Porque é que será que, à mínima dificuldade o ser humano tende a desistir? A deixar? A rasgar a vida? Porquê?! E se parasse mos para pensar? Sei lá! Talvez pensar que não somos apenas nós naquela situação ou ainda pior! Quando deixamos de uma vez por todas de olhar só para nós e olha mos finalmente para os outros que afinal ainda estão pior. Bem, passei, andei e corri sobre grandes problemas tal como todas as outras pessoas. Chamo-me Lauren, e sofro de um problema que nunca poderei eliminar, sou muda, escrevo para que que os outros me entendam... sim, eu podia aprender língua gestual mas nunca quis, habituei-me a escrever e não quero aprender a linguagem gestual porque não me serviria de nada, quase não interajo com ninguém, quando nasci com este problema e outros... os meus pais (ou lá quem estivesse comigo) deixaram-me á porta de um orfanato com um papel que explicava a minha situação, eles ainda não sabiam claro é, que eu era muda porque ainda era muito pequena para me descobrirem isso... mas além daquilo que se pode imaginar, eu nasci numa família sem sustentação (como se referiam no papel), além da minha fragilide de recém nascida e também de saúde , os meus pais n tinham o dinheiro para tratamentos, e neste orfanato vivi a minha vida toda, sou uma aluna de notas razoáveis por isso estou bem como estou, não preciso de maus nada senão livros e livros, são os meus melhores amigos. Todos os dias acordo com a esperança que o dia seja minimamente diferente, o que nunca acontece, levanto-me sem um bom dia de ninguém , acordada apenas pelo toque repetitivo do meu velho Nokia, o único que me deram só para mensagens claro, chego à cozinha e está vazia porque os outros acordam sempre mais tarde do que eu, faço o meu próprio pequeno almoço e lanche para a escola e como ali mesmo sem entrar sequer na sala de refeições. Só me despeço da porteira com um acenar e um sorriso que ela adora sempre. a Sra.Flora , a porteira, é a única que se esforça para falar comigo, dá. me atenção , é como a mãe que nunca tive, se não fosse ela eu nem um Nokia teria para trocar mensagens quando preciso não com amigos porque eu não os tenho.
Vou para a escola, a monotonia de sempre, ando no 10° ano nunca tive namorado nem nada parecido, para ser sincera a parte da minha vida mais alegre foi quando andava na pré escola. Quando cheguei á escola ainda estava tudo deserto, como sempre, deixei me ficar na portaria e saquei de um livro para ler até chegar á hora.
Perto das 7:30 entrou um rapaz pela portaria também, ele.era bonito até , não era assim muito alto mas era bonito ,olhos verdes e loiro , até que ele olhou diretamente para mim e disse:
-Olá! Sou o Umbert, sou novo na escola, e pelo que vejo vim cedo de mais não ?
Apressei me a abrir o bloco que trago sempre comigo e a caneta e escrevi enquanto ele me olhava muito atentamente e confuso, levantei o bloco e ele leu em voz alta:
- "desculpa, sou muda, mas chego sempre a esta hora portanto
.." ho meu Deus desculpa! Não sabia!
"Deixa lá, também ninguém sabe."
-Não escreves para muita gente é isso?
Acenei com a cabeça em afirmação.E continua-mos a "falar" ele gostava de ler e até ficou com o meu livro porque o imprestei, finalmente acho que tinha finalmente aquilo a que se chama amigo. Começaram a chegar os outros alunos e eu dirigi-me para dentro e ele ficou a falar com uns conhecidos.
*
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Se este amor durar
Romancequando posso escrevo, vou presenciar agora o que acontecerá se eu escrever para quem quiser ler. Decidi começar com algo realista mas que poderá chegar a mostrar realmente quem somos, como é a nossa "base" por assim dizer, não ...nós não precisamos...