Convivendo com uma chefe insuportável, depois de passar meses organizando uma dos maiores eventos de Nova Iorque, certa de que teria a festa de halloween mais animada de sua vida, Ana cai em uma armadilha, se vê sem fantasia e sem companhia.
Até qu...
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No caminho, a bordo de um Uber, a cada quarteirão avançado, observo a paisagem através da janela. Sentindo o vento frio no meu rosto, perco-me apreciando as ruas da Quinta Avenida e no passeio próximo ao Central Park, o lindo cenário do outono com suas folhinhas alaranjadas cobrindo o chão.
Quando adentramos para uma área mais residencial, vejo as crianças acompanhadas por seus amiguinhos, pais, todos já fantasiados vivendo a magia do Halloween, segurando suas cestinhas em busca dos deliciosos doces e eu me lembro que minha sorte é que estarei hospedada em um apartamento em um andar bem alto, sei que dificilmente serei abordada por uma criança, pois não tenho sequer uma balinha na bolsa.
Pensando no desastre que seriam tantas travessuras em minha porta por não estar preparada para data, faço o pagamento do Uber através do aplicativo e literalmente saio correndo, adentro a recepção do prédio e por ser toda atrapalhada, acabo me batendo com um rapaz de pelo menos dois metros de altura.
Minha caixa onde está meu vestido vai parar no chão e eu quase caio por praticamente me bater com uma parede, porém mãos fortes e enormes me seguram pela cintura, e a leve pressão do seu toque e pegada firme deixa meu corpo todo arrepiado.
Então eu o noto melhor, vejo que ele está fantasiado de jogador de basquete do time New York Knicks, fico curiosa para ver seu rosto que está coberto por uma máscara com a face impressa de provavelmente algum jogador e encantada com seus olhos castanhos esverdeados...
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— D-desculpa. – Olho bem para cima e confesso que fico um pouco tímida, pois o rapaz em questão continua quieto, me observando de forma intensa e como está mascarado, não tenho sequer uma pista do que se passa por seus pensamentos. — Que fantasia criativa. – Na verdade eu acho bem feia, mas isso não anula a criatividade e como já não tenho o que dizer, tento me abaixar para recolher meus pertences, mas ele continua me segurando.
— Você está bem? – Pausadamente me faz a pergunta, sua voz penetra meus ouvidos e seu timbre é tão forte, másculo, que eu já não tenho nem muita ação.
