Oiii meus amores.
Voltei, mesmo dizendo que não voltaria logo rsrs.
Só quero dizer que estou muito feliz de você estar aqui, pois nem sempre temos leitores fieis, não é mesmo? Então esse capítulo é para vocês.
Quanto ao segundo capítulo a meta anterior está mantida.
Assim que a história chegar a 300 views eu posto ele, independentemente do dia, se não, o novo capítulo sai na próxima quarta-feira. Como é de praxe, peço para que comentem, votem, compartilhem e não me abandonem rsrs.
Espero que tenham uma ótima leitura. #FICAEMCASALENDO
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Hillary
Não consigo sentir meu corpo, ou muito menos meus lábios, mas a dor presente me faz saber que ainda estou viva, um tecido com gosto amargo se prende a minha boca e meus lábios estão tão ressecados que posso sentir quando pequenas rachaduras se abrem neles.
Quando volto a sentir as partes do meu corpo quase me arrependo de ter aberto os olhos, um frio arrebatador sobe por minha pele deixando claro que não visto roupa alguma, a sensibilidade do meu pulso volta, deixando que eu sinta o aperto da corda roçando na minha pele ferida.
A ardência não me impede de forçar meus punhos para tentar me soltar, sem que eu tenha sucesso. O que também não me para, continuo forçando a corda com toda a força que posso. Onde estou? Só lembro do taxi onde estava ter sido atingido.
Pisco meus olhos repetidamente percebendo que sonho, sei que lembranças são essas, e não é algo que eu gostaria de ver novamente logo hoje, me debato tentando acordar do meu pequeno pesadelo pessoal, não quero ver aquele desgraçado sem rosto, não hoje.
Quando finalmente me livro das amarras do meu sonho, é porque um peso enorme cai sobre mim, sem que eu enxergue qual a causa disso, ainda estou ligada a escuridão da morte.
— Acorde mana. — O homem se remexe em cima de mim com sua cabeleira vermelha balançando de um lado para o outro, me cutucando em todo meu tórax. — Vai se atrasar. — Ouço por cima da neblina que perdurou do meu sonho. — Vou buscar minha arma. — Ameaça.
— Já estou acordada cabeçudo. — Digo o empurrando como algo natural. — Não podia me acordar mais amavelmente? Você pesa tanto quanto um tanque. — Meu irmão mais velho faz beicinho e acaricio sua cabeça enquanto ele move seu braço e pesca uma lágrima que não me lembro de ter deixado escapar. — Você me ouviu chorando. — Digo não conseguindo encará-lo, perdi a conta de quantas vezes tinha chorado durante o sono, o fazendo correr até mim.
— Não, eu apenas quis acordar você. — Diz, mas não consegue esconder a tristeza em seus olhos, o olhar de alguém que não sabe mais o que fazer, e eu não posso culpá-lo.
— Mentiroso. — Acerto sua cabeça, ainda sem olhá-lo. — A médica disse que não deveria mentir para mim.
A psicóloga que vejo há quase um ano sempre me passa sermões, como se eu estivesse fazendo algumas coisas por vontade própria, como o fato de não poder encostar em garotos, além do meu irmão e amigos íntimos, meus irmãos de outras mães, eu tinha tentado, porém sempre acabava correndo para o banheiro mais próximo e vomitando tudo que estivesse no estômago. Isso quando não surtava de modos piores.
Não pode continuar se mantendo assim, me disse e respondi que não era por falta de tentativas, apenas não consigo manter contato com homens, e isso me fez perder tanto, ela não percebe que mais do que ela eu mesma queria poder me livrar disso?
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Fragmentada (Livro único)
Romance"DEGUSTAÇÃO" ⚠ A história contém cenas de assassinatos, cenas possivelmente perturbadoras, além de abordar fobias e alguns tipos de abusos, os abusos não são relacionados ao relacionamento da protagonista com o mocinho e sim com o assassino, se não...