Kakashi já estava cansado de ter que lidar com as brigas diárias de Sasuke e Naruto. Após terem passado dos limites por causa de uma simples prova de matemática, o diretor sabia que precisava tomar uma atitude se não quisesse perder seus dois melhor...
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- Maldito dobe! Acorda!
Os gritos de Sasuke ecoam pelo quarto, acordando-me de maneira afobada. Olho assustado para o teto e sinto algo se debater em meu tórax. Desvio meu olhar para baixo e encontro um Sasuke furioso preso em meus braços como um ursinho de pelúcia. E não era só isso. Nós estávamos enroscados em meio aos lençóis que Sasuke havia usado para separar a cama e evitar o contato dos nossos corpos.
- O que aconteceu? – pergunto, ainda meio lerdo por ter acabado de acordado.
- Adivinha! – ironiza Sasuke, irritado. – Você se mexeu demais a noite toda e achou que eu era seu brinquedinho para ficar dormindo abraçado.
- Ai, droga! – resmungo, remexendo-me para tentar soltar os lençóis e me afastar de Sasuke, mas isso faz com que ficássemos ainda mais enrolados.
- Você quer parar de se mexer, usuratonkachi? – pergunta Sasuke, irritado.
- E o que você quer que eu faça? – questiono frustrado.
- Primeiro, que tal você parar de me abraçar como se eu fosse seu ursinho de estimação? – ironiza o Uchiha, incrivelmente perto. Tiro minhas mãos de sua cintura e sorrio sem graça. – Deixa que eu faço isso.
Aquela situação era extremamente estranha. Apesar de Sasuke continuar sendo o mesmo irritante de sempre e do calor inferno que se fazia, eu me sentia confortável com Sasuke em meu peito. Eu nunca imaginei que o cabelo negro e a pele incrivelmente pálida pudessem ser tão macios.
Sasuke estava tão concentrado em tentar desatar os nós que as cobertas haviam feito que nem mesmo parecia perceber que seu rosto estava tão próximo do meu. Observo cada detalhe de seu rosto. O nariz afilado, os lábios finos, os cílios longos... O maldito é realmente lindo.
E antes que ele conseguisse nos soltar, a porta do quarto é aberta de uma vez por Ino. Ela entra no quarto junto com Hinata e as duas nos olham assustadas. A Hyuga é a primeira a ter alguma reação. Seu rosto pálido se torna incrivelmente vermelho e os olhos se arregalam no mesmo instante. Ino continuava a nos encarar em choque.
- Não é nada disso que estão pensando – tento dizer, mas tudo complica ainda mais quando em um movimento em falso, Sasuke cai sobre mim, acertando sua testa na minha e por poucos milímetros não acabamos nos beijando.
- Desculpa! – lamenta Hinata, puxando a amiga pelo braço. – Vamos, Ino.
- Espera! – tento seguir as meninas, mas como estávamos na beirada da cama, Sasuke e eu acabamos caindo no chão. – Ai!
- Sai de cima de mim, dobe! – reclama Sasuke com a voz fraca por estar sendo esmagado pelo meu corpo.
Rolo meu corpo para o lado e levo a mão a testa, massageando o local. Viro meu rosto para o lado e vejo Sasuke praguejando baixo, enquanto passava a mão pela testa. Não havíamos começado o dia muito bem. As cenas do sonho que eu estava tendo antes de acordar voltam a invadir a minha mente.
