Por um tempo, hesitei em detalhar nosso primeiro momento íntimo, mas foi um acontecimento que nos ensinou muito sobre nossos sentimentos e sobre a vida. Percebi também que histórias eróticas rendiam bastante, dando um bom lucro financeiro. Com a paz que estamos vivendo nesses tempos sem ameaças no mundo mágico, as recompensas das missões não estão rendendo muito para mim, quando percebi já estava atrasando o aluguel de novo! Engoli minha vergonha e conversei com Natsu para que me desse seu consentimento, ele simplesmente não se importou, riu da minha pergunta e considerei isso como um sim.
Então, com a permissão, apresento-lhes a continuação de nossa história.
Se houvesse um termômetro medindo a temperatura de meu quarto naquela noite, por não suportar o calor que fazia ali, ele teria quebrado. Hipérbole à parte, eu não soube como descrever melhor essa sensação.
De meus lábios ele desceu, caminhando com a língua em meu queixo até meu pescoço —parecia gostar especialmente dessa parte em mim—, cravando seus afiados caninos em minha epiderme e sugando onde me mordia. Como resposta, eu o apertava com toda força possível em suas costas e na região de seus tríceps, a ponto de marcá-lo com minhas unhas. Minhas pernas o envolviam com intensidade, mais em baixo, em sua cintura. Mesmo sem ser minha intenção, eu parecia querer dividi-lo ao meio, na medida em que gemicava, tentando aliviar dor e prazer. O caminho de seu paladar parou em minhas clavículas, provando o sabor de minha fina pele ali. Voltei meus braços para perto de mim, Natsu finalmente havia chegado em um dos trechos mais sensíveis de meu corpo: meus seios. Não sabia muito bem o que esperar naquele momento, mesmo eles já sendo velhos amigos, nunca o senti os olhar ou tocar com alguma propósito erótico. Ele posicionou suas mãos cada uma de um lado de meus ombros, apoiando-se com seus braços acima de mim, como se estivesse esperando por alguma ação minha. Acredito que ele não quisesse me despir e deixou essa tarefa para mim. Um pouco tímida, levantei minha camiseta —com dificuldade devido o suor, ela estava bastante grudada em minha pele—, em seguida, a retirei e joguei para trás, depois fiz o mesmo com meu sutiã, tendo dificuldade em abrir o feixe por conta do nervosismo. Dragneel parecia estar admirado, seu silêncio ensurdecedor e seu corpo paralisado sobre mim estavam começando a me incomodar.
— O que foi? —cobri meus mamilos com minhas palmas— Não fique me encarando assim, se mexa e faça alguma coisa! —Ordenei, desviando minha face de seu olhar concentrado em meu corpo— Por favor...
Seus cálidos dedos tocaram os meus e, gentilmente, minhas mãos foram levadas para cima de minha cabeça, meus antebraços se cruzaram e ficaram presos ali pela mão direita do dragon slayer, a outra começou a acariciar uma de minhas mamas, apalpando minha tenra carne com seu tato áspero. Ao mesmo tempo em que se aproximava com sua boca, sua saliva escorria e me fazia eriçar ao deslizar em meu peito. Lambia, sugava e até mesmo mordiscava todo meu colo. A cada gesto dele eu não conseguia deixar de soltar gemidos suplicantes e arquear cada vez um pouco mais minha coluna. Logo, soltou meus pulsos e apertou com fervor meus dois montes. Eu sentia as extremidades de todo meu ser vibrar, minha intimidade pulsava e se umedecia. Eu queria sentir mais de seus toques, muito mais! Agarrei em seus fios de cabelo e o apertei contra minha região do esterno, fortemente. Senti como se seu hálito derretesse minha superfície, então desci sua cabeça. Natsu engatinhou para baixo, andando com seus dedos, lentamente, da lateral de minhas costelas, até minha cintura, me apertando firmemente na medida em que descia sua boca, beijando meu ventre.
— Isso tá me matando! —praticamente cuspi tal oração, comprimindo minhas pálpebras e me contorcendo no colchão.
— É pra eu parar? — indagou, cessando os movimentos, desentendido.
— Não! De jeito nenhum! —afirmei. Abaixei mais seu rosto, levando até meu umbigo. Quando senti sua respiração tão quente tocar o pé de minha barriga, apertei o edredom e arfei, pesadamente.
— O que tá havendo? Tô te fazendo chorar? —não estava entendendo meu comportamento. Colocou-se de joelhos em minha frente, preocupado.
Bati fortemente em minha testa, desacreditada com tamanha inocência.
— Quando uma mulher está nessa situação bem diante de seus olhos, você deve dar a ela o que ela mais quer. —O respondi, ainda deitada, afastando compassadamente minhas pernas, uma da outra.
— Já quer pular pra essa parte? Cana disse uma vez, pra alguns caras da guilda, que mulheres precisavam ser inteiramente tocadas por fora para depois serem tocadas por dentro. —Contou, ao observar o interior de minhas coxas, dispostas diante de si. Coçava próximo de sua têmpora direita, sem saber como prosseguir.
Cana-san, não sei se me sentia grata por seus ensinamentos ou nervosa por fazer o Natsu achar que teria tanto trabalho antes de poder ir mais fundo comigo.
Sorri, constrangida, mas continuei:
— Só chegue mais perto, tá bem? Vou te conduzindo. —Concedi.
Abaixei minha saia junto da lingerie, rebolando mais do que eu gostaria, devido meus quadris largos. Depois de retirar as quase últimas peças de roupa, notei que estava vestida apenas com meias na frente de um homem. Eu nunca havia feito isso antes! Não propositalmente. Reparei que o rapaz estava ainda mais ruborizado e eu ainda ardia de desejo. Sentindo até mesmo meus ouvidos pulsarem, eu iria chama-lo, mas, subitamente, ele mesmo continuou.
— Seu cheiro é extremamente forte aqui, Luchi. —Apontou para minha vulva.
— Que grosseiro! —vexei absurdamente. Esse "jeito Natsu de ser" me tira do sério em certos momentos, quem dirá em um como o que estávamos vivenciando— Mas... posso tomar um banho, se você preferir...
— Não! —exclamou e, seguidamente, desceu para perto de minha face— Gostei assim.
O fitei, subindo para ainda mais perto dele, me apoiando em meus cotovelos. Respondi:
— Então está esperando o que para me devorar agora mesmo, Natsu Dragneel? —o intimidei e, por mais que hoje as maçãs do meu rosto fervam apenas em relembrar tamanha ousadia que tive em pronunciar essa expressão, posso garantir que havia desejo verdadeiro em cada uma dessas palavras.
Por um momento, ele titubeou, imaginei que tivesse pensado no sentido literal do que eu exigi, mas o irmão do Mago das Trevas não estava tão pueril.
Voltando para baixo, abraçou sob minhas coxas e seguiu me tocando com seus lábios, avidamente. O senti trilhar beijos pelo interior do órgão mais abundante de meu corpo. Fazia como fez em minha boca: meio sem jeito, mas caprichando aos poucos, indo para minha virilha.
Que calor! tudo fervia, parecendo borbulhar e derreter sobre minha epiderme. Me sentia enfraquecer, na mesma medida em que me eletrizava. Flexionei minhas costas levando minha cabeça para trás, tendo mais certeza de que eu precisava de mais dessas sensações!
Com os olhos fortemente apertados e a cabeça para trás, tateei o edredom a procura da mão do mago e, quando a encontrei, coloquei, tremendo e desesperadamente, sobre a área em mim que já o ansiava há muitos minutos.
— Ei ei, calma.
— Depressa, por favoooor... —implorei.
— Tá bem, tá bem.
Sua feição traduzia uma certa insegurança, mas era compreensível, imaginei que tenha ficado preocupado em não me machucar e também em se sair bem no que fosse fazer. Senti seus dedos passearem por entre meus lábios de baixo. Apenas isso sendo introduzido em mim ainda não estava me satisfazendo completamente. Quando finalmente ele encontrou minha parte mais sensível, parei os movimentos segurando seu pulso. Me sentei em sua frente, cobri meus seios com um antebraço e o fitei, um pouco atônita. Gostaria que fossemos para um nível adiante do que estávamos, mas notei um sinal em sua bermuda, demonstrando que ele também tinha vontade de mim.
Até agora apenas eu estava me sentindo satisfeita, tão egoísta...
— Por que você não me pede nada? Eu... —desci meu olhar para meu colo— posso te satisfazer também.
— Gosto de te deixar feliz, Luchi. —Me contou. Como nunca notei que ele poderia ser tão amável também? Queria tanto toca-lo...— Ainda mais agora que tô tentando concertar a burrada de te deixar triste e sozinha de novo e- —segui engatinhando até o mais próximo possível dele...— Luchi? O que você tá fazendo?!
Eu o toquei. Quando pensei que não pudesse sentir nada mais quente, eu o senti. Ainda acredito que vi fumaça sair por entre os fios do tecido de sua bermuda.
Cheguei para mais perto dele e, ao pé de seu ouvido falei, em sussurro:
— Não é justo só eu ficar sem roupa aqui. —Pude sentir o rubor de suas bochechas nas minhas. Segurei em sua cintura, a fim de despi-lo.
— Deixa que eu faço isso. —Quase não o ouvi por sua voz ter saído em um tom bastante baixo.
— Tudo bem, enquanto isso, vou buscar uma coisa. —Me levantei para pegar algo que não poderia esquecer! Procurei em algumas gavetas de meu armário suplicando aos céus para que Aquarius não tivesse pego de volta— Achei!
Voltei para perto dele. Não pude deixar de reparar no quão tentador ele estava. Sentado na beirada de minha cama, com suas mãos em seus joelhos e os pés no chão, me aguardando. Apenas uma peça de tecido íntima e vermelha cobria a parte de seu corpo que eu mais desejava naquele momento.
Pude perceber um ponto de interrogação em cima de sua cabeça.
— Natsu, o nome disso aqui é preservativo.
— Hmmm. —Dobrando a articulação de sua perna direita, descansou seu pé na coxa esquerda e levou um indicador e um polegar até encaixar seu queixo entre os dedos— Isso não me é estranho.
— Talvez você tenha ouvido Cana-san falar sobre isso alguma vez também. —Me ajoelhei em sua frente, ele levou seu pé de volta ao chão, se apoiando em suas mãos com as palmas na colcha— Ou qualquer outra pessoa da guilda ha ha. —Ri tentando aliviar inseguridade.
"Aquarius, como se faz isso mesmo?" tive uma pequena memória de quando conversamos sobre isso pela primeira vez...
"— Oe, Pirralha! Sabe o que é isso? —a sereia balançava a pequena embalagem, a segurando com as pontas dos dedos.
— Não faço ideia... O que é? —perguntei, na minha inocência de minha pré-adolescência.
— É pra não multiplicar mais gente chata e esquisita como você no mundo! E também pra evitar pegar doenças que magia não é capaz de curar. —Me respondeu, impetuosa.
— O que? Não entendi nada. —A indaguei mais uma vez.
— Presta atenção porque vou falar isso sem repetir! —me chamou a atenção e eu a observava, atentamente— Isso é um preservativo, no caso, esse é o masculino, ou seja, é pra ser colocado em um pênis. —Dizia, levantando o objeto.
— Pênis? O que é isso?
— Bom... é... é o órgão que os homens têm e usam pra fazer xixi e pra usar esse preservativo. —Respondeu, ligeiramente corada.
— Aaaah tá...
— Por mais que eu ache que ninguém nunca terá interesse por você, milagres acontecem e, como sou muito generosa, vou te ensinar como se prevenir de algumas coisas indesejáveis.
— Jura?! Obrigada, Aquarius! —a abracei, alegremente.
— Sai de perto, garota! —ela tentava me separar de sua cauda— E presta atenção aqui!"
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Estranha Sinfonia
FanfictionApós o fim da guerra contra Acnologia, Zeref e seu exército do Império Alvarez, tivemos um estimado momento de paz e tranquilidade, possibilitando nos preocuparmos com outros assuntos. Em mais um de meus romances, contarei para vocês, queridos leito...