cápitulo 10

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●┃point of view.: alvo dumbledore ───────────
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As cartas de Elifas chegaram todas absurdamente atrasadas. Era estranho pegá-las na mão e ver que, o fato de não conterem nenhuma foto, era porque ele tinha deixado a máquina bem em cima do meu sofá antes de viajar. Eu e Gellert tínhamos tirado uma foto com ela.
Gellert
Doía pensar em seu nome ao lembrar do dia anterior.

Eu usava uma roupa preta. Um terno. Todos as pessoas mais próximas de mim e Abeforth foram avisadas da morte de Ariana. Inclusive Elifas. Mas concordamos, não diretamente, mas pelo silêncio, de que ninguém iria saber o que aconteceu. Essa decisão só se tornou mais nítida quando vi Abe falando a um colega que Ariana morreu porque estava doente.

Uma carta de Elifas tinha acabado de chegar falando que ele viria por meio de um portal para o velório. Gentil de sua parte. Elif sempre foi bastante gentil, até quando eu não merecia, como era o caso.
Minhas memórias desses dois dias são confusas, e as recriei tantas vezes na mente que já nem sei se tudo o que pensei acontecer de fato aconteceu. Mas prefiro acreditar que as coisas aconteceram de uma forma menos pior do que me recordo. Mas não foi. Na verdade acho que foi justamente o contrário. Porém tudo isso ainda me dá medo. Eu ainda tenho medo de saber de fato quem acertou o feitiço nela.
Em toda aquela confusão que ocorreu, tudo o que consigo me lembrar é dela caindo. Por isso uma descrição tão rápida e rasa da nossa batalha. Não me lembro com perfeição de nada daquilo e isso me assusta.
Sei que a culpa foi minha por ter quebrado o pacto de sangue. Mas ele estava machucando meu irmão e por isso não pensei duas vezes ao tentar defendê-lo. Só não me lembrei as consequências de fazer isso na hora.

Gostaria de dizer que estava extremamente triste com a morte de Ariana e que meu silêncio se devia a isso. Mas não estaria sendo sincero. O que mais me deixou triste foi o fato de eu me sentir traído por ele. De ver que ele não estava mais ali.
Se ele estivesse ali ainda, tenho certeza de que nos perdoaríamos. Não foi algo horrível entre nós especificamente. Mas eu estava com tanta raiva, tanta raiva de todos, de tudo, que minha garganta pareceu fechar e meus olhos começaram a ficar marejados, e de repente o peso da morte de Ariana caiu sobre minhas costas.

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●┃point of view.: gellert grindelwald ───────────
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A Escócia a princípio me pareceu o destino mais correto. Mas quando cheguei lá, muitos da comunidade bruxa escocesa que perguntei me disseram não saber quem era Mikew Gregorovitch, então me vi outra vez absolutamente perdido.
Alguns me disseram que o famoso Gregorovitch era sem dúvida residente na Alemanha, muito provavelmente em Berlim. Outros supunham que ele devia viver mais pro lado da Península Escandinava, o que pra mim não fazia muito sentido.
Uma coisa é certa: aqueles foram dias difíceis. A primeira coisa que fiz após "fugir covardemente" dos Dumbledore, foi procurar uma residência trouxa. Era mais do que óbvio que nenhum bruxo me daria abrigo sem mais nem menos, mas trouxas podiam ser manipulados com magia pra me dar abrigo.

Passei três dias usando imperius nos quatro trouxas de uma residência em Glasgow, na Escócia.
O frio era quase insuportável pra quem não fosse acostumado com esse tipo de clima. Sair do calor Inglês pra aquele frio foi um pouco tenso.

Quando me cansei daqueles trouxas, os matei um a um. Mas aproveitei a casa para continuar meus estudos sobre as relíquias. Pra minha completa surpresa o acervo da biblioteca bruxa escocesa era bastante vasto. E me aproveitei pra ter uma ideia melhor sobre pessoas não bruxas, pois recordei de Alvo...

d e v a s t a d o rOnde histórias criam vida. Descubra agora