O Que Irá Acontecer?

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Essa é a história de um serial killer, ou devo dizer...
Essa é a história do killer bunny. Um famoso serial killer que mata sem motivo aparente. Procurado por todo país, pelos melhores e piores detetives, que mantém seus olhos grandes e gordos na recompensa de sua captura. Malditos interesseiros, movidos a dinheiro.

- terça-feira 00:23 pm
- Bunny
Os passeios noturnos sempre foram os meus preferidos, as estrelas, a lua, que sempre esconde algo sobre si, assim como eu. Não sou chegado a luz do sol, muita claridade incomoda os meus olhos, me irrita.
Hoje não é diferente, ando pelas ruas imundas da cidade, sem o menor compromisso, com a hora ou com o perigo.
Passo por umas das poucas coisas abertas a essa hora, um bar e uma cafeteria. Não costumo frequentar um lugar por muito tempo, por motivos óbvios, mas aquela cafeteria tinha duas coisas que eu particularmente gostava, ou tinha me acostumado com a convivência. Uma delas era o café fresco e quente, que exalava seu aroma por todo o estabelecimento, e de alguma forma me fazia uma pessoa melhor, não que eu me importasse. A outra coisa era uma atendente, mais especificamente a irmã do Namjoon, a Kim Naomi. Ela carrega bem o significado do seu nome: doçura, bonita e honesta, mas ela ia muito além disso. Somente ela me atendia, eu era assustador o suficiente para que nenhum dos outros atendentes falasse comigo, e somente ela preparava os cafés, os melhores cafés que já provei.
A minha relação com o Namjoon? Bom, nossa relação vem de muitos anos. Eu e Namjoon nós conhecemos no ensino médio, passamos vários momentos juntos, tanto bons, quanto ruins. Naomi é 2 anos mais nova entre nós três. Depois que virei um serial killer Namjoon ficou preocupado com a sua segurança e com a de sua irmã, além de mim, mas ele sempre soube que eu sei me cuidar. Namjoon é um ótimo amigo, mas como precisava presar pela segurança de sua irmã mais nova, e soube que frequentemente tenho ido até a cafeteria onde a mesma trabalha no período noturno, pediu que eu tomasse conta dela. E como um bom amigo, assim eu fiz, ela só não sabe quem eu sou, quem conheço, o que eu faço ou que sou amigo do irmão dela, é melhor assim.
Entro no café, que não estava vazio, mas que havia algumas poucas pessoas, afinal não é tão comum ir a uma cafeteria a essa hora da noite. Me sento de frente para a televisão, que transmitia uma reportagem de assassinato. Não demorou muito até que finalmente sou atendido por Naomi.
— O mesmo de sempre?
Sua voz doce e baixa ecoa até meus ouvidos, e apenas concordei com a cabeça.
— Mais um assassinato foi brutalmente cometido. Recentemente muitos assassinatos vem acontecendo ao longo desta semana. Os investigadores estão enlouquecidos em busca de pistas e respostas. A polícia a firma que logo terá tudo sobre controle e encontrarão o assassino!
A reportagem passava na televisão de ante aos meus olhos. Que ironia não? Assistir a reportagem do meu próprio crime, e ainda em público, em meio a meia dúzia de pessoas.
— Aqui está, seu café quentinho
Naomi com um sorriso doce coloca o café ainda emanando fumava em minha mesa.
— Obrigado.
Digo dando um gole rápido no café.
— Que trágico não?
Pronuncio quando Naomi iria se afastar de minha mesa, mas hesita assim que termino minha pronuncia.
— O quê? Ah, o assassinato! Bem acredito que a polícia e detetives já tem tudo sob controle.
— Como pode estar tão tranquila?
Acho que tive mais contato com ela nesse dia do que obviamente deveria.
— Por que não estaria?
Perguntou ela inocentemente.
— Não sei, talvez porque tem um assassino a solta na cidade e com os detetives e policiais enlouquecidos...
Apenas me demonstre uma reação sem ser calma e tranquilidade, era isso que eu queria ver de você, Naomi.
— Não acredito que seja apenas uma assassino. Com tantos assassinatos frequentes, acredito que seja um assassino em série.
Admito, me surpreendi com a resposta. Espertinha ela.
— Você quer dizer, um serial killer?
Pergunto fingindo curiosidade e surpresa.
— Pode ser... Aproveite seu café, estarei atrás do balcão.
Ela simplesmente me deu as costas e foi em direção ao balcão. Penso: se ela soubesse com quem ela está lidando teria essa mesma atitude?
A reportagem continua a passar na televisão, e eu logo termino meu café. Olho no relógio da cafeteria e percebo que ainda é cedo para ir embora, mais cedo do que de costume. Meu telefone vibra e eu rapidamente o atendo.
— Alô?
— Senhor? Temos informações sobre a delegacia de detetive que está atrás de você.
— Ótimo! De todos eles?
— Sim senhor, olha eu..
Eu o interrompi antes que falasse mais alguma coisa.
— Não posso falar agora estou meio ocupado, logo estarei em casa. A gente se fala.
Desligo o telefone e me direciono ao balcão, pago meu café com o dinheiro sujo que tenho.
— Até a próxima
Digo para Naomi me virando em direção a porta.
— Indo embora mais cedo do que do costume?!
Menina observadora, não?!
— Coisas a fazer.
Me viro e a respondo, logo retomo minha trajetória para casa, ou melhor para a merda do meu apartamento provisório. Estaria mentindo se dissesse que não estou com saudade da minha linda, espaçosa e cara cobertura.
Ao chegar em casa me jogo em minha cama e recebo as informações da delegacia e dos detetives. Teria lido todos, se não tivesse sido vencido pelo cansaço e dormido nos dois últimos detetives que me faltavam.
Acordo ainda desorientado pelo sono. Me apresso, pois já estava quase na hora de encontar com Namjoon na casa do mesmo. Chego em sua casa e sou recebido pelo mesmo já trajando suas fardas policiais.
Eu não sei quem vive em mais constante questionamento, eu: "como fui ter uma amigo policial sendo um serial killer?", ou Namjoon: "como tenho um amigo serial killer sendo policial?", bom acho que nunca teremos respostas para nossas perguntas.
— Qual o motivo do convite a sua residência?
Digo entrando no apartamento do Namjoon.
— Como estava Naomi?
— Nossa nem um "bom dia" ou "como você está indo, alguém já te descobriu?"
Digo debochadamente
— Para de graça, você sabe se cuidar e eu confio em você. Agora responde!
— Ela estava normal, como sempre. Por que a pergunta?
Falo me jogando em seu sofá. E devo admitir que minha curiosidade foi maior do que meu auto controle.
— Você nunca foi de se interessar.
Perguntou com um leve ar de surpreso e curiosidade. Ele já havia fechado a porta e se encostou na parede me encarando.
— Só perguntei porque achei estranho você perguntar.
Tá isso já estava ficando embaraçoso.
Nós nos encaramos por alguns momentos, até…
— Tá.
Foi apenas isso que ele disse.
— Tá?
Eu apenas retruquei em dúvida, sem saber o que significava ou o que dizer.
— É, vou te contar porque da minha preocupação com a Naomi ter aumentado tão repentinamente.
Disse ele puxando uma cadeira de sua mesa e ficando próximo ao sofá onde eu me encontrava ainda jogado.
— Bom eu estava na delegacia esses dias e escutei que estão planejando sequestrar a Naomi.
— Como assim?
Tá, meu sangue quase ferveu um pouco na hora, mas apenas por preocupação com meu amigo de longa data.
— Só… Você poderia ficar de olho nela? Sei que já faz isso, mas agora é mais sério.
O tom de preocupação em sua voz era cada vez mais evidente, para quem o conhecia tão bem quanto eu.
— Tudo bem. Eu só tenho que…
Fui interrompido pela campainha. Eu encaro Namjoon arqueando uma única sombrancelha como um ato de questionamento, ele apenas levanta os ombros, como quem diz não saber de algo.
— Quem deve ser a essa hora?
Ele questiona cochichando olhando pra mim, sendo que a casa é dele, como eu iria saber?
— Como eu saberia? A casa é sua!
Retruco e ele me lança um olha de raiva e a campainha soa novamente. Uma voz doce mas imponente surge do outro lado da porta. Era Naomi.
— Nam, ainda está em casa? Precisamos conversar!

Killer Bunny e um amor | JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora