Não posso a perder

537 32 1
                                    

Ruggero

Assim que Karol desaparece do meu campo de visão, me sento ao lado de Lucca para Tomar meu sorvete que já estava derretendo.

Karol e uma garota completamente diferente de qualquer outra que eu tenha conhecido, ela me fascina de um jeito tão incrível.

Lucca: rugge.. quero ir pra casa. Diz me tirando dos meus pensamentos.

Olho para ele que estava todo sujo de sorvete, limpo seu rosto com uma tolha que sempre trago dentro de sua pequena mochila e seguimos para o carro em silêncio.

Assim que chegamos em casa lucca vai direto para o quarto, disse que estava cansado. Lucca estava meio estranho nesse último mês. Estava passando mal direto, reclamando de cansado e dores no corpo.

Eu e minha mãe decidimos não o levar ao hospital porque achamos que isso iria passar rápido, mas acho que tomamos a decisão errada.

Vou pro meu quarto e me jogo na minha cama, estava com os pensamentos totalmente direcionados em meu pai, a mais de 1 mês que ele não nos dá nenhuma notícia.

Ele foi para a Itália resolver alguns negócios, mas já era pra ter voltado.

Desde quando eu era pequeno meu pai não queria me envolver nos negócios de nossa família, mas sempre soubemos que isso não seria possível, pois uma de nossas regras e que o filho mais Velho assumirá tudo, quando o pai falecer.

Aos 15 anos meu pai começou a me ensinar tudo o que eu precisaria, para que eu já estivesse preparado se algo acontecesse com o mesmo.

Sou tirado dos meus pensamentos com vozes vindo do andar de baixo, saio de meu quarto e vou até a sala, onde encontro minha mãe e meu pai discutindo.

Porquê ele não avisou que estava voltando?

Rugge: o que está acontecendo aqui ?. Pergunto os interrompendo.

Anto: não é nada filho. Diz toda atrapalhada.

Bruno: é filho, não é nada de importante, eu vou tomar um banho e me deitar, estou cansado. Diz e logo depois sobe as escadas indo para o quarto.

Anto: eu vou fazer algo para comermos agora. Diz indo para a cozinha.

Toda vez que meu pai saí em uma dessas viagens, eles brigam, minha mãe não gosta dessa nossa vida, ela queria que fôssemos uma família normal. Mas isso sabemos que nunca seremos.

Karol

Assim que chego na mansão vou direto para meu quarto, a mansão estava silênciosa, o que é um milagre, D. Sara sempre está na cozinha cantando e preparando algo. Mas hoje estava um completo silêncio.

Coloco minhas coisas em cima de minha cama e desço as escadas indo para a cozinha. Paralizo com a cena que vejo ao entrar na mesma.

Dona Sara estava caída no meio da cozinha, totalmente imóvel. Vou até ela rapidamente chegando o seu pulso, estava batendo muito fraco.

Karol: Dona Sara acorde, hey. Dou leves tapinhas em seu rosto, mas não adiantou nada.

Saio da mansão correndo a procura de jorge, o encontro conversando com os seguranças do portão. Corro até ele rapidamente.

Karol: jorge, jorge, me ajuda. Digo assim que chego perto dele ofegante.

Jorge: o que houve?. Pergunta preocupado.

Karol: Dona Sara, ela está desmaiada na cozinha, me ajuda. Digo apressada.

Ele arregala os olhos e entra correndo na mansão, assim como eu e um dos seguranças. Assim que ele a vê, à pega no colo é saí correndo da mesma e a coloca no carro que estava estacionado perto do Jardim de entrada.

Jorge a coloca no banco de trás e entra no carro, eu faço o mesmo e coloca a cabeça dela em meu colo, o segurança abre o portão e jorge logo dá partida, indo para o hospital mais próximo.

Poderiamos até chamar uma ambulância, mas iria demorar demais, pego no braço de D.Sara e checo mais uma vez seu pulso, continua fraco do mesmo jeito.

Eu Não posso a perder, ela não e só minha governanta, ela e como uma mãe pra mim, não aguentaria a perder. Meus olhos se enchem de lágrimas só de pensar nisso.

Jorge: chegamos. Diz minutos depois.

Saio do carro e entro no hospital correndo e  gritando por ajuda, Jorge chega segundos depois com D.Sara em seu colo. Assim que uma enfermeira nos vê, pega uma maca que estava ali perto.

Xx: A coloquem aqui. Diz assim que chega perto de nós, com mais dois enfermeiros - o que aconteceu ?

Karol: não sabemos, quando cheguei em casa ela estava desmaiada na cozinha, chequei seu pulso é estava muito fraco.

Xx: entendo, vamos cuidar bem dela, logo ela estará firme e forte novamente. Diz colocando uma máscara de soro em seu rosto.

Ela a leva para um dos corredores e some do nosso campo de visão. Vou Até a sala de espera e me sento em uma das cadeiras. Jorge pega seu celular e liga para alguém, assim que termina a ligação começa a andar de um lado para o outro sem parar.

Karol: Jorge você está me deixando mais nervosa do que já estou, senta aqui por favor. Digo apontando para a cadeira ao meu lado.

Jorge: Desculpa, é que eu não sei lidar com essas coisas. Diz ao se sentar.

Ficamos em silêncio por vários minutos, mergulhados em vários pensamentos nada bons.

Cat: jorge, minha mãe, cadê ela ?
Diz aparecendo em nossa frente do nada, ofegante e preocupada.

Jorge: ainda não temos nenhuma notícia dela. Diz se levantando e indo até a mesma e a abraçando.

Nessa confusão toda, tinha me esquecido de avisar cat, sobre a mãe, ainda bem que jorge se lembrou, ficamos mais umas duas horas esperando na recepção, até que um médico aparece, chamando nossa atenção.

Mdc: parentes de Sara jones ?
Nos levantamos rapidamente indo até ele.
- Ela já está estável, no momento está medicada e acabou dormindo. Diz e suspiramos de alívio. - Ela teve uma arritmia cardíaca, o mais importante agora é que ela não passe por nada estressante e fique de repouso.

Cat: está bem, não deixaremos que nada a abale. Diz com alívio na sua voz.

Karol: quando poderemos vê-la?

Mdc: vocês poderão vê-la só amanhã, o horário de visitas começa as 10:00 da manhã. Diz com um leve sorriso.

Conversamos mais um pouco com o mesmo e logo fomos embora, não poderíamos a ver hoje, então não teria sentido continuarmos ali. Voltaremos amanhã.

Ainda bem que ela está melhor, não sei o que eu faria se eu a perdesse, Ela e muito importante pra mim. Fez parte da minha vida no pior momento que se pode imaginar, a morte de meus pais.

Minha tia e Sara sempre me deram forças para continuar firme, me aconselhando e cuidando de mim, Sara se tornou parte da minha família, não posso a perder, nunca.

A suicida Onde histórias criam vida. Descubra agora