- 2:58 am
- BunnyHoje a vontade de beber me levou a um bar, não frequentado pelas melhores pessoas.
- Olha, um moleque no bar.
Um bêbado grita dando uma risada debochada, fazendo todos olharem enquanto eu virava a minha segunda dose.
- por mais que eu gostei de confusão, eu só quero beber por agora.
Eu digo sem nem sequer olhar para o sujeito bêbado.
- Se não queria confusão porque veio a um bar? Eim?
Ele diz enfiando o dedo sujo no meu ombro.
Eu aprendi que não gosto quando minhas vestimentas estão sujas, sou um assassino, mas não quer dizer que eu ando largado ou com a primeira roupa que vejo na frente, sou vaidoso, e sujeira e bagunça eu não admito, talvez apenas em uma cena de crime ou na cama.
- Cara, você já está bêbado, eu não quero ter que te matar aqui nesse bar.
- Tá com medo, isso sim.
Eu estava tentando não perder minha paciência.
- Jay! Aí está você. O que está fazendo no bar de novo?
Uma menina não muito nova aparece no bar indo em direção ao bêbado.
- Vá embora, eu já disse pra não vir atrás de mim. Não quero ser obrigado a te bater novamente. Será que você ano aprende?
Eu apenas observava discretamente a discussão dos dois.
- Vamos pra casa, vou cuidar de você.
Ela pega em seu braço e ele bate em seu rosto, tão imediatamente quanto um reflexo.
- Já chega de showzinho por hoje, não acha?
Me levanto do banco do bar calmante.
- Fica fora disso moleque.
O bêbado diz
- Está tudo bem, não foi nada, eu já estou acostumada. Vamos Jay.
Ela tenta novamente puxa-lo pelo braço mas ele a joga não chão.
- Já deu.
Eu avanço no bêbado o puxando pela gola da camisa e o pressiono contra a parede deixando apenas a ponta de seus pés no chão.
- Nunca mais trate uma mulher assim.
Digo com tranquilidade.
- E o que você tem haver com isso? Se tivesse uma putinha pra estar com você eu divido que estaria bebendo em um bar, com certeza estaria comendo ela.
Chega, perdi a paciência. Tiro a pistola da minha cintura e aponto na cabeça dele. Nesse momento não me contive e deixei a minha parte mais maníaca falar por si só.
- Quer saber o que eu penso agora?
Dou um meio sorriso de lado.
- Estou pensando como seria ver você urrando de dor e implorando para eu parar de te meter a porrada, como deve ser a sensação de enfiar uma faca várias vezes em você, imagino como deve ser o barulho de seus gritos e grunhidos de dor enquanto eu corto cada pedaço de seus membros. Então se você não quer que eu torne o que há em minha mente em realidade, eu sugiro que você saia daqui.
O coloco no chão e guardo minha arma.
- Vai! Agora! Sai daqui!
O bêbado corre tropeçando em seus próprios pés e cambaleando de um lado para o outro.
Eu saio do bar sem olhar para trás. Vago pelas ruas agora encharcada pela repentina chuva. A tempos não sinto a chuva.
Paro e encosto as costas em um poste de luz, um dos pouco na rua mal iluminada. Sou levado pelos meus pensamentos á suposta justiça que faço com as próprias mãos, quando uma merda de buzina soa perto de mim. Olho para o carro. Não, não poderia ser. O vidro se abaixa.
- Ei, o que faz nessa chuva?
Eu não acredito. Porque?
- A senhorita não deveria estar em casa? Ou na cafeteria?
- Aconteceu um pequeno imprevisto no trabalho. Entra.
Ela destrava a porta do carro.
- Não, eu vou molhar tudo.
- Entra logo.
Eu entro no carro e ela acelera.
- Vai me contar o que estava fazendo na rua a essa hora?
- Um imprevisto com o trabalho. Sabe como é detetive.
- já disse para não me chamar assim.
- Oh desculpe. Acho que cometi um crime, você deveria me prender senhorita detetive.
Digo debochando dela, o que arranca uma pequena risada dela e minha também.
- Eu preciso ir pra casa.
- E onde é?
- É melhor você me deixar ali na frente
- Não, eu vou te deixar em casa.
- Vai por mim, é melhor não.
- Porque não?
- É pra sua segurança.
- Então você vai pra minha casa, pronto.
- Como? Não, nem pensar.
- Já está tarde e está perigoso.
Ah Naomi se você soubesse que eu sou o perigo.
- Eu não gosto da ideia.
- Você não tem direito para argumentos contra o que eu disser.
- Se você diz... Hoje não estou muito afim de discutir com ninguém. Mas e você? O que estava fazendo na rua?
- Viram o killer bunny no bar e quase matou um cívil.
- Ele não era um cívil.
- Você estava lá?
- Ah, não, só passei por lá.
Nós chegamos na casa dela e já estava amanhecendo.
- Meu irmão vai chegar daqui a pouco.
Ela diz entrando no apartamento e indo pelo corredor, enquanto me sento no sofá. Só quero ver a minha explicação e a reação do Namjoon ao me ver aqui. Eu nem termino de pensar nisso e a campainha já toca. Pronto, agora vai vir a merda.
- Já vai!
Ela corre do corredor até a porta.
- Oi mani-nha.
Namjoon trava ao me ver no sofá.
- Oi Nam. Que bom que você chegou.
Ela diz após ver a cara de espanto do Namjoon.
- O que você está fazendo aqui?
Ele diz vindo em minha direção, mas para ao lembrar que Naomi ainda estava no cômodo.
- Sua irmã me sequestrou na rua.
- Naomi!
- O que foi? Vocês se conhecem?
Eu apenas tusso e olho para o Namjoon.
- Sim. E ele não deveria estar aqui.
Namjoon diz.
- Me contem!
- O que?
Namjoon diz sem entender.
- Vocês estão me escondendo algo, e não adianta negar.
Eu e Namjoon nos encaramos.
- Falem logo!
Ela perdeu a paciência.
- É a hora que eu me preparo para ser preso, ou é hora de apagar meus rastros?
- Não! você não vai matar minha irmã.
- Fala logo a merda que vocês estão me escondendo!
Ela puxa a arma e aponta para minha cabeça.
- No momento vou lhe dizer que uma bala na minha cabeça não seria tão ruim.
- Naomi, eu explico. Abaixa a arma.
Ela abaixa a arma e fica alternando o olhar entre mim e o Namjoon. O Namjoon explicou tudo, dês do começo, até a parte que eu a vigiava pela sua segurança ele contou.
- Não. Eu não acredito. Você é o killer bunny.
Ela diz sem acreditar e em pleno choque.
- Vai querer me prender agora ou...
Sou interrompido pelo Namjoon.
- Naomi você não pode prender ele. Eu tenho uma dívida muito alta.
- O que? Quanto?
- Não é quanto, mas sim porque.
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Killer Bunny e um amor | Jungkook
ActionUm famoso serial killer, procurado por todo país enfrentará novos desafios, na vida, na dor e no amor. Uma história completamente diferente de qualquer outra. Mistérios vão se desvendando pelo decorrer da história e com um final surpreendente a sua...