Restaurada

Baile de boas vindas

Cinquenta casas estavam prontas dentro de uma semana, o rei então mandou buscar a todas as cento e vinte famílias que faziam parte do seu reino para se instalarem como pudessem nas casas prontas, as outras estavam sendo reformadas ainda e aos poucos a cidade ficava toda restaurada. O imperador não tardaria a chegar, então com a chegada de Sofia e das outras princesas, surgiu a ideia de receber os visitantes com um baile, iriam comemorar os avanços da cidade e seria um motivo para o povo se alegrar, após tantas lutas.

- É uma ideia perfeita. - Sofia fala sem saber que ele pretendia pedir sua mão oficialmente nesse baile ao seu pai. - Eles ficarão felizes com tudo que vão ver em nosso reino. - o coração do jovem se alegrou em ouvir ela já se referir ao país como nosso. - Amo o clima daqui. - completa indo até a janela da sala de reuniões, onde ele havia a levado para combinar.

- Dará tempo de preparar um baile?

- Claro que dará, temos três dias certo? Considere feito, avise a seus criados que me obedeçam também e eu não tenha que ficar vindo te pedir permissão para fazer as coisas, com isso você avança na restauração e eu junto com as meninas faremos todos os preparativos do baile.

- Mandarei avisar a todos do reino que você está responsável por isso, pode deixar. - Ela sentiu uma pontada de dúvida ao ouvir ele dizer que ela estava responsável pelo baile e não que era sua rainha, mas tentava compreender por não ser oficial ainda.

- Conversará com meu pai?

- Pretendo, não sei como ele agirá, se ele já tiver lhe dado ao rei do Sul, não posso fazer nada. - ele tentava amedrontar ela, mesmo sabendo que havia escrito ao pai dela sobre o casamento, mas iria pedir o adiantamento do mesmo para este mês ainda, ela que não precisava saber disso. - Era só isso, pode ir descansar, deve ter sido difícil a viagem com tantas bagagens e crianças.

- Estou bem, vou dar uma volta pelas casas novas, ver como estão se virando, pensei em alojar no salão de baile algumas famílias para dormir, não nos custaria nada.

- Eu decido depois sobre isso, vou ver outros assuntos antes. - ela não entendia o motivo dele não querer ela se metendo no reino, mas iria esperar o momento certo para o contestar. Pediu licença e saiu.

Três dias depois o salão estava exuberante, todo iluminado, colunas torneadas com pinturas douradas, uma mesa de doces e suco a vontade, tudo muito organizado e requintado para quem não tinha muitos recursos. Todo o reino na verdade estava enfeitado, desde da entrada até as casas, Sofia fez questão de celebrar e mostrar a todos o quanto estavam gratos por estarem de volta em casa, mesmo que ainda tivesse muito a fazer. Fazia visitas aos aldeões todas as manhãs e todos a amavam muito.

- Que saudades minha menina! - Sua mãe lhe abraçou com ternura.

- Também sinto saudades de vocês. - ela disse abraçando os pais e depois a avó. - Como está Antony?

- Está no colégio, virá nas férias. - disse seu pai com um olhar terno. - Onde está o rei?

- Está nas obras, mandarei lhe levarem lá, ficará boquiaberto com o que verá. Depois volte e descanse a noite teremos festa.

Ficou matando a saudade que sentia da vó e da mãe, enquanto o pai foi com um guarda para a parte do reino em obras. A mãe não parava de elogiar como o castelo havia ficado bonito. Sabia ela que sua filha teve participação em tudo ali, as princesas Norah e Kauany também estavam presentes e juntas fizeram um almoço regado a atualização de novidades, uma delas era o nascimento da filha de Jady, havia sido uma menina e ela estava radiante.

Quando o imperador chegou ao local, ficou boquiaberto ao ver o seu futuro genro pessoalmente trabalhando na obra junto com operários, visto dali nem parecia um rei, ele sentiu orgulho do rapaz que sempre soube que seria um bom rei.

- Majestade. - ele diz ao lhe ver. - Chegou faz tempo?

- Não meu filho, faz uns minutos e estou realmente maravilhado com tudo que vi da entrada até agora. - O rapaz começou a guiar ele explicando tudo que estava acontecendo e quando se viram sentados embaixo de uma árvore, num dos bancos que mandou construir, aproveitou a oportunidade para pedir que acelerasse o casamento, inclusive falou da ideia de realizar o noivado nessa noite.

- Assim será meu filho, me economizará problemas futuros. - o imperador diz se referindo ao outro pedido de casamento.

A noite não demorou a chegar e com ela a iluminação nova da cidade que estava muito bem iluminada e cheia de adornos dourados, as moças em seus quartos se arrumavam para celebrar a noite de hoje sem imaginar que Sofia ficaria noiva, os reis e imperador já prontos esperavam pelas moças para dar inicio a festa.

O primeiro a discursar na noite foi o imperador, parabenizou o jovem rei pelos avanços do país restaurado e passou a palavra a Rei Maxon, este agradeceu a ajuda dos amigos, aos visitantes, as princesas que ajudaram tanto e principalmente aos aldeões que não o abandonaram.

- E é por isso que tenho o prazer de lhes dizer que o desejo de vocês de ter uma rainha foi realizado, se a Princesa Sofia vier até ao meu lado e conceder-me o imperador de desposar sua filha, ela será a rainha das Filipinas dentro de duas semanas. - murmúrios surpresos foram ouvidos por todos no salão e no meio do povo.

O povo ficou agitado gritando que a amava e ela sentiu muita alegria por isso, aproximou-se de Maxon devagar olhou para o pai que confirmou com a cabeça abençoando e juntos foram para o salão para a primeira valsa como noivos.

- Uma semana? - ela pergunta enquanto dançam.

- Gostaria que fosse em uma, mas duas é o tempo que levarei para terminar todas as obras e você e as meninas organizarem um casamento.

- Queria casar no campo do carvalho. - ela diz e ele sorri.

- Considere feito. - ele usa as palavras dela e ela sorri. - Será como minha rainha quiser.

Os dois terminam a valsa, ficam recebendo as felicitações de todos no salão e partem para se divertir com seus amigo. Maxon estava realizado e Sofia estava transbordando felicidades, embora que entre os dois existisse ainda uma pequena névoa de frieza que todos torcem para se dissipar logo.