Capítulo IV - Remorso

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Posteriormente, quando tudo já estava resolvido, Cana me contou o que houve dentro da guilda depois que eu corri para fora de lá, antes que todas as sensações que eu estava sentindo conseguissem me destruir.
Natsu me seguiu com seu olhar no momento em que passei por perto dele até sumir de sua vista. Ele ficou, por alguns instantes, observando a porta aberta da Fairy Tail. O mago parecia assustado e preocupado, mas não se movia.
Cana chamou sua atenção:

— Oe, Natsu! —alterada, levantou-se da cadeira, batendo suas mãos na tábua da mesa— O que você pensa que está fazendo?! Quais são suas intenções pra estar evitando a coitada da Lucy?! A garota vem pra cá todos os dias, sempre perguntando por você e pelo Happy, mas até mesmo os procurando onde vocês moram, ela não encontrou ninguém! Eu mesma dedaria os dois se soubesse onde encontrá-los!

A maga foi tão voraz em seus gestos e em seu falar que todos ali presentes se aquietaram para ouvi-la.
O de cabelo cor de cerejeira a ouviu também, em silêncio. Apertou seus punhos e respondeu, sem desviar seu olhar para a saída dali:

— Cana... cuida da sua vida. —Seu tom de voz saiu seco o suficiente para a beberrona não o direcionar mais palavra alguma. Ele seguiu para o mesmo caminho que eu havia feito— Vem, Habby!
— A... aye. —O exceed o acompanhou, mirando melancolicamente para Cana.

Quando os dois saíram da vista da que me contou todo o ocorrido, Mirajane a questionou:

— Então... é aquilo mesmo que você comentou comigo esses dias? —perguntou, receosa.
— Tsc, Natsu é mesmo um moleque! —ela caminhou até o grande portão e berrou— Não volte aqui antes que tenha se resolvido com a Lucy! Não tô a fim de socar os dois até serem sinceros um com o outro!

Depois, Happy me revelou o que houve quando eles saíram do saguão.

— Natsu... me desculpa, eu... não queria arrumar confusão eu só... só queria que você voltasse a falar com a Lucy, eu... eu sinto falta de nós juntos, eu... —o gatinho azul tentou iniciar um diálogo onde conseguisse explicar o motivo que o levou a fazer com que ele e seu amigo fossem para a guilda nesse dia, mesmo eu estando lá.
— Não vai adiantar nada bocê corrê cobigo bor terra, eu a brocuro aqui e bocê tenta abista-la olhando bor cima. —Aconselhou Natsu.
— Aye... —Happy voou, um tanto abatido, seguindo o que seu parceiro pediu.

Como ele não estava tão alto em relação ao chão, ouviu o amigo:

— Tsc, Luchi... chegou a hora de eu te bedir desculbas.

Estranha SinfoniaWhere stories live. Discover now