Chegou A Hora!

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- Jungkook
Eu volto para a sala e sinto o clima pesado, triste, mas não sei distinguir o motivo dessa atmosfera. Naomi tentava disfarçar seu desconforto e sua tristeza, porém por que ela estaria triste? Namjoon vem até mim, me cumprimenta e se coloca a falar.
— Eu tenho que ir, tenho trabalho agora.
Ele diz e se vira para Naomi.
— Você vai ficar bem, maninha?
Diz preocupado.
— Vou sim Nam, não se preocupe.
Naomi fala.
— Se quiser pode ficar aqui por um tempo.
Eu me pronuncio.
— Eu não quero atrapalhar.
Ela diz me encarando.
— Não vai. Eu não tenho nada para fazer o dia todo, e é extremamente monótono ficar nessa cobertura sozinho.
Falo tentando a convencer.
— Tudo bem, então eu fico, mas a noite tenho que ir na delegacia e ir pra casa.
Ela diz derrotada.
— Ok então. Eu tenho que ir. Tchau maninha.
Namjoon diz depositando um beijo na testa de sua irmã e saindo da minha casa. Eu olho para Naomi que continuava a olha fixamente para a porta dês de que seu irmão havia saído.
— Naomi? Você está bem?
Eu a questiono curioso.
— Sim, eu só tenho medo.
Ela dizia séria encarando a porta.
— Medo do que?
Talvez eu estivesse sendo um pouco invasivo, mas nao conseguia conter minha curiosidade a nada que se relacionava a Naomi.
— De perder uma das únicas coisas que eu tenho…meu irmão.
Ela parecia séria ao falar, mas em sua voz era perceptível uma pontada de tristeza e preocupação. Ela se senta no extenso e confortavel sofá que havia na sala, dava a impressão de que ele a engoliria, já que em relação ao sofá ela era bem pequena, não era sua culpa, já que o sofa por si só era bem grande. Deixou sua tristeza mais perceptível e eu me pus a sentar ao seu lado.
— Como uma detetive policial não se pode ter muito, por causa da profissão e pela renda baixa que ganhamos.
Ela diz tentando não transpassar arrependimento.
— Não tem família, não é?!
Digo tentando olhar seu rosto, mas sendo impedido por algumas mexas de cabelo e sua visão estava fixa na televisão desligada.
— Apenas o Namjoon. Dês de sempre ele foi minha única família. Não me lembro de ter almoços em família, viajar para casa de tios, nem nada do tipo.
Após terminar de falar ela me encara.
— E você?
Ela me questiona parecendo interessada.
— Minha vida não é algo que eu goste de contar, não vale apena perder tempo contando, nem escutando.
Digo tentando não parecer tão frio em minhas palavras.
— Eu sinto muito.
Ela diz com sentimento.
— Tudo bem. Com o tempo…você passa a ficar acostumado.
Nós nos olhamos nos olhos e ela deixa uma lágrima cair.
— Eu sei que você é forte Naomi, mas no precisa aguentar tudo perto de mim, pode falar o que sente, como se sente, pode compartilhar suas dores, suas alegrias, pode desabafar, chorar, rir… eu vou estar aqui.
Nunca fui tão sincero, tão sentimental. O que está acontecendo comigo?
— obrigada.
Ela fala e se aconchega em meus braços deitando com a cabeça em meu peito e encolhendo suas pernas para cima do sofá.
— Podemos ver um filme?
Ela diz de forma doce, mas jamais perdendo a postura de durona.
— Claro.
Eu coloco um filme e assim passamos a tarde.
Quando a noite começa a se fazer presente eu me levanto do sofá e me coloco a caminhar até meu quarto.
— Onde vai?
Naomi pergunta da porta do quarto enquanto troco minha camisa.
— Tenho trabalho a fazer essa noite.
Digo de costas para ela.
— Ah, eu preciso ir na delegacia.
Ela diz pegando sua mochila e pegando algumas roupas.
— Te deixo lá.
Termino de colocar a calça.
— Não precisa, pode ser perigoso.
Ela diz relutante.
— Não vai ser perigoso. Por favor?
Digo me aproximando dela e jogando meu charme.
— Tá bem, mas bem rápido.
Ela diz derrotada.
— Ok.
Digo e roubo um selinho dela, deixando-a petrificada.
— Não vai se trocar?
Digo olhando para ela e saindo do quarto.
Ela troca de roupa e me encontra na sala. Entramos no carro e o caminho até que foi silencioso, ao menos quando Naomi cantarolava alguma música que tocava no som do carro. Paro o carro na porta da delegacia e antes que Naomi descesse do carro ela olha em meus olhos e diz:
— Toma cuidado!
Ela beija minha bochecha e sai do carro. Eu vou ao encontro de meu próximo extermínio.

- Naomi
- Na delegacia

Eu entro na delegacia onde ainda haviam algumas pessoas trabalhando. Vou até minha mesa e começo a revirar as gavetas em busca de uns papéis da investigação do killer bunny. Eu ainda não sei o que vou fazer, não sei se o entrego, se eu o acoberto, mas de uma coisa eu sei, eu não vou deixar o Jin encostar um dedo nesse caso!
— Olha quem decidiu voltar depois de um dia. Não consegue ficar fora nem por um tempinho para que eu possa resolver seu caso?
Ele diz debochado.
— Você não consegue me deixar em paz?
Digo me aproximando dele, nos deixando a centímetros o intimidando.
— O que foi? Ficou calado agora?
Eu o afronto.
— Você é surtada né Naomi?!
Ele diz me olhando fixamente nos olhos.
— E você tem cara de gostar de uma surtada nem Seokjin?
Eu o provoco.
— Você está escondendo algo não está?
Ele está tentando me ler com essa tática barata de detetive?
— Você ainda tem muito a descobrir, pena que não evolui.
Eu falo me virando e volto a procurar os papéis, ele some da minha vista e penso estar livre dele por um bom tempo finalmente. Estou prestes a sair da delegacia quando sou abordada.
— Ei, Naomi. Vai fazer algo hoje a noite?
A voz de Hope soa.
— Eu vou trabalhar em casa.
Digo normalmente.
— Ah, eu estava pensando em sairmos, mas não para um bar.
Ele solta uma risada anasalada após terminar de falar.
— Desculpa Hope, não dá.
Digo tentando não magoa-lo.
— Tudo bem.
Ele diz meio triste e eu saio da delegacia e vou para minha casa.
Finalmente em casa eu jogo a papelada na mesa e abro meu notebook. Enquanto o notebook ligava eu caminho até o banheiro e tomo um banho, tão quente que embaça o espelho em menos de vindo minutos. Me visto e logo estou na frente do notebook o encarando com os papéis a minha mão, uma foto em horrível e baixa resolução do killer bunny. Eu já decidi o que vou fazer, e não sei se o killer bunny ficará feliz com isso.
Eu desligo tudo e me deito em minha cama, fico encarando o teto por um longo período de tempo e a insônia não me permite dormir. Finalmente dormindo sou perturbada por uma ligação do Hope, eu abro meus olho e vejo a claridade do sol invadindo meu quarto, o telefone continuava a tocar.
— Alô.
Digo com voz de sono ao atender o telefone.
— Naomi vem pra delegacia, agora!
Hope diz desesperado do outro lado da ligação.
— Mas por que?
Digo ainda confusa.
— Pegaram ele!
Eu sentia a angústia, a agitação e a felicidade de Hope ao telefone. Eu pulo da cama descoordenada e corro para delegacia. Chegou a hora de fazer como eu planejei, não vai dar errado, eu estou preparada.

Killer Bunny e um amor | JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora