Olá meus amores. Como vocês estão?
Espero que em casa, descansando, lendo ou fazendo o que der na telhas, mas dentro de casa.
Sei que não esperavam por mim, ou esperavam kkk, pois quem me acompanha sabe que sou ansiosa, não nego, então mais uma vez joguei as metas para o céu e taquei fogo, isso mesmo, então bora de postagens regulares de dois capítulos por semana?
Espero que tenha alguém feliz aí.
Hoje como presente colocarei três capítulos, então respira e vem ler.
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Hillary
Pisco centenas de vezes. Tenho certeza de que o mundo parou, pelo menos o meu. Os rostos das pessoas continuam deformados, as imagens escurecem, e minhas pernas começam a parar, me impedindo de continuar a andar.
Eu não deveria ter vindo, não estou pronta ainda.
Respiro fundo, sentindo que meu pulmão reclama pôr o mal uso. Se acalme Hillary, você não é assim. Você pode ser melhor que isto. Aperto meus olhos, experimentando uma leve queimação neles. Não posso chorar.
Se o fizer não poderei parar.
Ouço uma risada baixa, soando bem perto do meu ouvido. Um arrepio sobe por meu corpo chegando a minha nuca. Você queria, estou apenas te dando o que me implorou para ter.
Coloco a mão em cima dos ouvidos tentando afastar o som que vem direto da minha cabeça. Abro os olhos quando sinto que algo é empurrado no meu braço, e fico surpresa por isto ter afastado a voz.
Observo o lápis negro que continua erguido na minha frente e observo os olhos cinzas de Ayslan. Sua expressão não parece assustada, muito menos desgostosa. Ele apenas continua ali com o lápis direcionado a mim.
— Segure na ponta dele. — Fala erguendo o lápis para mais próximo de mim. — Vou te guiar. Não vai precisar olhar para ninguém.
Não tenho a mínima ideia de como ele conseguiu fazer isso, mas não querendo continuar onde estou seguro no lápis, receosa, temendo que nossas peles se encontrem e que eu acabe fazendo algo que o desencorajaria a continuar me ajudando, como vomitar nele todo.
— Vai ficar tudo bem, apenas caminhe devagar, certo? — Não consigo falar, então apenas meneio a cabeça quando ele volta a andar devagar. Inspiro e expiro várias vezes durante o tempo em que seguro o bendito lápis com tanta força que meu dedo embranquece completamente.
Estou o usando novamente, penso ao encarar suas costas enquanto sua mão fica virada em uma posição estranha para que eu consiga segurar no lápis de forma fácil. Olho para o lado por dois segundos, mas foi o suficiente para fazer meu estômago voltar a girar com pavor.
As pessoas estão nos olhando, estão olhando para ele por estar me ajudando e provavelmente comentarão um monte sobre o fato de eu estar obrigando alguém a cuidar de mim, e nem mesmo nos conhecemos bem.
Minhas pernas começam a fraquejar, se tornando uma geleia prestes a se espatifar no chão. Respiro fundo, fito as costas do estranho que me ajuda e continuo a pôr meus pés um na frente do outro. Não posso cair aqui e fazer com que ele pareça ainda pior.
Meus ouvidos formigam com os comentários que são feitos de modo audível e meu corpo me recrimina por ter sido posto nessa situação novamente.
— Já estamos chegando Hillary. Apenas continue andando, ok? — Fala e ergo minha cabeça para perceber que ele me olha fixamente. Não posso o observar do mesmo modo, assim meneio a cabeça devagar e desvio o olhar rapidamente do seu.
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Fragmentada (Livro único)
Roman d'amour"DEGUSTAÇÃO" ⚠ A história contém cenas de assassinatos, cenas possivelmente perturbadoras, além de abordar fobias e alguns tipos de abusos, os abusos não são relacionados ao relacionamento da protagonista com o mocinho e sim com o assassino, se não...