Capítulo 1

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Ashley Smith dirigia sua Mercedes AMG GT Vermelha a 200 por hora nas estradas de Albany, no Texas. Depois que sua irmã Angel se casou com Chris, ela passou a morar no rancho dele e deixou de usar a Mercedes, assim, sua generosa irmã tinha lhe dado de presente. Claro que Ashley não poderia recusar um presente desses, então agora era "obrigada" a dirigir aquela Mercedes linda.

Ela ficava muito feliz de ver como sua irmã tinha mudado depois do casamento com Chris, Angel tinha voltado a ser aquela garota feliz e iluminada que era na adolescência. Nos primeiros meses de casamento, Angel achou que estava grávida, mas, como tinha sido alarme falso, o casal passou a praticar com afinco para que uma gravidez ocorresse logo. Parecia que um bom sexo fazia maravilhas por uma pessoa. Ashley não podia falar muito sobre isso, pois estava há alguns anos sem isso... não que ela não transasse há todo esse tempo, ela até tinha um "amigo" com que ela transava quando a coisa apertava, mas nada muito emocionante. Para compensar a falta de emoção na cama, ela usava aquela belezinha de carro, dirigindo em alta velocidade para obter mais adrenalina.

Do jeito que dirigia rápido, logo Ashley chegou ao centro de Albany e teve que reduzir a velocidade, na volta, ela correria novamente. Ela se atentou às instruções que o GPS lhe dava e viu que estava próxima a oficina mecânica que sua irmã tinha pedido para ela ir.

Chris havia mandado reformar sua caminhonete velhaca nessa oficina. O problema era que Angel e Chris estavam na 3ª Lua de Mel e não conseguiriam acompanhar o andamento da reforma, sobrando para Ashley essa missão. Ela não entendia a necessidade de três Luas de Mel em apenas 1 ano de casamento, mas nunca questionou a irmã. Portanto, ela agora se dirigia a uma espelunca, fedida e velha com caras nojentos trabalhando...

O GPS indicou um prédio enorme e super bonito. Ali parecia mais um prédio empresarial do que uma oficina mecânica. Mas, ao olhar para a mensagem da irmã, Ashley confirmou que era o lugar correto. Ela estacionou seu carro em uma das vagas e andou em direção à porta.

Uma loira alta e peituda recepcionou-a com um sorriso falso e, com uma voz enjoativa, falou:

- Bem-vinda a Parker's Car! A senhora tem algum horário agendado?

Ashley percebeu o desdém na palavra senhora. Então, usou toda a pompa da família Smith e disse:

- Olá, eu sou Ashley Smith, meu cunhado, Chris Carter, pediu para que eu visse a caminhonete dele. Ele falou que eu poderia falar com o senhor Parker... Ele está?

- O Senhor Parker está em seu escritório. Vou verificar se ele pode atendê-la. – A loira peituda disse medindo Ashley da cabeça aos pés, com certeza, reparando nas roupas despojadas que ela vestia.

Ashley pensou que aquela piranha devia dar para o velhaco do senhor Parker, por isso, tinha todos aqueles anéis com pedras preciosas nos dedos. E aquele silicone todo também devia ter sido presente do velhaco. Desviando o olhar, ela reparou que a recepção era bem decorada, tudo ali parecia ter custado bem caro.

Ela estava olhando alguns quadros de carros antigos quando ouviu passos firmes, o que a fez virar para o lado do barulho. Em choque, ela viu primeiro um par de pernas com coxas grossas, que quase estouravam a calça jeans. Subindo o olhar, ela viu uma camiseta preta, que, por baixo, parecia ter um peitoral desenhado como os dos heróis de histórias em quadrinho... E aqueles braços? Ashley pensou que aquele cara devia conseguir carregar um carro pelo tamanho do braço que ele tinha. Então, ela subiu o olhar e viu o rosto dele: ele tinha um rosto quadrado, com olhos verdes e lábios grossos e, próximo ao lábio inferior, tinha uma cicatriz que o deixava com ar de perigo. E os cabelos pretos estavam começando a ficar grisalhos, dando um ar de experiência e charme. Aquele cara era a tentação em pessoa. O senhor Parker devia estar ocupado e tinha enviado algum ajudante para atendê-la. Ela não podia deixar de pensar quais outros serviços ele poderia fazer por ela. Parecia que ele a olhava com o mesmo interesse, mas, quebrando silêncio, ele falou:

- Eu imagino que a senhora seja a esposa do Chris Carter. Prazer em conhecê-la, eu sou o Tom Parker.

- Prazer, Ashley Smith, sou a cunhada.

- Desculpe o engano... - respondeu ele constrangido.

- Não tem do que se desculpar. Não é a primeira vez que se enganam, mas vamos deixar isso de lado. Chris me pediu para vir até aqui e saber como anda o processo de restauração da velha caminhonete.

- Ah, sim. Enquanto eu explico, peço que a senhora me acompanhe.

- Claro.

Tom indicou uma porta e Ashley o seguiu. E agora, estando atrás dele, ela estava dividida qual era a melhor visão, pois aquele homem tinha uma bunda grande que ficava bem marcada pela calça jeans e as costas largas.

Ela não sabia se conseguiria prestar atenção quando ele começasse a falar, pois a única coisa que ela conseguia naquele momento era fixar o olhar naquele homem. Principalmente, quando ele não estava olhando e aquilo a estava deixando com calor. Muito calor...

Eles seguiram por um corredor e chegaram a uma sala com uma parede de vidro, que lhe permitia ver, do outro lado, um galpão onde se encontravam os carros que estavam sendo restaurados.

- Sra. Smith... - começou a dizer quando ela o interrompeu.

- Pode me chamar somente de Ashley. Odeio essas formalidades. - Sentindo que ele iria interrompê-la, ela disse mais uma vez - E nem adianta dizer que não! Eu insisto.

- Tudo bem. Então você pode me chamar de Tom.

- Claro, Tom.

- Voltando ao que eu ia dizer, a caminhonete, como você bem sabe, é antiga, então o trabalho acaba sendo maior. Ela ficou muito tempo sem reparo.

- Nem sei como meu cunhado conseguiu andar com ela por tanto tempo.

- Foi o que disse a ele. A caminhonete foi para a funilaria, pintura, lanternagem. Trocamos o óleo, freios, lanternas, o carter e o protetor do carter. E como pedido por ele, colocamos um motor modelo V8.

- Uau... um modelo V8. Posso entender bem pouco de carros, mas sei que esse modelo é o mais potente!

Ashley nem sabia como conseguiu prestar atenção naquelas informações. Aquela voz maravilhosa explicando coisas sobre carros a deixava pensando em outras coisas.

Assim como Ashley, Tom havia reparado bem nela. Surpreendeu-se ao ver que a mulher que dirigia aquele carro de luxo era uma mulher vestindo uma roupa super básica e não uma de socialite. Ao contrário, ela estava vestida com calças jeans que deixavam as pernas e a bunda bem marcadas, mesmo ela sendo magra, dava para ver que ela tinha pernas bem torneadas. Ashley também vestia uma blusa da Aeropostale branca, sem desenhos, quase transparente, deixando à mostra a cor de seu sutiã, que guardavam seios no tamanho ideal das mãos de Tom. E para completar o visual, nos pés ela calçava um par de All Star! Qualquer outro homem poderia achar aquilo sem graça, mas ele achou sexy... E ela ainda estava com o cabelo castanho preso por uma caneta, deixando solto alguns fios na lateral do rosto e a franja, o que dava um ar descontraído e ainda deixava uma pequena tatuagem tribal visível no pescoço.

Fazia muito tempo que Ashley não se sentia tão atraída por um homem e o jeito que ele a olhava a estava deixando com calor. Um homem daquele porte olhando-a daquele jeito... Os dois ficaram se olhando por alguns segundos, antes de um barulho alto do outro lado da oficina chamar a atenção de Tom.

- Já volto, sra... quer dizer, Ashley. Vou ver o que está acontecendo.

O momento se foi e Tom saiu apressado para ver o que estava acontecendo. Com sorte, não seria nenhum dos seus funcionários se machucando, ele tinha imenso cuidado com as medidas de proteção.

Beije-me Mais Uma Vez - 2 (Conto das Profissões)Where stories live. Discover now