Continuandooooooooooo.... ❤❤❤❤❤
Ana Capri
Eu sempre soube que as melhores coisas da vida podem acontecer por um acaso e que as viver de certa forma são para os corajosos, mas o que acabo de fazer, ao convidar um desconhecido e sua sobrinha para um jantar de consolo do halloween, ultrapassa todo estoque de ousadia que tenho em mim.
Mas fazer o que? Eu não consigo raciocinar direito na frente de um ser maravilhosamente lindo, com mais de um metro e noventa de altura, com um corpo que mesmo coberto por uma fantasia ridícula de jogador chama atenção por seu porte. E esses olhos? Tenho certeza que passaria horas só observando.
Dono de todos os atributos para me levar as nuvens, ele ainda é cavalheiro, pois me socorreu quando quase vou ao chão na entrada do prédio e para completar todo meu encantamento, agora que ele está sem a máscara e eu vejo seus rosto másculo com uma barba por fazer que deve causar arrepios ao roçar na pele, olhos esverdeados que hipnotizam e sorriso que detém a minha atenção, que por sinal é lindo, as chances da minha pessoa agir com racionalidade, acabam.
— Obrigado. – Continuo o observando quando passa por mim me deixando totalmente inebriada com seu perfume. — Meu nome é David e o seu? – Oh céus! Anda não nos apresentamos.
— Ana e o da sua sobrinha? – Observo a linda menina de cabelos cacheados loirinhos.
— Meu nome é Lore, tia Ana. – Como ela já está em pé e de mãos dadas com o tio, abaixo-me para dar um beijinho na sua bochecha e em seguida recebo outro. — Tia. – A menininha volta a me chamar. — A sua blusa está aberta. – Lore dá risada achando graça do meu embaraço e só assim eu me lembro o quanto estou exposta, então decido ser sincera, pois não tenho alternativa alguma.
— Na verdade ganhei esta fantasia bem pequena, acabou não fechando e por este motivo acabei ficando em casa. – Tento ajeitar a situação e como não sou muito feliz, cubro o decote com meus cabelos.
— Você está linda, Ana. – A voz grave de David, seu olhar que eu juro não ser coisa da minha cabeça solteira e parece tirar a minha roupa, me transporta do poço da vergonha e me leva diretamente para o topo da luxúria.
— O-obrigada. – Com gestos os encaminho para sala onde conversamos um pouco e como Lore não quer se alimentar no local apropriado, sentados no tapete como se estivéssemos brincando de boneca. Logo depois, começo a servir as caixinhas na mesa de centro, em instantes nos servimos com os pratos variados e os assuntos que norteiam o encontro improvável variam entre as hipnotizantes fadas, os engraçados gnomos, as belíssimas princesas e os brinquedos da moda, até que Lore come uma porção da sobremesa, encosta-se no sofá e começa a fechar os olhinhos, o que para mim é um sinal de que eles provavelmente vão embora, mas ter companhia em uma noite que sofreu tantas mudanças é tão bom, que decido ser ousada mais uma vez. — Se quiser colocar Lore na cama e continuar aqui até pelo menos terminar o jantar não tem problema. – Eu fico sem acreditar no que acabo de dizer. — O quarto é bastante seguro e as janelas estão travadas.
— É uma ótima ideia e eu não posso sair daqui sem ao menos comer uma sobremesa. – Ah meu Deus! Tenho certeza que sua afirmativa tem duplo sentido. Por que não? Quem me dera.
— Claro. – Levanta-se com a sobrinha nos braços e enquanto ele vai na direção que eu informo, trato de ajeitar a pequena bagunça e quando eu volto da cozinha, vejo David chegando na sala e sentando-se no sofá. — Quer que eu te sirva? – Ele estende a mão até o carrinho onde estava o jantar e busca uma garrafa de bloody mary.
— Agora que Lore dormiu, vou beber algo mais adulto. – Sento-me ao seu lado e ele me oferece outra garrafinha. — Quando estou com ela ou qualquer outro sobrinho, evito certos costumes.
— Você é um ótimo tio. – Ele bebe mais um gole e eu viajo nos seus lábios. David com certeza deve beijar maravilhosamente bem.
— É o que dizem. – Volta a me olhar de tal forma que até ajeito meus cabelos para que cubram ainda mais o decote. — Me conta a história da sua fantasia, fiquei curioso.
— Jura que você quer saber? – Ele se inclina um pouco na minha direção.
— Sim, não é todo halloween que eu encontro uma aeromoça tão sexy no andar da minha irmã. – Minha pele queima de tanta vergonha. — Por favor, Ana. Não me deixe curioso. – Como é que deixa com um pedido desse?
Em seguida faço um breve resumo sobre a fantasia, da expectativa que eu estava para usá-la, da festa na Fashion Palace que eu praticamente organizei sozinha e ao final de todo relato, me sinto bem melhor.
— Pois é, David. Foi assim que eu acabei vestindo esta fantasia que não cobre meus seios e quando estou sem a meia, fico com o quadril quase todo exposto ao me movimentar muito. – Levanto-me e seguro uma lateral do vestido. — Imagina eu usando esse vestido sem as meias? – Deixa a garrafa no carrinho.
— Melhor do que imaginar, seria ver, Ana. – Meu coração acelera por receber tal direta, tento voltar a sentar no sofá por não sentir muito bem as minhas pernas, porém acabo tropeçando na bordinha do tapete e minha garrafinha pela metade vai parar na camisa de David.
Desesperada pego a bebida, tento me afastar para buscar uma toalha, mas ele me traz de volta segurando a minha mão.
— Não se preocupe. – Avalia o estrago. – Depois levo a camisa para lavanderia. – Levanta-se, estando a menos de um metro de distância, com um guardanapo na mão começa a limpar o local, mas como ele só piora tudo sendo um verdadeiro desastre tomo a frente e mesmo com a camisa nos separando, sinto a rigidez dos seus músculos ao tentar o deixar mais apresentável.
— Ahhh David, me desculpa, acabei estragando suafantasia feia de jogador de basquete. – Ele gargalha.
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Por um acaso no Outono
Cerita PendekConvivendo com uma chefe insuportável, depois de passar meses organizando uma dos maiores eventos de Nova Iorque, certa de que teria a festa de halloween mais animada de sua vida, Ana cai em uma armadilha, se vê sem fantasia e sem companhia. Até qu...