gritam e aplaudem enquanto a mesma arruma o cabelo, envergonhada.
fico calado, processando o que acabei de ouvir.
nunca fui tão cativado por alguém - nem por uma voz - assim como ela acabou de fazer.

- sua vez - ela caminha até mim, me oferecendo o microfone.

seguro o aparelho, apreensivo, sentindo nossos dedos se tocarem por míseros segundos.
canto uma música e logo os meninos tomam o microfone de mim pra começarem a cantar baladas tristes que nem loucos.

me sento no sofá ao lado dela, pegando uma garrafa de soju.
ela faz o mesmo e toma um grande gole, abrindo a boca no final.

tomo pequenos goles e apoio a garrafa sobre a mesa novamente.
a encaro de rabo de olho, ela está escorada no braço do sofá com o rosto vermelho e um sorriso pateta no rosto.
sorrio pra mim mesmo até que seu olhar chega em mim.

- dp quw vocr tá rinso? - ela diz embrulhado e eu rio mais ainda.

- você não parece ser muito boa com bebidas.

- e você me parece muito bonito - a garota se levanta e coloca as mãos em meus ombros - sabe... eu assistia você pelo celular. você sabe o que é um celular?

- não sei - digo brincando, tentando não rir.

- é um... negócio. e vocw tavs la np meu vsrias vezea - ela ri - olha.. é vocw aqui, não é?

ela me mostra o papel de parede do celular. é uma foto minha revirando os olhos.
sorrio sem graça pegando o celular de sua mão.

- sou eu sim. quem deixou você usar minha foto sem eu autorizar?

- a sya belezq - ela diz pausado, colocando as mãos em meus cabelos e rosto.

- você definitivamente não deveria beber mais - a repreendo.

- e vocw... definitiva.. eu não swi dizer essa palqvra - ela ri alto e eu rio baixinho.

- eu vou te levar pra casa. me promete que não vai beber mais? - ergo o dedinho e ela une o dela no meu, meio atrapalhada.

aviso os meninos - que não me deram atenção alguma - e a coloco em minhas costas, saindo do estabelecimento.

ando pelas ruas escuras e semi vazias de Seoul com a garota rindo em minhas costas.

- vocw é grande. eu spu pequenininha - a voz dela sai fina e fofa e eu rio nasal.

- eu sou grande?

- muitão

- muitão?

- uhum!

algumas pessoas passam nos encarando e outras me reconhecem, mas eu não dou a devida atenção a isso. ela brinca com meu nariz e orelhas enquanto apoia a cabeça na minha nuca.

- cheira bem - ela diz manhosa - muito bem.

arrepio fraco ao sentir o contato de seu nariz com a pele gelada do meu pescoço, disfarço sem graça.

- nós chegamos. sobe lá - tento a tirar das minhas costas mas ela não sai.

a levo ate a porta e coloco a senha - eu a vi fazendo no outro dia - que se abre diante da gente.

- qual é seu apartamento?

- 1... 4... 8 - ela diz baixo.

- 148, ok - ando pelo prédio procurando por esse número, e encontro no penúltimo andar.

abro a porta do apartamento com a chave que estava pendurada no bolso de sua calça, e entro na residência da garota.

ela é organizada. muito organizada. algumas obras de arte desconhecidas decoram as paredes de seu apartamento azul escuro e um sofá de couro bege é forrado por um lençol da mesma cor das paredes. também há um violoncelo grande encostado na parede, um violão preto em cima do sofá e um teclado portátil na mesa de centro que chamam minha atenção.

- onde é o seu quarto? - pergunto sentindo seu peso incomodar minhas costas.

- você não pode entrar lá - ela ri divertida - você tá lá.

- se eu não entrar... como eu vou estar lá? - digo confuso.

- eu gosto de você, Taehyung - ela diz ainda sorrindo, e eu sinto ela se afundar ainda mais nas minhas costas, caindo no sono.

suspiro. abro algumas portas tentando encontrar seu quarto, e paraliso ao encontrar.
é, eu estou aqui. não sei se acho isso legal ou esquisito, mas tem algumas fotos minhas na parede, junto com algumas pessoas que eu presumo ser a família dela.

solto a garota na cama e ela abraça um travesseiro. Aproveito pra olhar as fotos mais de perto.
em uma foto minha, onde eu sorrio, tem uma mensagem.

" quando estou passando por momentos difíceis, penso em você e tudo fica bem. você pode me esperar? me encontrar e... eu sei que não vai me amar"

sinto um aperto no peito. ela é uma fã.
suspiro novamente, eu não deveria estar aqui.

saio depressa do apertamento - e do prédio - me trancando quando chego em casa.

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