Restaurada

Ignorado

Cheguei em Marcóvia por volta do meio dia. Fomos recebidos pelo chefe da guarda que levou o pequeno exercíto que trouxe para um alojamento e me guiaram até a sala do trono onde o imperador estava.

- Meu filho que felicidade lhe ver. - ele diz se levantando e me cumprimentando.

- Essas são as fronteiras? - aponto o mapa exposto na mesa em sua frente.

- Sim, um total de quinze mortes e duzentos feridos só hoje. - fala sentando e me apontando a cadeira ao seu lado.

- Majestade já conversou com ela?

- Faz três dias que se trancou no quarto e não recebe ninguém, está em oração, mandou que eu a esperasse aqui após o almoço e aqui estou. - ele diz envergonhado.

- Vou descansar um pouco, deixar que converse com ela, trouxe quinhentos homens de guerra, mas eu não volto atrás na minha palavra. - deixo claro que em troca quero me casar. Faço uma reverência e saio dali para o quarto que sempre fico quando estou no império.

Ao terminar de subir as escadas, dou de cara com ela em um vestido verde escuro que a deixou linda. Ela ao me ver faz uma mesura e desce com elegância as escadas me deixando ali desejoso de falar com ela.

- Foi ignorado, é bom ou ruim? - Christian fala atrás de mim.

- Não enche o saco. - digo com raiva dele ter visto.

- Bom, pelo visto a princesa é genista. Vai ter um longo trabalho pela frente. - ele diz zombando de mim e saio para não fazer besteira.

Se ela é genista ou mimada eu sou insistente e orgulhoso. Com isso em mente me entrego ao sono.

Sofia narrando...

Quase não pude acreditar que Maxon havia chegado trazendo consigo quinhentos guerreiros. Me animei na esperança dele ter finalmente desistido da loucura de se casar comigo. Minha alegria morreu quando vovó adentrou o quarto com um discurso de que meu pai merecia um voto de confiança meu, que ele como imperador precisava de certos acordos e que não era bom eu ficar solteira na nossa sociedade. Pude ver que o rei Maxon estava obrigando meu pai a fazer acordo.

Saio do meu quarto para falar com papai e encontro com o homem que quer me comprar na escada. Me limito a o cumprimentar com a cabeça e desço sem olhar pra trás. Ouço o amigo dele rir dele por algo que não entendi e finalmente chego no meu destino.

- Ninguém está vendendo ninguém aqui filha. - meu pai fala exaltado após ter tentado me convencer a ser coerente com a situação do reino e eu negar. Para o impactar eu disse que ele queria me vender.

- Não é o que vejo papai. Não vejo mal algum em viver como estou e ele deveria lhe oferecer os homens de boa vontade.

- Ele precisa de uma rainha. A situação dele chega ser pior que a minha. Só sua presença o ajudaria e muito.

- Pai faça como quiser está livre da promessa que me fez. Mas o rei Maxon vai ter que se contentar só com minha presença mesmo. - saio pisando duro em direção ao jardim e só lá me permito chorar.

Vejo Antony correr com a babá pelo jardim e fico feliz que ele nasceu homem e não vai precisar ser moeda de troca pelo reino. Assumirá o lugar de papai podendo escolher com quem casar.

- Antes ele que um velho barrigudo. - Jady diz e não lhe bato devido seu estado de três meses de gravidez.

- Eu até simpatizo por ele, mas tomei nojo ao ver como ele não teve escrúpulos para impor que me casasse com ele se aproveitando de  um momento difícil.

- Ele é lindo, engraçado e era nosso amigo.

- Esqueceu dizer que também é um cretino aproveitador e muito cheio de si.

- Seja razoável.

- É a terceira pessoa a me dizer isso hoje e percebo que estão todos enfeitiçados por ele. Fico feliz que não sofro desse mal.

- Indignada ou não sua mãe lhe proibiu fazer as refeições no quarto. - ela diz e reviro os olhos.

- Não esperem que seja cordial. - lhe dou as costas indo pro banho.