insigne

Capítulo quatro

-- Okay, mas estou de olho em você apesar de me achar fraca  -- Digo
--Tudo bem—Diz ela rindo
--Pode me chamar de Lya—Me apresento
-- Meu nome é Maya, só preciso encontrar alguém em Lunam Glacies, não machucarei ninguém -- Diz  
-- Bem vinda  -- Digo apertando sua mão 
-- tem algum atalho que dê pra chegar no subterrâneo? -- pergunto 
-- tem sim, vem comigo -- Diz me levando para o corredor e dobrando em uma porta quase paralela à porta da enfermaria, ao chegar encontramos uma mulher cozinhando que devia ter a idade de minha mãe, Maya passa por ela e tento fazer o mesmo quando ela puxa meu braço " fala sério, o que vocês têm contra mim?" 
-- Não se preocupe Stella, eu vou com ela -- Diz Maya procurando algo na parede 
--Você sabe o que está fazendo Maya?-- pergunta a tal Stella sem tirar os olhos de mim 
-- Sim, vamos para Lunam Glacies e eu vou ver minha irmã -- Diz Maya dando um sorriso e abrindo uma portinhola atrás de Stella 
-- Okay, então vamos -- Disse a mulher fazendo algum feitiço para algumas coisas na cozinha desaparecerem
--Como assim “vamos”?—pergunto
-- Não confio em você e não vou deixar que machuquem ela – Diz Stella
Ela me lembra minha mãe, ela só quer proteger a menina e nem vamos fazer nada com ela mesmo, por que faríamos ?
-- Me chamo Lilian, bem vinda Stella, vamos – Digo e vou em direção a porta que Maya estava..
Após passar pelos diversos corredores, fico desesperada por não encontrarmos os rapazes
--Eles estavam aqui-- Digo a ponto de chorar 
-- Vamos procurar nas portas perto daqui; Stella, procure nas da direita, Lia esquerda, eu verifico os corredores-- Diz Maya, tão confiante no que estava fazendo que sería como um crime desobedecê-la.
Não encontro eles e vou ajudar Maya 
-- Acho que encontrei alguma coisa-- Diz ela olhando fixo para um dos corredores, meu coração começa a palpitar, a adrenalina estava exigindo que eu corresse, procurei no local,  mas eram apenas rastros de sangue
-- Vamos segui-lo -- Diz Stella segurando a mão de Maya e minha mão como minha mãe fazia, instantaneamente me passava segurança e tranquilidade, o que era quase impossível agora, mas aconteceu, aquela onda de adrenalina foi embora, logo fiquei azul, mas não por muito tempo, encontramos  o que procurávamos  ao lado de um guarda do exercito real perto dali, não podíamos esconder, ele já tinha nos visto  antes de percebermos sua presença, poderíamos fugir, mas também não iríamos deixar eles algemados no chão...
-- Não pretendo fazer mal, estou procurando alguém -- Diz o guarda desconhecido  (até agora). A voz do guarda mudou tudo, me deixou paralisada por minutos infindáveis. 
Não vou em sua direção, meu nível de sanidade não estava preparado, não sei o que sentir, estou branca e estática enquanto Arthur caminha em minha direção “ Por quê? Por que justo Arthur para prender os demônios? Por que você está fazendo isso Arthur? “
-- Lia, você está bem. Graças ao soberano! -- Diz vindo me abraçar 
-- Graças à ele eu estou foragida. Graças à ele minha única saída é Lunam Glacies. Graças à ele você está arrastando pessoas como se fossem animais Arthur-- Digo em tom mais baixo, agora recuperando a sanidade 
-- Não fale mal do soberano, ele é o responsável por ainda estarmos vivos depois da guerra! -- Diz ele, agora, com a autoridade de um verdadeiro soldado e com uma inocência manipulada pelos poderosos.
-- A Rainha Leila fez isso! Ele simplesmente arruinou nosso reino-- Digo controlando meu tom de voz e deixando-o com uma leve coloração vermelha
-- Ele nos mantém vivos Lia, presta atenção!-- Diz Arthur 
-- Então o que faz conversando com um demônio que o rei tanto repudia?-- pergunto completamente vermelha de raiva 
-- Eu falei sobre você ao rei Lia, ele disse que talvez não seja uma má ideia ter um demônio por perto, afinal, você poderia representar um tipo de aliança com Lunam Glacies se fizer o que o rei mandar-- Diz ele empolgado.
Minha vida antes da cerimônia parecia um sonho distante, não sabia como agir com a promessa de uma vida melhor oferecida pela pessoa que me fez passar os piores momentos. .
-- E eles?-- pergunto indicando meus novos amigos algemados no chão 
-- Lia eles são criminosos...E, o príncipe não pode ser a exceção, caso acontecesse o rei seria visto como um fraco, tem que ser você! Por que você estaria preocupada com um espião? Ou um assassino? Ei, eles mataram muitas pessoas, não está confiando demais neles?-- pergunta Arthur com um olhar de súplica, não aguentei, não consegui dizer não, mas pensando nas pessoas que me ajudaram, também não consegui dizer sim, em um impulso acertei um chute na cabeça de Arthur, libertei Christopher, Jack e o guarda demônio 
--Você tenta ver um lado bom até no soberano e se nega a tentar entender quem está apenas querendo sobreviver Arthur, estou tão decepcionada—Digo enquanto amarro Srthur desacordado
-- Achei que ia aceitar – Diz o príncipe
--Eu aceitaria—Completa Christopher
-- É óbvio que aceitaria, parece que não importa o que ele faça, você o perdoa -- Digo
-- Bem, é verdade, desculpe -- Diz Christopher
-- Não se preocupe com isso -- Digo apoiando Jack nos ombros junto com Stella 
-- Essas são  Maya e Stella, o objetivo delas também é chegar em Lunam Glacies, não se preocupem -- Digo tranquilizando - os 
-- Me deixe tentar fazer um curativo -- Diz Maya
-- Tome cuidado com o que vai fazer -- Digo séria 
-- Okay, okay, okay -- Diz Maya animadíssima como sempre.
Deixo Jack com Stella e Maya enquanto vou ajudar o guarda demônio 
-- Como ele está? -- pergunto a Christopher 
-- Ficando cada vez mais escuro -- Diz Christopher sem tirar os olhos do guarda demônio 
-- Não se preocupe, Maya cuidará dele, venha comigo -- Digo, não acreditando muito em minhas palavras 
Tiro o uniforme de Arthur com a ajuda de Christopher e ele veste o mesmo
-- Está ótimo! Agora precisamos de um transporte -- Explico o plano a Christopher, ele confirma e some no  corredor escuro
--precisamos ser rápidos-- Digo indo em direção a Maya, que agora estava cuidando do guarda demônio, ela me olha desesperada e diz:
-- Lia, minha energia não é suficiente para curar ele totalmente, isso exigiria energia demais de uma pessoa -- Diz Maya, me abaixo em sua direção e a conforto, ao perceber o personagem quase sem cor no chão  
-- Acha que posso ajudar..? -- pergunto, já considerando a morte do nosso protetor que eu nem sabia o nome... Maya segura meu pulso com uma das mãos, com seus olhos brilhando e ainda com esperança posiciona a outra na direção do ferimento mais grave do guarda, então de repente aparece algo como uma aura/gosma verde ao redor de sua mão, começo a sentir minha constante perda de energia quando o guarda começa a ficar um azul mais claro, o ferimento está se fechando e aos poucos ele está novamente lúcido
-- Qual é o seu nome?-- pergunto rapidamente, mas Maya me repreende com o olhar e faz a pergunta certa a se fazer
-- Você está bem? -- pergunta feliz e orgulhosa de si mesma 
-- Era pra eu proteger vocês -- Disse ele dando um sorriso de lado
-- Me chamo Leandro, mas pode me chamar de Leo, e estou bem-- Diz ele com um olhar confuso e cinza quando vê a figura de Stella e se toca que nem era pra Maya estar aqui
-- Ela só quer ir à Lunam Glacies, confio nela -- Digo rapidamente 
-- Você confia em muitas pessoas e se apega rápido demais -- Diz ele me repreendendo como se tivesse alguma autoridade, como não precissasse de todos nos para manter ele vivo.
-- Confiei em você e não deu muito certo, lembra? você não me conhece Leandro e por acaso essa menina salvou a sua vida! você deveria estar mais agradecido! Não estou ameaçando você, até por que eu sei que não conseguiria fazer muita coisa, mas acho melhor você tomar muito cuidado com suas palavras!-- Digo, fuzilando Leo com o olhar
--Não acredite quando ela diz ser fraca, eu também achei isso dela e ela nocauteou esse guarda na minha frente-- Diz Maya
Nossas falas parecem funcionar para convencer Leo, pois ele repensa e resolve se redimir:
-- Desculpe. Tirar vocês daqui está além de qualquer briga...Obrigado senhorita -- Diz ele passeando os olhos pelos local
-- Mas precisamos de todos aqui, onde está Christopher? -- Pergunta quase no mesmo momento em Christopher aparece no fim daquele corredor com a carruagem que os guardas do exercito real usaram para chegar ao instituto.
--Fizemos um plano de fuga de emergência, não deu pra esperar você acordar--Disse eu com bom humor
--Posso conviver com isso, mas eu dirijo-- Diz Leo subindo na carruagem
--Acho que, pela quantidade de pessoas que foram à Lunam Glacies desse grupo, não temos muitas opções --Diz Jack subindo na carruagem depois de mim
Depois que todos sobem vamos enfim embora daquele lugar, deixando Arthur amarrado em um dos cantos dos corredores, todos sobem e Leandro assume o comando em direção à Lunam Glacies trocando de lugar com Christopher logo depois de sair do instituto, rumo a terra dos demônios.